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Economia

- Publicada em 25 de Janeiro de 2017 às 14:21

Porto Alegre e região metropolitana apresentam maior retração do emprego na história

Dados foram detalhados pela economista da FEE Iracema Castelo Branco

Dados foram detalhados pela economista da FEE Iracema Castelo Branco


FREDY VIEIRA/JC
Pelo segundo ano consecutivo, o mercado de trabalho de Porto Alegre e região metropolitana apresentou comportamento negativo. Os dados de 2016 - apresentados na Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA) da Fundação de Economia e Estatística (FEE) nesta quarta-feira (25) - apontam que houve retração de 4,7% do nível ocupacional e uma diminuição de 83 mil ocupados, a mais intensa de toda a série histórica da pesquisa, desde 1993.
Pelo segundo ano consecutivo, o mercado de trabalho de Porto Alegre e região metropolitana apresentou comportamento negativo. Os dados de 2016 - apresentados na Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre (PED-RMPA) da Fundação de Economia e Estatística (FEE) nesta quarta-feira (25) - apontam que houve retração de 4,7% do nível ocupacional e uma diminuição de 83 mil ocupados, a mais intensa de toda a série histórica da pesquisa, desde 1993.
Assim como ocorreu em 2015, a taxa de desemprego total registrou acentuado crescimento, passando de 8,7% em 2015 para 10,7% em 2016, acrescentando 33 mil pessoas no contingente de desempregados (estimado em 202 mil indivíduos).
O rendimento médio real dos ocupados também apresentou forte redução em 2016, comportamento que havia se verificado também no ano anterior, com quedas de 8,0% para os ocupados e de 7,3% para os assalariados. Em 2016, o rendimento médio real passou a corresponder a R$ 1.945, e o salário médio real, a R$ 1.905, sendo o menor salário médio real desde o início da série em 1993.
De acordo com os dados, houve redução em todos os setores da atividade econômica: nos serviços (menos 52 mil, ou -5,2%), na indústria de transformação (menos 21 mil, ou -7,2%), no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (menos 4 mil, ou -1,2%) e na construção (menos 1 mil, ou -0,8%). A retração do nível ocupacional deveu-se à diminuição do emprego assalariado (menos 83 mil, ou -6,6%), determinado pela redução no setor privado (menos 61 mil, ou -5,8%) e no setor público (menos 21 mil, ou -9,8%).
No âmbito do setor privado, ao contrário do verificado no ano anterior, houve retração do assalariamento com carteira assinada (menos 63 mil, ou -6,6%) e aumento no sem carteira assinada (mais 2 mil, ou 2,2%). Em relação aos demais contingentes, observou-se aumento dos empregados domésticos (mais 2 mil, ou 2,2%) e redução para o agregado outros (menos 2 mil, ou -1,1%), que inclui empregadores, donos de negócio familiar, trabalhadores familiares sem remuneração, profissionais liberais, etc. Já os trabalhadores autônomos, apresentaram estabilidade.
O desempenho negativo do mercado de trabalho se evidenciou em todos os aspectos que envolvem a pesquisa. De acordo com a economista da FEE Iracema Castelo Branco, esse resultado expressa a conjuntura recessiva da atividade econômica. "Caso não tivéssemos a diminuição da força de trabalho com a saída de 50 mil pessoas do mercado de trabalho, a taxa de desemprego teria sido ainda mais elevada".
Ela destaca que a População em Idade Ativa (PIA) — indivíduos com 10 anos ou mais — apresentou variação positiva de 0,4% em 2016, chegando a 3.556 mil indivíduos. Já a PEA, que corresponde à força de trabalho, ou seja, à parcela da PIA que se encontra ocupada ou desempregada, evidenciou redução (-2,6%), passando para 1.888 mil pessoas. Em decorrência desses comportamentos, a taxa de participação diminuiu de 54,7% em 2015 para 53,1% em 2016, situando-se no menor nível de toda a série histórica da Pesquisa”, explica.
De acordo com Iracema os dados revelam que os postos de trabalho que estão sendo eliminados são aqueles de maior qualidade, como o assalariado com carteira assinada, “indicativo de um processo de precarização do mercado de trabalho na Região Metropolitana de Porto Alegre”.
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