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Economia

- Publicada em 19 de Janeiro de 2017 às 21:43

Projeções do mercado vão continuar a cair rumo às do BC, diz Goldfajn

O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, previu, nesta quinta-feira, em Davos, onde acompanhou o Fórum Econômico Mundial, que as projeções do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2017, na casa de 4,8%, vão continuar a cair em direção às feitas pela instituição, de 4,4%, no cenário de mercado. "Acho que vamos ver as projeções do mercado convergindo para a meta", disse em relação ao alvo de 4,5%. Questionado sobre se esse movimento poderia ser visto já no curto prazo, ele disse não saber.
O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, previu, nesta quinta-feira, em Davos, onde acompanhou o Fórum Econômico Mundial, que as projeções do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2017, na casa de 4,8%, vão continuar a cair em direção às feitas pela instituição, de 4,4%, no cenário de mercado. "Acho que vamos ver as projeções do mercado convergindo para a meta", disse em relação ao alvo de 4,5%. Questionado sobre se esse movimento poderia ser visto já no curto prazo, ele disse não saber.
Goldfajn enfatizou que, quanto mais as expectativas estiverem ancoradas na meta, mais a instituição tem espaço para focar nos efeitos secundários de alta da inflação. Perguntado se o BC está neste momento agora, ele respondeu: "Sim, acredito que estamos lá agora".
O mercado financeiro chegou ao consenso de que a taxa básica de juros, atualmente em 13% ao ano, terminará 2017 em um só dígito. Goldfajn, no entanto, não quis apresentar uma avaliação sobre se essa estimativa está otimista ou em linha com a realidade. "Não vou comentar expectativas de mercado em relação à Selic. Cada um tem seu cenário, e nós temos o nosso", comentou. Em termos de inflação, Goldfajn disse que o BC está indo na direção que precisa em relação à inflação.
O presidente do BC disse também que vai esperar pacientemente as agências de risco atuarem na direção que os ativos já mostram de melhoria dos dados da economia brasileira. Ele salientou que a bolsa já mostra melhora, assim como o Credit Default Swap (CDS). "Vamos esperar pacientemente as agências se moverem na mesma direção que os mercados já pegaram", considerou.
Para ele, as reformas que serão feitas pelo País também levarão a mudanças de percepção de risco, inclusive de agências de risco, que têm seu processo e podem levar algum tempo para fazer mudança. "Mesmo a queda da inflação, que pode trazer percepção de risco menor, já aparece nos preços de ativos de mercado", disse, citando a alta da bolsa e a baixa dos juros futuros. "Isso deve ser visto nas classificações das agências em algum tempo. Não sei dizer quando."
O presidente do Banco Central avaliou que todas as regiões do mundo, citando Estados Unidos, Europa e Japão, estão se mexendo na direção de recuperação. A grande dúvida, de acordo com ele, é se o cenário de crescimento dos países avançados vai se manter. A afirmação foi feita quando perguntado sobre a divergência das políticas monetárias.
Durante sua passagem por Davos, Goldfajn se encontrou com representantes de empresas de cartões de crédito e banqueiros. Ele informou que o BC vai divulgar em breve uma norma para transformar o crédito rotativo. A ideia é mexer no crédito rotativo no segundo mês e no crédito parcelado. "A intenção da norma é elevar a queda dos juros", acrescentou. Para ele, o sistema hoje cresce, mas "tem muitos subsídios cruzados, uma parte paga pela outra".
Em dezembro, o governo anunciou que usuários de cartão de crédito não poderão passar mais de 30 dias no rotativo, linha emergencial utilizada por quem não consegue pagar o valor integral da fatura. Depois desse prazo, o cliente terá a dívida automaticamente parcelada.
A medida depende de regulamentação no CMN (Conselho Monetário Nacional). Indagado sobre a possibilidade de acabar com o parcelamento sem juros, Goldfjan afirmou que "não adiantam medidas. Não quer dizer que vai acabar, só gostaríamos que uma parte não subsidiasse a outra".
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