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Economia

- Publicada em 26 de Janeiro de 2017 às 09:08

Lucro do Santander cresce 23,77% no quarto trimestre

Banco encerrou dezembro com R$ 701,705 bilhões em ativos totais

Banco encerrou dezembro com R$ 701,705 bilhões em ativos totais


JONATHAN HECKLER/JC
Agência Estado
O Santander Brasil registrou lucro líquido gerencial, que não exclui a amortização do ágio pela compra do Banco Real, de R$ 1,989 bilhão no quarto trimestre de 2016, incremento de 23,77% em relação ao registrado em igual intervalo do ano anterior, de R$ 1,607 bilhões. Na comparação com os três meses imediatamente anteriores, de R$ 1,884 bilhão, a cifra foi 5,6% maior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26).
O Santander Brasil registrou lucro líquido gerencial, que não exclui a amortização do ágio pela compra do Banco Real, de R$ 1,989 bilhão no quarto trimestre de 2016, incremento de 23,77% em relação ao registrado em igual intervalo do ano anterior, de R$ 1,607 bilhões. Na comparação com os três meses imediatamente anteriores, de R$ 1,884 bilhão, a cifra foi 5,6% maior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26).
No ano passado, o lucro líquido do Santander Brasil gerencial foi a R$ 7,337 bilhões, cifra 25,0% menor que a vista em 2015, de R$ 9,780 bilhões. Já no critério societário, o resultado do banco espanhol no País alcançou R$ 5,533 bilhões em 2016, queda de 20,9% em relação aos R$ 6,998 bilhões registrados no exercício de 2015.
"O ambiente para a atividade bancária no Brasil permanece desafiador. O mercado de trabalho, por exemplo, segue em processo de deterioração e precarização, fato que pode ser verificado pela rápida elevação da taxa de desemprego, que alcançou 12,4% em novembro na série com ajuste sazonal", destaca o banco, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras.
A carteira de crédito ampliada do Santander totalizou R$ 322,783 bilhões no quarto trimestre, montante 3,8% maior que o registrado três meses antes. Já em um ano, quando o saldo estava em R$ 330,947 bilhões, o montante foi 2,5% menor. No conceito bruto, a carteira de crédito do banco somou R$ 256,9 bilhões ao final de dezembro, alta de 3,9% em relação a setembro e redução de 1,6% em um ano.
O banco encerrou dezembro com R$ 701,705 bilhões em ativos totais, alta de 3,6% em um ano, de R$ 677,450 bilhões. No comparativo com setembro, houve aumento de 6,1%. O patrimônio líquido da instituição totalizou R$ 57,772 bilhões no quarto trimestre, elevação de 5,4% em 12 meses e queda de 5,8% na comparação com o terceiro trimestre.
O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do Santander Brasil foi a 13,3% ao final de dezembro último, aumento de 0,5 ponto porcentual ante 2015, quando ficou em 12,8%. O banco reitera que mira rentabilidade de 15,6% em 2018. No quarto trimestre, o retorno foi de 13,9% ante 13,1% no terceiro trimestre.
O Santander lembra, em relatório, que deve concluir neste ano a amortização do ágio referente à compra do banco Real. Originalmente, conforme a instituição, a previsão era de que se encerrasse em 2016.
Nesta quarta-feira, 25, o Santander divulgou seu desempenho global de 2016. No ano passado, a filial brasileira voltou à liderança na geração de resultados, com contribuição de 21%, após perder o posto há dois anos para o Reino Unido, que ficou com fatia de 20%.
O índice de inadimplência do Santander Brasil, considerando atrasos acima de 90 dias, apresentou melhora de 0,1 ponto porcentual, passando de 3,5% em setembro do ano passado para 3,4% ao final de dezembro. Na comparação com 12 meses, porém, teve piora de 0,2 p.p., em um ano que os bancos sofreram com aumento de calotes e dos pedidos de recuperação judicial como o da Sete Brasil, da operadora de telefonia Oi, entre outros.
De acordo com o Santander, a inadimplência de pessoa física alcançou 4,1% ao final de dezembro, com melhora de 0,6 p.p. em 12 meses e 0,2 p.p em três meses. No segmento de pessoa jurídica, os calotes foram a 2,7%, piora de 0,6 p.p. em um ano que, conforme o banco, ocorreu, principalmente, por conta do impacto de um caso pontual no segmento de grandes empresas. Segundo fonte, seria a Sete Brasil. Já no trimestre, o indicador apresentou melhora de 0,1 p.p.
O indicador de curto prazo, que compreende atrasos entre 15 e 90 dias, foi a 4,3% ao final de dezembro ante 5,0% em setembro e no mesmo período de 2015.
O índice de cobertura do banco, obtido por meio da divisão do saldo de provisão para créditos de liquidação duvidosa, pelo saldo das operações vencidas há mais de 90 dias, foi a 212,0% ao final de dezembro contra 198,1% em setembro e 199,4% um ano antes.
As despesas de provisões de crédito do Santander somaram R$ 3,388 bilhões no quarto trimestre, queda de 3,12% em um ano, de R$ 3,497 bilhões. No comparativo trimestral, quando totalizaram R$ 3,562 bilhões, foi vista retração de 4,9%.
Em todo o ano de 2016, os gastos com calotes alcançaram R$ 13,291 bilhões, alta de 10,7% em relação a 2015, de R$ 12,007 bilhões.
O saldo de provisões do banco espanhol no Brasil foi a R$ 18,333 bilhões no exercício passado, aumento de 8,9% em relação a 2015, de R$ 16,832 bilhões. Em relação a setembro, quando estava em R$ 17,280 bilhões, teve alta de 6,1%.
O Santander Brasil apresentou no ano passado o melhor resultado de sua história no Brasil, de acordo com o presidente do banco no País, Sérgio Rial. Com lucro gerencial, que não exclui a amortização do ágio pela compra do Banco Real, 10,8% maior no ano passado, o banco retomou a liderança na geração de resultados globais da instituição, desbancando o Reino Unido que estava no posto há dois anos.
"Nosso ano foi marcado por uma agenda intensa de transformação, que levou o banco a um patamar mais elevado em termos de velocidade e eficiência, culminando em uma maior rentabilidade. A partir desses avanços, alcançamos o melhor resultado da nossa história no Brasil, com clientes mais satisfeitos e um nível de engajamento dos funcionários superior a 85%", avalia Rial, em nota à imprensa.

Previsões para 2018

O Santander também reforçou seu compromisso de entregar até 2018 inadimplência similar a dos seus pares no Brasil. O índice de eficiência, segundo o banco, deve chegar a 44,5% até lá ante 48,8% no ano passado. Neste caso, quanto menor, melhor. Já as comissões, de acordo com o Santander, serão 10% maiores enquanto a vinculação de clientes deve passar dos atuais 3,7 milhões para 4,6 milhões.
"Estamos na rota certa para cumprir os compromissos assumidos para o ano de 2018. Reconhecemos o momento ainda difícil em que vivemos e nos sentimos na obrigação de ser parte da solução, agindo proativamente para criar um ambiente de negócios mais compatível com a realidade das empresas e indivíduos", conclui Rial.
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