Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

conjuntura

- Publicada em 26 de Janeiro de 2017 às 18:06

Endividamento do consumidor gaúcho diminui em janeiro, mas inadimplência segue alta

Dívidas atrasadas de brasileiros em junho somavam R$ 264,4 bilhões

Dívidas atrasadas de brasileiros em junho somavam R$ 264,4 bilhões


MARCOS NAGELSTEIN/arquivo/JC
O nível de endividamento dos gaúchos encerrou o primeiro mês de 2017 em queda em todas as faixas de renda. O percentual de endividamento das famílias ficou em 65,1%, contra 67,1% no mesmo mês do ano passado. Esse recuo na base de comparação interanual é a primeira desde setembro/2015. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira pela Fecomércio-RS.
O nível de endividamento dos gaúchos encerrou o primeiro mês de 2017 em queda em todas as faixas de renda. O percentual de endividamento das famílias ficou em 65,1%, contra 67,1% no mesmo mês do ano passado. Esse recuo na base de comparação interanual é a primeira desde setembro/2015. Os dados são da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta quinta-feira pela Fecomércio-RS.
A pesquisa indica que a parcela da renda comprometida com dívidas em janeiro, na média em 12 meses, foi de 31,9%. Já o tempo de comprometimento da dívida no período de 12 meses ficou em 7,7 meses. O cartão de crédito ainda é o principal meio de dívida dos gaúchos, apontado por 78,6% dos entrevistados, seguido por carnês (22,6%), cheque especial (14,8%) e financiamento de veículos (10,8%).
A Peic revelou também que o percentual de famílias com contas em atraso (27,7%) cresceu em relação ao mesmo mês do ano passado (27,4%). Também os que não terão condições de honrar suas dívidas vencidas no horizonte de 30 dias apresentou alta no mês de janeiro/2017 (14,6%) no confronto com janeiro/2016 (10,7%). O resultado consolida a quinta alta consecutiva na mesma base de comparação, e evidencia que o número de famílias com dificuldade de sair da situação de inadimplência é cada vez maior. "Apesar de esperarmos que a atividade econômica se recupere em 2017, como há ainda muita ociosidade nas empresas, a retomada vai demorar para impactar no mercado de trabalho. Por isso é razoável observar indicadores de inadimplência altos ao longo de 2017", destaca o presidente da Fecomércio-RS, Luiz Carlos Bohn.
Bohn ressalta que, apesar do cenário restritivo do mercado de trabalho ser um estímulo à inadimplência, a queda da taxa de juros pode contribuir para a renegociação das dívidas. No entanto, faz uma ressalva "é muito importante que, especialmente num processo de renegociação de dívidas, as famílias acordem parcelas que efetivamente possam pagar", sinalizou o dirigente.
 

Confiança do Comércio sobe 0,6 ponto, revela a FGV

O Índice de Confiança do Comércio (Icom) subiu 0,6 ponto na passagem de dezembro para janeiro, saindo de 78,3 pontos para 78,9 pontos no período, informou na manhã desta quinta-feira, 26, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Na métrica de médias móveis trimestrais, entretanto, o indicador recuou 0,3 ponto no mês.
"Após avançar 10 pontos entre fevereiro e agosto do ano passado, a confiança do Comércio estabilizou-se na faixa entre 78 e 80 pontos nos últimos seis meses. O segmento parece incomodar-se pouco com a incerteza do ambiente político e se preocupar bastante com o custo e a disponibilidade de crédito para consumo. Assim, é possível que a aceleração da queda dos juros sinalizada em janeiro pelo BC colabore para que a confiança do Comércio - ainda muito baixa em termos históricos - volte a registrar ganhos nos próximos meses", avaliou Aloisio Campelo, superintendente de Estatísticas Públicas do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
A alta do Icom foi determinada pela melhora do Índice de Situação Atual (ISA-COM), que subiu 1,2 ponto, alcançando 68,8 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) teve ligeiro recuo de 0,1 ponto em relação a dezembro, ao atingir 89,9 pontos.