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Economia

- Publicada em 20 de Janeiro de 2017 às 20:25

Corte de empregos formais reduz ritmo no País e Rio Grande do Sul em 2016

Indústria de transformação foi a que mais cortou postos no Rio Grande do Sul em 2016

Indústria de transformação foi a que mais cortou postos no Rio Grande do Sul em 2016


CLAITON DORNELLES/JC
O ritmo de cortes de vagas formais no mercado de trabalho brasileiro, incluindo o do Rio Grande do Sul, reduziu em 2016, mas o ano não escapou de fechar no vermelho, apontou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (20). No Estado, caiu para quase a metade o saldo negativo entre admissões e demissões no ano passado, que registrou o fechamento de 54.384 vagas, ante corte de 95.173 em 2015. O estoque terminou o ano com 2.545.188 empregos, ante 2.599.572 de 2015, queda de 2,09%. 
O ritmo de cortes de vagas formais no mercado de trabalho brasileiro, incluindo o do Rio Grande do Sul, reduziu em 2016, mas o ano não escapou de fechar no vermelho, apontou o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (20). No Estado, caiu para quase a metade o saldo negativo entre admissões e demissões no ano passado, que registrou o fechamento de 54.384 vagas, ante corte de 95.173 em 2015. O estoque terminou o ano com 2.545.188 empregos, ante 2.599.572 de 2015, queda de 2,09%. 
O Brasil também freou a redução, mas com menor fôlego que o do mercado gaúcho. Foram 1.321.994 vagas formais a menos ante 1.534.989 de dois anos atrás. O estoque encerrou com 38.371.056 postos frente ao 39.693.050 de 2015, recuo de 3,33%.
A indústria de transformação foi a que mais fechou vagas no Estado, com saldo negativo de 26.467 entre admissões e demissões. Foi quase a metade do total dos setores empregadores. O enxugamento foi liderado pelo ramo de material de transporte (-8.879 vagas). Depois veio o setor de serviços, com -13.122 postos, construção civil teve corte de 10.378 vagas e comércio, -5.346 postos. A agropecuária e administração pública foram os únicos setores que tiveram mais admissões que demissões em 2016. O setor primário somou saldo de 1.432, e o público, 466.   
No mês de dezembro, o mercado gaúcho suprimiu 28.743 postos, pois foram 91.084 demissões ante 62.341 admissões. O estoque de vagas totais teve corte de 1,12%. No País, o saldo foi de 462.366 vagas a menos, considerando 1.331.805 demissões e 869.439 contratações.  
O corte de vagas formais de trabalho no Brasil em 2016 foi liderado pelas regiões Sudeste e Nordeste. Entre as unidades da federação, apenas Roraima registrou mais contratações do que demissões, mesmo assim, em número quase simbólico: foram abertos 84 novos postos com carteira assinada.
Segundo as informações do Ministério do Trabalho, a região Sudeste extinguiu 788,6 mil vagas formais, enquanto o Nordeste fechou 239,2 mil postos. Ao todo, o País perdeu 1,32 milhão de empregos com carteira assinada, considerados de maior qualidade, no ano passado.
Entre os Estados, os recordistas em fechamento de vagas foram São Paulo (-395,3 mil), Rio de Janeiro (-237,4 mil) e Minas Gerais (-117,9 mil). Juntos, os três responderam por 59% da perda total de empregos formais no ano passado. "Os saldos de emprego mais negativos ocorreram nos Estados mais populosos e de economia mais moderna", observou o Ministério do Trabalho.
A crise começou a perder fôlego em abril de 2016, quando o país registrava o pico de 1.825.609 vagas fechadas em um período de 12 meses. Mas esse número começou a cair mês a mês. No final do ano, a perda em 12 meses já estava menor em 503.615 postos. Em dezembro, mês que historicamente apresenta forte aumento no número de demissões, a perda foi de 462.366 vagas, 22,4% menor do que no mesmo período de 2015, outro dado que mostra o arrefecimento na crise do emprego.

Agricultura fechou menos postos no País

O ano de 2016 ainda apresentou resultados negativos em todos os setores, embora já com um ritmo menor do que em 2015. Em números relativos, o setor que menos sofreu nos últimos 12 meses foi o da agricultura, com um fechamento de apenas 0,84% das vagas, seguido pela administração pública, que teve percentual negativo de 0,97%. O comércio e os serviços tiveram perdas de 2,22% e 2,28% respectivamente. O setor que mais sofreu foi o da construção civil, que fechou 13,48% dos postos formais, seguido pelo extrativo mineral (-5,67%) e a indústria da transformação (-4,23%).

Crise econômica afetou salários

A crise econômica afetou também a renda do trabalho. O salário médio de admissão caiu 1,09% em termos reais (ou seja, já descontada a inflação) em relação a 2015. O valor saiu de R$ 1.389,19 para R$ 1.374,12, de acordo com dados do Caged. Apesar disso, o Ministério do Trabalho destaca que a perda salarial em 2016 foi menos intensa do que no ano anterior, quando o recuo havia sido de 1,64% em relação a 2014.
Em 2016, a queda na média salarial dos homens (-2,43%) foi mais intensa do que no caso das mulheres (-0,99%), movimento que já havia sido observado no ano anterior. "Após dois anos sucessivos de redução mais acentuada dos salários de admissão masculino, a média salarial da mulher passou a representar 89,24% da média salarial do homem", disse o Ministério do Trabalho.
Em termos regionais, o salário médio de admissão caiu em todas as grandes regiões, com destaque para Sudeste (-2,36%) e Norte (-2,33%). As perdas reais no salário de admissão têm contribuído para anular ganhos obtido no passado. Para se ter uma ideia, os dados do Caged mostram que, de 2012 a 2016, essas remunerações avançaram apenas 0,74% acima da inflação, passando de R$ 1.364,05 para R$ 1.374,12 no período - um ganho de R$ 10,07 em cinco anos.
Com informações da agência Estado
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