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Economia

- Publicada em 17 de Janeiro de 2017 às 19:29

Crescimento do Brasil será o pior entre o G-20 em 2017

Dados foram publicados em projeção da Organização das Nações Unidas

Dados foram publicados em projeção da Organização das Nações Unidas


VISUAL HUNT/DIVULGAÇÃO/JC
A economia brasileira terá o pior desempenho entre os países do G-20 e, em todo o mundo, apenas cinco outras economias terão um crescimento mais fraco que o do Brasil. Os dados estão sendo publicados ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU) em seu informe anual sobre a situação econômica do planeta e que indica que o pior da crise passou. Mas, com uma baixa taxa de expansão no Brasil, a plena recuperação do que foi perdido nos últimos três anos terá de aguardar até a próxima década.
A economia brasileira terá o pior desempenho entre os países do G-20 e, em todo o mundo, apenas cinco outras economias terão um crescimento mais fraco que o do Brasil. Os dados estão sendo publicados ontem pela Organização das Nações Unidas (ONU) em seu informe anual sobre a situação econômica do planeta e que indica que o pior da crise passou. Mas, com uma baixa taxa de expansão no Brasil, a plena recuperação do que foi perdido nos últimos três anos terá de aguardar até a próxima década.
A projeção é de que o PIB brasileiro tenha expansão de apenas 0,6% em 2017. A taxa é a mais baixa entre todas as economias do G-20 e, no mundo, apenas Síria, Venezuela, Guiné Equatorial, Equador e Trinidad e Tobago terão desempenho mais fraco. Para 2018, a previsão é de expansão de 1,6%.
No mundo, a perspectiva é de uma expansão do PIB global de 2,7% em 2017 e 2,9% em 2018, uma redução de 0,7 ponto percentual em relação às projeções iniciais. Ainda assim, a projeção aponta para um cenário mais positivo que o de 2016, quando o crescimento foi de 2,2%. Nos países em desenvolvimento, a taxa chegará, em 2017, a 4,4% e a 4,7% em 2018. Entre os países ricos, o crescimento será de 1,7% neste ano.
Depois de uma contração de 3,9% em 2015 e 3,2% em 2016 no Brasil, a projeção aponta para dois anos de expansão, ainda que insuficiente para recuperar o que se perdeu nos últimos dois anos. No total, os economistas das Nações Unidas estimam que a pior recessão vivida pelo Brasil em décadas tirou mais de 8% do PIB do País. O colapso seria equivalente a perder em apenas três anos toda a economia do Peru ou do Catar. "O Brasil viveu sua recessão mais profunda já registrada nos últimos dois anos. A queda acumulada da economia do País desde o final de 2014 supera 8%, diante de desequilíbrios macroeconômicos severos e uma crise política que levou a uma contração profunda da demanda doméstica", indicou.
Se o fundo do poço foi superado, a ONU alerta que o Brasil também foi um dos países que sofreram a maior revisão na taxa de crescimento. Para 2017, o índice é 2,4 pontos percentuais abaixo do que se esperava. Mas a esperança é de que essa realidade ficou para trás. "A recessão no Brasil pode ter sido superada, depois de uma forte queda de produção em 2015 e 2016", disse a ONU. "A incerteza política no Brasil caiu, e as fundações para um programa de gerenciamento macro foram introduzidas", apontou. "Entretanto, altas taxas de desemprego e uma política fiscal dura continuarão a pesar sobre a economia", alertou a entidade.
Segundo a ONU, a taxa de desemprego chegou a 11,8% no terceiro trimestre de 2016, contra apenas 6,5% em 2014. Essa realidade, somada à inflação e ao crédito restrito, levou a uma queda no consumo. No Brasil, o consumo privado caiu em 5% em 2016. Para a ONU, políticas fiscais mais sólidas no Brasil podem ajudar a gerar maior "confiança do setor dos negócios e investimentos". Mas, mesmo assim, "a recuperação será relativamente rasa".
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