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Economia

- Publicada em 26 de Janeiro de 2017 às 18:50

Crédito tem pior desempenho em 10 anos

Combustível para o crescimento na última década, o crédito teve, em 2016, o pior ano desde quando o Banco Central (BC) passou a registrar os dados, há 10 anos. Foi um período em que os bancos emprestaram menos, as empresas quebraram, as famílias ficaram apreensivas, e os juros cobrados pelas instituições subiram. No entanto, houve uma melhora recente, que já indica um 2017 melhor para a economia brasileira.
Combustível para o crescimento na última década, o crédito teve, em 2016, o pior ano desde quando o Banco Central (BC) passou a registrar os dados, há 10 anos. Foi um período em que os bancos emprestaram menos, as empresas quebraram, as famílias ficaram apreensivas, e os juros cobrados pelas instituições subiram. No entanto, houve uma melhora recente, que já indica um 2017 melhor para a economia brasileira.
Os primeiros sinais de melhora estão no crédito às famílias brasileiras. Os empréstimos voltaram a crescer, as taxas cobradas diminuíram, os prazos aumentaram e a inadimplência caiu. Somente em dezembro, os bancos concederam
R$ 174,7 bilhões para as famílias. Isso representa um volume 3,7% maior do que o concedido em novembro. O volume de crédito existente hoje no mercado bancário para as pessoas físicas cresceu 0,7% em dezembro. Chegou a
R$ 1,581 trilhão.
No mês passado, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras das famílias brasileiras caiu de 42,7% ao ano para 41,5% ao ano. Os bancos diminuíram o chamado empresa spread bancário, a diferença entre o custo do dinheiro para instituição financeira e por quanto ele repassa ao cliente, de 33,1 pontos percentuais para 31,9 pontos percentuais.
"No futuro, esperamos que as condições de crédito permaneçam exigentes, mas comecem a atenuar gradualmente na margem, apoiadas pelos sinais de estabilização econômica e pelo ciclo de alívio dos juros pelo Banco Central", previu o economista-chefe para a América Latina do Goldman Sachs, Alberto Goldman. "No entanto, a fraca dinâmica do mercado de trabalho e os elevados níveis de endividamento das famílias provavelmente limitarão tanto a oferta quanto a demanda por crédito."
Os empréstimos também estão mais longos. O prazo médio dos financiamentos concedidos às pessoas físicas aumentou de 170,3 dias para 172 dias. Segundo o BC, a taxa de inadimplência das famílias caiu de 4,1% para 3,9% em dezembro.
"Podemos perceber melhora em indicadores importantes, como, por exemplo, capital de giro, financiamento de veículos e financiamento imobiliário", disse Renato Baldini, chefe adjunto do departamento econômico do BC, que aposta em um cenário melhor daqui para frente por causa da queda dos juros e da estabilização da inadimplência em condições mais sustentáveis para a recuperação do crédito. Apesar de alguns sinais de melhora no horizonte, o cenário para as empresas é bem diferente. O saldo de financiamentos caiu 0,5% no mês passado e chegou a R$ 1,546 trilhão. Já as concessões cresceram. Passaram de R$ 118 bilhões para R$ 141,5 bilhões no mês passado. É uma alta de 20% no mês, o que é sazonal, já que as empresas pegam bastante empréstimos no último mês do ano.
Não chega, entretanto, nem perto das concessões do mesmo mês do ano anterior. Em dezembro de 2015, os empresários pegaram empréstimos da ordem de R$ 173 bilhões. Por outro lado, os juros estão melhores. Em média, os empresários pagaram 20,1% ao ano nos empréstimos. Houve uma queda de 0,9 ponto percentual no mês passado. Já a inadimplência continua alta. Em 3,5% dos empréstimos houve calote. No início do ano de 2016, esse percentual era de 2,7%.
 
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