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Economia

- Publicada em 16 de Janeiro de 2017 às 21:34

Vendas líquidas da MRV somam R$ 4,017 bilhões em 2016, alta de 4,2%

Estadão Conteúdo
A MRV Engenharia, maior parceira da Caixa Econômica Federal no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), encerrou 2016 com o segundo maior volume de vendas líquidas da história da companhia.
A MRV Engenharia, maior parceira da Caixa Econômica Federal no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV), encerrou 2016 com o segundo maior volume de vendas líquidas da história da companhia.
Em documento publicado nesta segunda-feira (16), a incorporadora reportou vendas líquidas de R$ 4,017 bilhões em 2016, alta de 4,2% em comparação com 2015. O crescimento foi sustentado pelo menor impacto dos distratos, que totalizaram R$ 1,232 bilhão no ano, recuo de 24,9%. As vendas brutas, por sua vez, foram de R$ 5,259 bilhões, queda de 4,3%.
A diminuição nos distratos está relacionada ao modelo de venda na planta condicionada à liberação de financiamento bancário ao consumidor. Embora a comercialização seja mais restritiva dentro deste modelo, ela minimiza os riscos de cancelamentos do negócio pelo mutuário.
A MRV também aumentou o foco na venda de unidades enquadradas nas linhas de financiamento com recursos do FGTS, que representou 94% do total vendido em 2016 ante 86% em 2015.
Segundo a companhia, essa estratégia tem o objetivo de atender um mercado com alta demanda e boas condições de crédito. Além disso, há potencial de crescimento das vendas, uma vez que a oferta de produtos nesse segmento ainda está abaixo da capacidade de absorção do mercado, conforme avaliação da incorporadora.
A geração de caixa em 2016 totalizou R$ 505 milhões, queda de 37% ante 2015. Apesar das vendas maiores, houve desembolsos com a compra de terrenos e a distribuição de dividendos ao longo do ano.
Lançamentos
A MRV reportou lançamentos de R$ 3,987 bilhões em valor geral de vendas (VGV) no ano passado, queda de 15,2% na comparação com 2015. Todos os empreendimentos lançados no ano são elegíveis à comercialização via FGTS.
O volume de lançamentos foi influenciado pelo resultado do quarto trimestre de 2016, quando os novos projetos somaram R$ 1,071 bilhão em VGV, retração de 34,3% na comparação anual.
A companhia explicou que, em função de não ter conseguido finalizar a contratação de determinados empreendimentos junto às instituições financeiras no quarto trimestre, cerca de 4.600 unidades (o equivalente a R$ 695 milhões em VGV) deixaram de ser lançadas.
O copresidente da MRV, Eduardo Fischer, explicou, porém, que essa retenção foi uma decisão interna. Isso porque os empreendimentos podem ser lançados após receberem o alvará da prefeitura e o registro em cartório. No entanto, a companhia preferiu aguardar também a liberação do financiamento bancário para a produção, que é condição para que as unidades vendidas futuramente aos consumidores possam ser financiadas ainda na planta. "Não houve gargalo nos bancos. Nós preferimos aguardar. O lançamento desses R$ 695 milhões obviamente vai ocorrer no primeiro trimestre."
"Fechamos o ano muito bem. O desempenho foi saudável, muito bom, apesar do cenário adverso e da crise dramática", afirmou Fischer, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo EStado. "Vamos começar 2017 bastante otimistas", completou, mencionando a perspectiva de expansão gradual das operações.
Embora não tenha citado metas formais (guidances), Fischer estimou manutenção no crescimento das vendas líquidas, pois ainda há espaço para redução dos distratos no balanço. "Hoje, 100% das nossas vendas são simultâneas (com financiamento aprovado), mas ainda temos um passivo das vendas feitas antes de 2014 e 2015. Então, ainda tem espaço para que o distrato caia", explicou.
No caso dos lançamentos, o executivo disse que a incorporadora busca expansão gradual dos novos projetos. Conforme divulgado na reunião pública de dezembro, a companhia tem o objetivo de atingir, no médio prazo, um ciclo operacional composto por lançamentos, vendas e construção de 60 mil unidades por ano, o que representa uma elevação considerável em relação ao patamar atual de 40 mil unidades.
"Não posso dar guidance, mas a estratégia para o futuro considera o crescimento, com maior penetração dos mercados onde já estamos", reiterou Fischer. Para isso, ele projeta novas compras de terrenos ao longo deste ano.
A MRV encerrou 2016 com um banco de terrenos cujo potencial dos lançamentos totaliza R$ 41,1 bilhões. Deste potencial, R$ 2,5 bilhões já possuem registro de incorporação emitidos, o equivalente a 17.763 unidades. O lançamento de fato destas unidades está vinculado ao nível de estoque de cada região e também à contratação dos empreendimentos junto às instituições financeiras.
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