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Varejo

- Publicada em 05 de Fevereiro de 2017 às 21:57

Variedade reduz preços do material escolar

Teixeira, Maria Terezinha e Liliam retornaram este ano

Teixeira, Maria Terezinha e Liliam retornaram este ano


MARCO QUINTANA/JC
Com a atual situação econômica, a pesquisa de preços de materiais escolares é, mais do que nunca, imprescindível. É o que os pais fazem em busca de itens mais baratos. Mas uma parcela dos consumidores da Capital opta por confiar nos preços da Feira do Material Escolar promovida pela prefeitura de Porto Alegre, que acontece na Praça da Alfândega. A promessa é de produtos mais em conta, com kits básicos a R$ 14,40. A feira vai até o dia 4 de março.
Com a atual situação econômica, a pesquisa de preços de materiais escolares é, mais do que nunca, imprescindível. É o que os pais fazem em busca de itens mais baratos. Mas uma parcela dos consumidores da Capital opta por confiar nos preços da Feira do Material Escolar promovida pela prefeitura de Porto Alegre, que acontece na Praça da Alfândega. A promessa é de produtos mais em conta, com kits básicos a R$ 14,40. A feira vai até o dia 4 de março.
Atrás de caderno e tinta guache para a filha Liliam, que cursa a 3ª série do Ensino Fundamental, José Leal Teixeira e Maria Terezinha da Silva foram direto à feira. "Compramos aqui no ano passado e, como gostamos dos preços acessíveis, voltamos sem pesquisar", comenta o pai, que encontrou uma boa variedade de marcas.
A tinta guache escolhida pela família é um dos produtos da lista repassada pela escola. A opção foi pela marca Piratininga, comprada por R$ 1,98. Nas demais papelarias do Centro Histórico, o mesmo produto não foi encontrado pela reportagem. A maioria das lojas contava apenas com a tinta Acrilex, no valor de R$ 2,49. O diretor executivo do Procon Porto Alegre, Cauê Vieira, explica que os consumidores estão preferindo produtos de menor valor agregado ou sem licenciamento de personagens infantis. "A busca é por marcas genéricas para ter uma economia sensível."
O kit básico da feira segue sendo o seu carro-chefe. Por menos de R$ 15,00 é possível sanar as principais necessidades dos estudantes. O kit do Ensino Médio leva cadernos e canetas, enquanto o do Ensino Fundamental é composto por giz de cera, massa de modelar e outros produtos específicos para esse período do aprendizado.
Em 2016, foram vendidos 2,7 mil kits, e a expectativa para este ano é de aumento desse número. O gerente de uma das distribuidoras que compõem a feira, João Batista Carvalho, relata o aumento das vendas. "Nesses cinco primeiros dias, tivemos um aumento de quase 20% em relação ao mesmo período de vendas do ano anterior", conta. Sua expectativa é de que a média se mantenha.
Alguns itens encontrados na feira, no entanto, registravam os mesmos valores de papelarias do Centro Histórico. Como a caneta Stabilo, a Bic cristal e o pacote de A4 da marca Seninha, encontrados por R$ 6,90, R$ 1,25 e R$ 3,98, respectivamente. Essa é uma das constatações da consumidora Míriam Vaz, que estava na feira atrás de materiais para seu filho Joaquim. "Alguns locais tabelam os preços dos produtos, até com os centavinhos iguais", relata.
Míriam era uma das que estava pesquisando e negociando preços. "Como professora, isso é mais necessário do que nunca", comenta a servidora da prefeitura de Viamão. Ela alerta que a diferença de valores de uma loja para outra pode variar consideravelmente e ser mais elevada nos itens mais caros, como cadernos e estojos.
A professora lembra que o famoso "chorinho" na hora do pagamento ainda vale. As novas regras permitem que os valores cobrados pelo mesmo produto sejam diferentes em dinheiro vivo ou nos cartões, desde que haja sinalização da distinção de valores.
A estudante do 7º ano, Izabella Redin Altmann, foi com o pai à feira, mas foi ela quem consultou preços. "Dei uma procurada antes de vir, mas acho que está meio igual", relata. Preocupada com a questão econômica, Izabella elencou os itens que seriam reaproveitados do ano passado antes de sair de casa. Mesmo assim, seu pai, Claus Altmann, espera gastar entre R$ 200,00 e R$ 300,00 com a volta às aulas da filha.

Artigos mais procurados não tiveram variação de preços

Em peças como lápis e canetas houve deflação, segundo o Procon

Em peças como lápis e canetas houve deflação, segundo o Procon


MARCO QUINTANA/JC
Nessa época de volta às aulas é costumeiro que os órgãos de fiscalização registrem um aumento expressivo nas denúncias pela cobrança de preços abusivos. Neste ano, no entanto, o Procon Porto Alegre percebeu aumento apenas em alguns itens específicos, especialmente os de maior valor, como cadernos e livros didáticos.
"Em relação à variação de preços de uma lista global não houve variação acima da inflação", comenta o diretor executivo do Procon, Cauê Vieira. "Em alguns itens, como lápis e canetas, inclusive encontramos deflação", argumenta, falando do comércio de rua. Para ele, essa foi uma maneira que os comerciantes encontraram para driblar o decréscimo pela procura de alguns produtos.
Esse movimento também é observado na Feira do Material Escolar deste ano. O IPCA registrado em 2016 foi de 6,29%, enquanto o reajuste praticado no kit básico para os ensinos Fundamental e Médio do evento realizado pela prefeitura foi de 3%.
O diretor do Procon lembra que não é dever do órgão fiscalizar preços, já que o comerciante é livre para exercê-los da maneira que julgar mais adequada a seus negócios, mas fiscalizar condutas. "Se identificarmos que aquele é o único estabelecimento que dispõe daquele produto e dobrou o preço pela solicitação do item na lista de uma determinada escola, é configurada conduta abusiva", explica. Nesses casos, é necessário que o consumidor informe qual o preço encontrado previamente ao registro de valores abusivos.
Até a quarta-feira passada, quando completou uma semana de funcionamento, a Feira do Material Escolar de Porto Alegre recebeu 19.500 pessoas. No período, foram vendidas 1.138 cestas de materiais básicos para os ensinos Fundamental e Médio, o que representa um volume 16% maior do que o comercializado no mesmo período do ano passado.