Usaflex vai abrir duas novas fábricas no Estado

Com um otimismo como poucos têm demonstrado no Brasil, e recurso em caixa para investir (novamente, como poucos hoje exibem no País), o empresário Sergio Bocayuva e Axxon Group anunciaram ontem a implantação de duas novas unidades da Usaflex no Rio Grande do Sul. Adquirida em parceria como o fundo de investimento com Bocayuva, em novembro de 2016, a indústria calçadista receberá a injeção de até R$ 5 milhões e pelo menos mil novos empregados até 2018.

"Com juros menores, estabilidade política e a possível reforça da Previdência, temos certeza que o Brasil voltará a crescer ainda neste ano. Além disso, trabalhamos com dados históricos que mostram que, após um período de crise profunda, como essa que vive o Brasil, a retomada tende a ser forte e acelerada", analisa Bocayuva, CEO da Usaflex.

De acordo como o executivo, a meta da empresa é dobrar o faturamento atual em até seis anos. A receita atual gira em torno de R$ 300 milhões, com produção de 4,6 milhões de pares de sapatos por ano. A maior parte da expansão deve vir com as vendas da rede de fraqueadas, que conta hoje com 111 unidades. O projeto, também para seis anos, é abrir novas 232 unidades neste formato e ampliar a produção de sapatos modelos exclusivos para esses operadores.

"A decisão de investir está tomada. Na semana que vem, nos reuniremos com o conselho para definir o modelo de expansão que iremos seguir. Podemos tanto ampliar a produção ocupando espaços desocupados por outras indústrias de calçados no Vale do Sinos nos últimos anos quanto construir novas fábricas do zero. Vai depender do que encontrarmos e for mais viável", explica Bocayuva.

De acordo com o executivo, desde que a Usaflex foi adquirida pelo fundo de investimento de private equity, tendo o próprio executivo como sócio, prefeituras de diferentes cidades da região têm buscado atrair a empresa com diferentes ofertas, de espaços físicos a incentivos para instalação. As atuais sete unidades fabris da empresa estão localizadas na região do Vale dos Sinos e do Paranhana. O "assédio" se justifica pelos vistosos números obtidos pela empresa em apenas um mês, de acordo com o empresário fluminense, hoje morando em Gramado, de onde se desloca quase que diariamente para Igrejinha, sede da empresa. "Em apenas um mês, conseguimos ampliar o faturamento da Usaflex em 37,5%. Isso com novo modelo de gestão, investimento pesado em mídia e estimulo aos parceiros comércios com polpudas premiações por vendas. Estamos esquentando os motores para voos ainda mais altos", afirma Bocayuva.

Com a crença de que "os voos mais altos" virão também para o Brasil ainda em 2017, Bocayuva sinaliza que esse é o momento para investir no Brasil para colher resultados em pouco tempo. O executivo acredita que logo os investimentos internacionais serão retomados no Brasil, e a ideia é capitalizar a Usaflex para o momento da retomada.