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Economia

- Publicada em 26 de Janeiro de 2017 às 13:54

Digimer entra em processo de recuperação judicial

A rede, com 13 lojas, alegou a crise e a concorrência do e-commerce como razão da medida

A rede, com 13 lojas, alegou a crise e a concorrência do e-commerce como razão da medida


MARCO QUINTANA/JC
Patrícia Comunello
Atualizada às 17h30min
Atualizada às 17h30min
A Digimer, rede gaúcha de varejo de produtos de informática, entrou em processo de recuperação judicial. O pedido deu entrada na Justiça estadual e foi aceito pela Vara de Direito Empresarial, Recuperação de Empresas e Falências em Porto Alegre esta semana. A rede informou dívida de cerca de R$ 15 milhões com bancos, fornecedores e obrigações trabalhistas. Há ainda R$ 1 milhão de débitos fiscais, mas que não entram em eventual recuperação.
É o primeiro pedido de recuperação judicial a dar entrada na vara da Capital em 2017. A rede, com 13 lojas, alegou que a crise econômica e a concorrência das vendas em canais digitais geraram queda na receita, principalmente a partir de 2015, e as dificuldades atuais da operação. O valor declarado envolve débitos reconhecidos até a data do pedido, feito em 19 de janeiro.
A juíza Giovana Farenzena autorizou a empresa a tomar as medidas iniciais antes de julgar o pedido. A primeira exigência é de apresentar, em 60 dias, um plano de recuperação que terá de ser aceito pela maioria dos credores com direito a voto. Neste prazo, abre-se também período para que eles apresentem objeções. Em caso de alguma discordância, a empresa terá de convocar uma assembleia para submeter seus pleito aos credores. A proposta contempla os valores e formas de quitação para restabelecer as condições da atividade. 
O assessor da juíza, Guilherme Nozari, esclareceu que a empresa pode alterar o plano na plenária para buscar concordância. Mas se houver rejeição, a juíza decreta a falência. Segundo Nozari, os procedimentos estão no artigo 73, da Lei 11.101, de 2005, chamada de nova Lei de Falências e que instituiu a recuperação judicial no País. Desde o deferimento do pedido, em 24 de janeiro, estão suspensos por 180 dias ações e execuções.
A Digimer começou sua operação em 1982, vendendo máquinas de escrever. O negócio sofreu mudanças, com atualização do mix, que hoje se dedica à comercialização de itens de informática e eletroeletrônicos. A rede tem filiais em Porto Alegre (10), Canoas, São Leopoldo e Novo Hamburgo. 

Dívidas com bancos são fatia mais pesada

Em nota, a empresa informou que os débitos com bancos são a parte mais "preocupante" do passivo, sem se referir ao percentual ou cifra, e que a legislação impõe a adoção da medida para todos os credores. Reforçando a informação da Justiça, a marca aponta como razões "quedas de faturamento ocasionadas pelo cenário econômico nacional e baixa demanda do mercado pelos produtos". O passivo acumulado, e seu custo para o caixa, teria passado a limitar a obtenção de capital de giro e ampliação dos negócios.
"O alongamento dessa situação acabaria por causar adversidades ainda mais nebulosas para o futuro, razão pela qual tomamos esta dura decisão de proceder com o instituto da recuperação judicial", destaca a empresa, que sinaliza a expectativa de manter em dia pagamentos de fornecedores e funcionários.
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