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Veículos

- Publicada em 12 de Janeiro de 2017 às 18:15

Financiamento de veículos leves cai 26% em 2016

A menor oferta de crédito no Brasil levou o número de financiamentos de veículos leves (automóveis de passeio e utilitários) a cair mais do que o total das vendas nesse segmento em 2016, mostra levantamento da Cetip. Enquanto o mercado total caiu 19,8%, para 1,98 milhão de unidades, os financiamentos tiveram queda de 26,3%, para 1,06 milhão.
A menor oferta de crédito no Brasil levou o número de financiamentos de veículos leves (automóveis de passeio e utilitários) a cair mais do que o total das vendas nesse segmento em 2016, mostra levantamento da Cetip. Enquanto o mercado total caiu 19,8%, para 1,98 milhão de unidades, os financiamentos tiveram queda de 26,3%, para 1,06 milhão.
Com os resultados, a participação das compras financiadas no mercado de veículos leves recuou de 58% em 2015 para 53% em 2016. As vendas à vista também cederam, mas em ritmo mais suave, uma vez que os consumidores de maior renda, que não necessitam tanto de um financiamento para adquirir um veículo, foram menos afetados pela crise econômica.
Executivos que representam as fabricantes de veículos e as concessionárias têm dito que os financiamentos para a compra de carros estão em queda, porque os bancos estão mais rigorosos em conceder crédito aos consumidores, devido à percepção de que, com a recessão econômica e o aumento do desemprego, cresce o risco de os tomadores de empréstimo ficarem sem pagar as parcelas.
Na avaliação da Cetip, que compila os dados das instituições financeiras para fazer o levantamento, os brasileiros também estão menos dispostos a pedir um financiamento. "Com o desemprego mais alto, menos renda disponível e a população endividada, o apetite ao crédito ficou mais baixo no ano passado", afirmou o gerente de Relações Institucionais e Inteligência de Mercado na Cetip, Marcus Lavorato.
Incluindo na conta de financiamentos os veículos pesados (caminhões e ônibus) e as motos, todos zero quilômetro, a queda foi semelhante em 2016, de 25,6%. No total, foram 1,74 milhão de unidades. Entre os usados, o recuo é menor, de apenas 2%, para 2,91 milhões de unidades.
O Banco Central (BC), que calcula o volume de recursos direcionados pelas instituições financeiras para financiamentos de veículos, ainda não divulgou o resultado consolidado do ano passado, mas, no acumulado de janeiro a novembro, as concessões para pessoa física recuaram 10,9% em comparação com igual período de 2015.
 

Fiat Chrysler também é acusada de fraudar emissão de poluentes nos Estados Unidos

A Fiat Chrysler foi acusada, nesta quinta-feira, pelas autoridades dos EUA de ter manipulado motores de 104 mil veículos movidos a diesel para minimizar o nível real de emissão de poluentes, usando uma estratégia similar à da Volkswagen.
O grupo ítalo-americano teria instalado em seus modelos Jeep Grand Cherokee e picapes Dodge Ram 1500, fabricados entre 2014 e 2016, softwares para falsificar os resultados do teste antipoluição para passá-las como "mais verde", disse a EPA (Agência de Proteção do Ambiente) dos EUA.
"O fato de esconder um programa que afeta as emissões do motor constitui uma grave violação da lei e pode resultar em poluição do ar que respiramos", disse Cynthia Giles, uma das funcionárias da EPA, em um comunicado.
Segundo a agência, os veículos envolvidos têm impulsionado quantidade de óxido de nitrogênio, um gás atribuído a vários problemas respiratórios. A Fiat Chrysler imediatamente rejeitou as acusações em uma declaração, na qual negou ter instalado em seus veículos "programas manipuladores". A Volkswagen assumiu culpa por três crimes e pagará
US$ 4,3 bilhões em indenizações para encerrar uma investigação do Departamento da Justiça dos Estados Unidos sobre o escândalo relacionado às emissões de poluentes por seus veículos diesel, em que a montadora alemã de automóveis está envolvida há 15 meses.
O acordo anunciado nesta quarta-feira surge mais de uma década depois que a Volkswagen decidiu criar um software especial para derrotar os testes de emissões de poluentes requeridos pela EPA dos Estados Unidos, em lugar de sacrificar potência em um novo motor diesel.
"Por anos, a Volkswagen fez publicidade de seus veículos definindo-os como 'o diesel limpo'. Nossa investigação revelou que eles são exatamente o contrário disso", disse Loretta Lynch, secretária da Justiça dos Estados Unidos.
A Volkswagen admitiu que mais de 11 milhões de veículos em todo o mundo haviam sido equipados com o "dispositivo manipulador", que reduzia as emissões de óxido de nitrogênio de seus motores durante testes de laboratório. Quando as autoridades regulatórias começaram a suspeitar dos resultados, os executivos da empresa passaram a mentir e destruíram documentos.