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Internacional

- Publicada em 12 de Janeiro de 2017 às 15:58

Chegada de imigrantes cai quase 70% em um ano

Com política de 'portas abertas', Merkel viu rejeição ao governo crescer

Com política de 'portas abertas', Merkel viu rejeição ao governo crescer


EMMANUEL DUNAND/AFP/JC
A Alemanha registrou uma queda brusca na entrada de imigrantes em busca de asilo em 2016, segundo dados apresentados pelo governo nesta semana: 68,9%. Foram 280 mil refugiados, contra quase 900 mil do ano anterior. Um dos motivos para a redução é o acordo fechado entre a União Europeia (UE) e a Turquia para controlar o fluxo rumo ao bloco econômico. A rota que passava pelos Bálcãs foi fechada também.
A Alemanha registrou uma queda brusca na entrada de imigrantes em busca de asilo em 2016, segundo dados apresentados pelo governo nesta semana: 68,9%. Foram 280 mil refugiados, contra quase 900 mil do ano anterior. Um dos motivos para a redução é o acordo fechado entre a União Europeia (UE) e a Turquia para controlar o fluxo rumo ao bloco econômico. A rota que passava pelos Bálcãs foi fechada também.
O enfraquecimento coincide com a rejeição do público à imigração. A política de "portas abertas" promovida pela chanceler Angela Merkel danificou sua imagem após uma série de ataques terroristas serem relacionados a imigrantes, como o atentado a um mercado natalino em Berlim, em dezembro, com 12 mortos.
Haverá eleições neste ano, e Merkel irá concorrer a um novo mandato. Mas partidos de oposição, como a sigla de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD, na sigla em alemão), culpam a chanceler pela crise de segurança. A rejeição é compartilhada por parte da população, segundo pesquisas de opinião recentes. Merkel, em reação, tem mudado sua postura. Se antes dizia que não haveria limite à aceitação de novos imigrantes, agora apoia a reformulação das medidas de segurança, incluindo o monitoramento de estrangeiros que sejam considerados uma ameaça.
Os dados mostram que houve, em paralelo à queda no número de entradas, um aumento na rejeição aos estrangeiros. Cerca de 80 mil pessoas saíram do país voluntariamente ou foram deportadas, segundo Thomas de Maizière, ministro do Interior. A taxa é duas vezes maior do que a de 2015.
A maior parte dos refugiados que chegam à Alemanha vêm da Síria e do Afeganistão, fugindo de conflitos civis e da extrema pobreza. Do total de pedidos de asilo feitos em 2016, 62% foram aceitos pelo governo alemão.
 
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