Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Economia

- Publicada em 30 de Janeiro de 2017 às 18:07

Especialistas defendem esforço em serviço de IoT

Críticos afirmam que setor deveria ter sido ouvido pelo governo

Críticos afirmam que setor deveria ter sido ouvido pelo governo


STOCKVAULT/DIVULGAÇÃO/JC
Representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (Mctic), sob a gestão de Gilberto Kassab, vão aproveitar o Mobile World Congress (MWC) para revelar o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT). O principal evento de tecnologias móveis do mundo será realizado de 27 de fevereiro a dois de março em Barcelona, na Espanha.
Representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (Mctic), sob a gestão de Gilberto Kassab, vão aproveitar o Mobile World Congress (MWC) para revelar o Plano Nacional de Internet das Coisas (IoT). O principal evento de tecnologias móveis do mundo será realizado de 27 de fevereiro a dois de março em Barcelona, na Espanha.
O documento, que pretende mostrar o País na vanguarda da revolução que vai conectar todos os objetos à nossa volta, porém, estará incompleto: em vez de definir objetivos, traçar metas claras e um plano de ação, deve trazer apenas linhas gerais sobre as intenções do Brasil. A apresentação é considerada prematura por algumas fontes do setor. "Eles deveriam consultar mais o setor antes de lançar o plano", disse uma fonte.
As críticas rondam o governo porque o plano será anunciado pouco mais de dois meses após o ministério assinar um acordo com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (Bndes). Em conjunto, eles contrataram um consórcio - formado pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), pela consultoria McKinsey Brasil e pelo escritório Pereira Neto/Macedo Advogados - para fazer uma ampla pesquisa sobre o tema. O estudo, que vai custar R$ 17,5 milhões, deveria ser a base para o plano nacional.
Atualmente, o consórcio mapeia as soluções de Internet das Coisas mais avançadas no mundo e define as aspirações brasileiras. "Vamos usar a consulta pública do ministério sobre o tema, que termina no início de fevereiro, para compor essa primeira fase", conta o responsável pelo estudo no CPqD, Vinícius Garcia de Oliveira.
A segunda fase do estudo vai delinear o mercado potencial para Internet das Coisas no País, além de identificar quais setores produtivos podem se beneficiar das tecnologias. Embora relatórios sejam entregues ao governo nesse ínterim, a previsão é de que só na terceira fase sejam definidas as áreas prioritárias e tecnologias que serão alvo de pesquisa e desenvolvimento. A partir daí é que políticas públicas serão definidas.
A principal preocupação no mercado é que o governo use o plano para tentar criar uma indústria local de hardware, estratégia que não deu certo no passado. "Somos bons em software", afirma o presidente da Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes), Francisco Camargo.
O presidente da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), Lisandro Granville, defende que o Brasil aproveite as oportunidades que irão surgir com a IoT para se tornar protagonista. E isso, certamente, não significa focar em hardware, que é uma área em que a nossa indústria não tem como competir com a americana e a asiática. "O mercado da Internet das Coisas é muito novo e o Brasil tem espaço para se tornar um player importante especialmente na área de serviços", aponta.
Nesse caso, o foco poderia ser o desenvolvimento de soluções genéricas, como sistemas para babá eletrônica e outros tantos de automação, mas, especialmente, aplicações em áreas específicas e que atendam as peculiaridades do Brasil. Isso envolve, por exemplo, soluções que levem e consideração o clima das cidades brasileiras e também o agronegócios. "Existem muitas coisas que são típicas do nossos País e que ninguém melhor do que as nossas empresas para identificar e criar aplicações para gerar melhorias", avalia.
Para assumir esse protagonismo, o Brasil vai precisar mais do que simplesmente recursos sendo destinados à IoT. É fundamental ter uma estratégia clara. Granville relata que as etapas de pesquisa, financiamento para estudos e investimentos em startups dessa área precisam ser encadeadas. "Espero que esse plano do governo leve em consideração essa costura que precisa ser feita. É fácil cair na armadilha de basta destinar dinheiro para dar certo", alerta.
 
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO