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Economia

- Publicada em 19 de Janeiro de 2017 às 18:00

Governo libera R$ 12 bilhões para pré-custeio

O governo federal liberou R$ 12 bilhões para financiar o pré-custeio da safra agrícola 2017/2018. O valor supera em R$ 2 bilhões (20%) o montante liberado para o pré-custeio da 2016/2017. O objetivo é estimular a economia e melhorar as condições da produção agrícola do País.
O governo federal liberou R$ 12 bilhões para financiar o pré-custeio da safra agrícola 2017/2018. O valor supera em R$ 2 bilhões (20%) o montante liberado para o pré-custeio da 2016/2017. O objetivo é estimular a economia e melhorar as condições da produção agrícola do País.
O anúncio da liberação do crédito foi feito nesta quinta-feira, em Ribeirão Preto (SP), pelo presidente Michel Temer e o presidente do Banco do Brasil (BB), Paulo Caffarelli. Os recursos permitirão aos produtores rurais fazer compras antecipadas de insumos, como sementes, fertilizantes e defensivos. O financiamento antecipado deve atingir primeiramente as culturas que são plantadas no verão, como soja, milho, arroz, café e cana-de-açúcar.
Os valores serão ofertados pelo Banco do Brasil, a partir de captações próprias da Poupança Rural e de depósitos à vista. Os médios produtores terão acesso ao crédito por meio do Programa Nacional de Apoio aos Médios Produtores Rurais (Pronamp), com taxas de 8,5% ao ano e teto de R$ 780 mil. Já os grandes produtores poderão financiar até R$ 1,32 milhão, sob encargos de 9,5% ao ano.
No começo do mês, a Caixa Econômica Federal já havia anunciado a oferta de R$ 6 bilhões para o pré-custeio da próxima safra 2017/18. A linha "Custeio Antecipado" possibilita o acesso a recursos para custear as lavouras até 270 dias antes do início do plantio. O recurso está disponível para as principais culturas, como soja, milho, arroz, trigo, feijão e sorgo, e pode ser acessado por meio análise técnica automática para propostas de até R$ 500 mil.
De acordo com o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção de grãos na safra 2016/2017 pode chegar ao número recorde de 215,3 milhões de toneladas. O volume representa um aumento de 15,3% em relação à safra anterior. Para 2017/2018, o governo também espera um volume expressivo de produção, que pode chegar a 271 milhões de toneladas.
Durante a cerimônia, o presidente Michel Temer destacou o desempenho do agronegócio na economia nacional e disse que o setor "não precisa de muita coisa" além de financiamento do governo. "Ele (o agronegócio) é tão sustentador da economia nacional que não é preciso muita coisa, o que é preciso é financiamento. Isto é o que estamos fazendo no presente momento", disse o presidente, reforçando o aporte de R$ 12 bilhões para o pré-custeio da safra.
Temer afirmou ainda ter certeza que os governos irão incentivar ainda mais o setor para que haja desenvolvimento no Brasil. "Tenho certeza que o agronegócio e a pecuária irão, cada vez mais, inovar com apoio do governo federal, estadual, governo municipal, para gerar novos polos de desenvolvimento para o nosso País", afirmou.
O presidente do Banco do Brasil afirmou que, em maio, será lançado o Plano Safra e que esta deve ser a maior safra de todos os tempos no Brasil. Ele também comentou que, em fevereiro, o BB vai anunciar o processo de custeio digital, que será um marco para o agronegócio.
Segundo Caffarelli, o crédito agrícola responde por quase 25% da carteira do BB e tem uma inadimplência bem menor que outras linhas, inferior a 1%. "Quando se fala em agronegócio, se fala em BB. É uma vocação natural nossa." Ele lembrou que o plano de pré-custeio deste ano é superior ao do ano passado e dá ao agricultor liberdade para definir o melhor momento para comprar insumos.
O secretário executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, afirmou que o governo precisa garantir crédito com juros baixos ao setor produtivo, especialmente ao agronegócio. Ele lembrou que o governo aumentou os créditos para o pré-custeio da safra e antecipou a liberação em duas semanas. "Estamos levando uma nova mensagem para o mundo. O Brasil tem um papel na segurança alimentar do planeta, na conservação da biodiversidade e na mitigação de mudanças climáticas. Além de abrir mercados, estamos repondo algumas verdades. O mundo inteiro sabe que somos grandes produtores e exportadores de alimentos, mas não sabe que temos eficiência e sustentabilidade."
 
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