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Conjuntura

- Publicada em 16 de Janeiro de 2017 às 18:57

FMI corta previsão para o PIB do Brasil e vê expansão de apenas 0,2% em 2017

Fundo havia melhorado projeções com chegada de Temer ao Planalto

Fundo havia melhorado projeções com chegada de Temer ao Planalto


ANDRESSA ANHOLETE/AFP/JC
O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a rebaixar a projeção de crescimento para o Brasil e agora espera expansão de apenas 0,2% este ano, de acordo com relatório divulgado ontem. Na previsão anterior, feita em outubro, a expectativa era que o Produto Interno Bruto (PIB) fosse avançar 0,5% em 2017.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) voltou a rebaixar a projeção de crescimento para o Brasil e agora espera expansão de apenas 0,2% este ano, de acordo com relatório divulgado ontem. Na previsão anterior, feita em outubro, a expectativa era que o Produto Interno Bruto (PIB) fosse avançar 0,5% em 2017.
Para 2018, o fundo manteve a previsão de crescimento do PIB em 1,5%. Em 2017, a expansão do Brasil será a menor entre os principais países do mundo, e ainda vai ficar bem abaixo da média de crescimento da economia mundial (3,4%), dos emergentes (4,5%) e da América Latina (1,2%). Em 2018, o Brasil deve seguir com desempenho abaixo da média destes três grupos.
O FMI relatava que a atividade na economia brasileira no segundo semestre de 2016 acabou ficando mais fraca que o esperado. A previsão é que o PIB do País tenha retração de 3,5% no ano passado, também um dos piores desempenhos do mundo.
O fundo vinha constantemente rebaixando as projeções para o PIB do Brasil a cada período desde 2012. No ano passado, com a chegada do presidente Michel Temer no Planalto, a instituição chegou a melhorar o cenário para o Brasil, prevendo a volta do crescimento. Este movimento, porém, de acordo com o relatório, tem sido mais lento que o esperado e com isso as estimativas voltaram a ter cortes agora.
Por causa do desempenho fraco da economia brasileira esperado para este ano, o FMI também reduziu a previsão de crescimento para a América Latina. A região deve ser afetada ainda pelas políticas do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A estimativa do Fundo é que a América Latina cresça 1,2% este ano e 2,1% em 2018. Nos dois casos, houve corte em relação às projeções divulgadas em outubro, de 1,6% e 2,2%, respectivamente.
"Na América Latina, o corte da projeção de crescimento reflete, em grande medida, expectativas mais sutis da recuperação de curto prazo na Argentina e no Brasil, depois de resultados de crescimento mais fracos do que o esperado no segundo semestre de 2016", ressalta o documento, que destaca ainda a maior incerteza em relação ao México, por causa das políticas de Trump, e a deterioração na Venezuela.
O FMI manteve a previsão de crescimento da economia mundial em 3,4% este ano e 3,6% em 2018, ambos uma aceleração em relação aos 3,1% esperados para 2016, a pior taxa desde a crise financeira mundial. O fundo ressalta que ainda há muitas incertezas sobre como serão as políticas de Trump e os impactos de várias eleições na Europa. Por isso, há um variado quadro de possíveis cenários para a atividade econômica do planeta.
O fundo acredita que pode ter uma visão mais clara do cenário para a economia mundial em abril, quando faz sua reunião de primavera em Washington. A expectativa é que naquele mês Trump já tenha detalhado o que planeja fazer. A adoção de estímulos fiscais, como corte de impostos e aumento de gastos públicos, é um dos fatores que contribuiu para o FMI elevar a previsão de crescimento dos países avançados, que deve crescer 1,9% este ano e 2% no próximo.
O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse que o FMI tende a ser mais conservador que o mercado nas estimativas de crescimento econômico.  Em entrevista no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça, ele admitiu que o governo revisará as estimativas de expansão do PIB para este ano, mas não indicou em que intensididade. "O FMI tende a ser mais conversador. O mercado, no Brasil, está com um crescimento um pouco mais acima, de 0,5%, mas certamente o importante é a trajetória de recuperação da economia que parte de um nível muito baixo", declarou.

Mercado estima taxa de 9,75% para a Selic neste ano

Arte Focus 16/01/2017

Arte Focus 16/01/2017


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O mercado financeiro projeta que a Selic, a taxa básica de juros da economia, chegará a um dígito e encerrará 2017 em 9,75% ao ano. A estimativa está no boletim Focus, pesquisa semanal do Banco Central (BC) feita com instituições financeiras. Na semana passada, as instituições consultadas previam que a Selic terminaria o ano em 10,25% ao ano. Atualmente, a taxa está em 13% ao ano.
O mercado revisou a previsão para a Selic após o Comitê de Política Monetária (Copom) do BC reduzir a taxa básica, na quarta-feira passada, mais que o esperado, em sua primeira reunião em 2017. Em lugar da queda de 0,5 ponto percentual projetada, o Copom cortou 0,75 ponto percentual.
A decisão de reduzir a taxa básica de juros ocorreu depois que o IBGE divulgou que a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2016 em 6,29%. O patamar está abaixo do teto da meta fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 4,5% com dois pontos percentuais para cima ou para baixo.
O boletim Focus desta segunda-feira estima que a inflação pelo IPCA cairá mais, encerrando 2017 em 4,8%. Na semana passada, as instituições financeiras previam 4,81%. O mercado financeiro mantém a previsão de que a inflação chegará ao centro da meta em 2018, ficando em 4,5%.
Na esteira do corte de juros e da divulgação do Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) de novembro, na semana passada, o Focus indicou manutenção nas projeções de atividade para 2017 e leve piora para 2018. Pelo documento agora, a mediana para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2017 seguiu com alta de 0,50%. Há um mês, a perspectiva era de avanço de 0,58%. Para 2018, o mercado reduziu a previsão de alta de 2,30% para avanço de 2,20% no PIB.
Já a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2017 foi de 50,67% para 50,82% no Focus. Há um mês, estava em 50,75%. Para 2018, as expectativas foram de 54,30% para 54,75%, ante projeção apontada um mês atrás, de 55,35%.