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Comércio Exterior

- Publicada em 12 de Janeiro de 2017 às 22:10

Exportações gaúchas recuam 5,4% em 2016

O ano de 2016 fechou com as exportações em queda no Rio Grande do Sul. Ao somarem um total de US$ 16,6 bilhões no acumulado dos 12 meses, as exportações caíram 5,4% em relação a 2015. A maior influência negativa sobre o resultado veio do grupo das commodities, que retraiu 12,1% (somando US$ 4,1 bilhões), principalmente por causa das quedas nas vendas de soja (-7,9%) e de trigo (-70,7%).
O ano de 2016 fechou com as exportações em queda no Rio Grande do Sul. Ao somarem um total de US$ 16,6 bilhões no acumulado dos 12 meses, as exportações caíram 5,4% em relação a 2015. A maior influência negativa sobre o resultado veio do grupo das commodities, que retraiu 12,1% (somando US$ 4,1 bilhões), principalmente por causa das quedas nas vendas de soja (-7,9%) e de trigo (-70,7%).
A indústria gaúcha também acompanhou o ritmo de perdas no ano passado, mas recuou em um ritmo menor, 2,3%, totalizando US$ 12,4 bilhões. Dois fatores foram determinantes e contribuíram para que o nível mais baixo no setor registrado desde 2006 não fosse ainda pior: em primeiro lugar, houve a contabilização como exportação da plataforma de petróleo e gás no mês de novembro, totalizando US$ 388,9 milhões. Além disso, o setor de celulose e papel registrou exportações de US$ 636 milhões, um avanço de 80,7%, em função da expansão da capacidade produtiva da CMPC Celulose Riograndense, em Guaíba. Se a operação com a plataforma não tivesse ocorrido e as exportações de celulose e papel fossem iguais às de 2015, o setor secundário cairia 7,6%.
Ainda considerando os principais segmentos industriais no Estado, veículos automotores, reboques e carrocerias vendeu US$ 1,02 bilhão, o que representa um crescimento de 5,2%, exercendo a segunda maior influência positiva. Contribuiu para isso, entre outros motivos, o acordo comercial firmado com a Colômbia, que aumentou as vendas externas do setor para esse destino em 136,2%. Por sua vez, produtos alimentícios (-9%), produtos químicos (-10,5%) e máquinas e equipamentos (-7%) exerceram as maiores contribuições negativas, muito em função da redução da demanda externa da América Latina e do Caribe, que cresceu em 2016 à taxa mais baixa desde 2009.
Em relação às importações, houve queda de 17%, somando US$ 8,3 bilhões em 2016. As principais influências negativas vieram de combustíveis e lubrificantes (-46,7%), bens intermediários (-11,9%) e bens de capital (-29,2%). Este resultado pode ser explicado pela recessão econômica, sobretudo no setor industrial, e pelas perspectivas de retomada lenta. O destaque positivo ficou por conta dos bens de consumo (32,4%).
Em comparação com dezembro de 2015, a indústria gaúcha avançou 10,1% (US$ 1,11 bilhão) no último mês do ano passado, influenciada especialmente por crescimentos em tabaco (77,8%), veículos automotores, reboques e carrocerias (20%), celulose e papel (39,5%), materiais elétricos (107,1%) e produtos químicos (8,6%). Já as exportações totais aumentaram 11,4% nessa base de comparação, somando US$ 1,24 bilhão.

Vendas do agronegócio atingem US$ 11 bi, 5,7% menos em relação a 2015

Elevação nos preços médios da soja não compensou o menor volume embarcado

Elevação nos preços médios da soja não compensou o menor volume embarcado


SUPRG/DIVULGAÇÃO/JC
No acumulado de 2016, as exportações do agronegócio gaúcho somaram US$ 11 bilhões, o que representa uma queda de 5,7% em relação a 2015, ocasionada principalmente pela queda nos volumes embarcados (-8,3%) e pela pequena elevação nos preços médios por tonelada (2,8%). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo Núcleo de Estudos do Agronegócio da Fundação de Economia e Estatística (FEE).
Na análise por setores, o complexo soja foi o setor com maior queda em valor (menos US$ 433 milhões; -8,2%), já que a leve elevação nos preços médios (1,9%) não compensou o menor volume embarcado (-9,9%) no acumulado de 2016. Mesmo assim, o complexo soja (US$ 4,9 bilhões) foi o setor mais importante para o agronegócio gaúcho, seguido pelo de carnes (US$ 1,9 bilhão), fumo e seus produtos (US$ 1,7 bilhão), produtos florestais (US$ 778,9 milhões) e couros e peleteria (US$ 429,0 milhões).
"Se analisada em retrospectiva às previsões do início de 2016, a retração nos embarques de soja pode ser considerada surpreendente. Com a elevação da quantidade colhida de soja no Rio Grande do Sul (3,2%), esperava-se um crescimento na quantidade comercializada. Contudo, a maior concorrência com a safra norte-americana e a valorização cambial atuaram como desestimulantes das vendas. O crescimento relativo das exportações no último trimestre não foi suficiente para reverter a tendência de queda", analisa o economista da FEE Sérgio Leusin Jr.
A segunda maior queda no valor exportado em 2016 (menos US$ 356,6 milhões; -49%) foi sentida pelo setor de cereais, farinhas e preparações, principalmente pela redução das vendas de trigo (64,9% em volume e 70,8% em valor). O setor de carnes, apesar da elevação nos volumes embarcados, principalmente das carnes suína (21,2%) e bovina (4,8%), também teve redução no valor exportado (menos US$ 65,6 milhões; -3,3%). Já setores como produtos florestais, fumo e seus produtos e animais vivos foram destaques positivos nas exportações do agronegócio.
China (37,7%), União Europeia (15,4%), Estados Unidos (3,7%), Irã (3,5%) e Coreia do Sul (3,4%) foram os principais destinos das exportações gaúchas do agronegócio em 2016. Já Vietnã (menos
US$ 263,3 milhões; -60,1%), Venezuela (menos US$ 228,2 milhões; -57,8%), Tailândia (menos US$ 116,7; -82,4%) e China (menos US$ 109,5 milhões; -2,6%) recuaram.
Em relação a dezembro de 2016, a FEE sinaliza que as exportações do agronegócio gaúcho totalizaram US$ 712,1 milhões. Comparativamente ao mesmo mês em 2015 ocorreram altas no valor exportado (13,7%) e nos preços médios praticados (40,2%), enquanto os volumes foram menores (-18,9%). Houve elevação nas exportações do complexo soja (107,4%), do setor de fumo e seus produtos (79,1%) e de produtos florestais (21,4%) em dezembro de 2016.
 

Brasil retoma exportações de cortes suínos para a África do Sul

O Brasil vai retomar as exportações de carne suína in natura para venda livre (no varejo) para a África do Sul. O departamento de Negociações Não Tarifárias do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) recebeu o comunicado da reabertura daquele mercado na quarta-feira do Departamento de Agricultura, Floresta e Pesca (DAFF) sul-africano.
Desde 2005 que as negociações para a reabertura das compras vinham sendo realizadas. A paralisação do comércio foi decidida devido a focos de aftosa registrados no Brasil naquele ano. Os importadores daquele país recomeçaram a comprar efetivamente, a partir de 2014, apenas os cortes destinados à indústria de embutidos (salsicharia).
Em 2014, os embarques de carne suína para a África do Sul somaram US$ 25 mil; em 2015 foram US$ 538 mil, e, no ano passado, US$ 3,7 milhões. Além do Brasil, os fornecedores dos cortes suínos àquele mercado são a União Europeia, principalmente a Alemanha, e o Canadá.