Um levantamento do Procon de Porto Alegre apontou que os itens da lista de material escolar dos estudantes para o próximo período letivo podem apresentar uma grande diferença de preço, dependendo de onde são comprados. A pesquisa - que comparou preço de 39 itens escolares comuns de quinze estabelecimentos em diferentes regiões da Capital - aponta que produtos como dicionários, apontadores e canetas hidrocor apresentam diferenças de mais de 1500% entre o maior e o menor valor.
"Isso se deve muito em razão da marca e da especificidade do produto, mas que pode significar, na soma da lista, uma grande diferença no valor final da compra", ressalta o diretor-executivo do Procon Porto Alegre, Cauê Vieira.
Com relação aos preços praticados no ano passado, a variação média de preços encontrados pela fiscalização oscilou pouco acima da inflação, com alguns itens apresentando aumento superior a 190%, como no caso do caderno de 96 folhas. Já outros itens apresentaram redução de preço próxima a 70%, como, por exemplo, a tinta têmpera de 15 ml.
Vieira destaca que a escola não pode determinar a marca específica de produtos e o consumidor não é obrigado a comprar todos os itens da lista. “Os pais não precisam comprar tudo de uma vez, podem adquirir as mercadorias aos poucos, de acordo com a necessidade, pois, por exemplo, 500 folhas de papel ofício não serão utilizadas em um único mês”, ressalta.
O Procon Porto Alegre alerta ainda para detalhes importantes: antes da compra, os pais devem fazer o levantamento dos itens que sobraram do ano letivo anterior para que possam reaproveitá-los. Além disso, como não existe um controle de preços do material escolar, devem ser feitas pesquisas sobre valores. As compras coletivas entre os pais também ajudam na economia.
Acesse o levantamento completo.