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Consumo

- Publicada em 10 de Janeiro de 2017 às 19:03

Novembro foi o melhor para varejo desde 2007

Tradicional promoção do final de ano puxou o desempenho do setor

Tradicional promoção do final de ano puxou o desempenho do setor


PEDRO BRAGA/JC
A alta de 2% no volume vendido pelo varejo em novembro ante outubro foi o desempenho mais positivo desde julho de 2013, quando as vendas aumentaram 2,9%, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta de 2% no volume vendido pelo varejo em novembro ante outubro foi o desempenho mais positivo desde julho de 2013, quando as vendas aumentaram 2,9%, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Comércio, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Quando considerados apenas os meses de novembro, o varejo teve o melhor desempenho desde o ano de 2007, quando o volume vendido cresceu 2,3%. O resultado quase compensa a queda de 2,3% acumulada entre os meses de julho e outubro, ressaltou o IBGE. Na passagem de outubro para novembro, cinco das oito atividades que compõem o varejo tiveram avanço nas vendas, segundo o IBGE. O principal destaque foi a alta de 0,9% em hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo.
Conforme o IBGE, os desempenhos destes segmentos em novembro indicam antecipações de compras para o Natal, movimento que se acentua a cada ano.
As atividades que mais influenciaram o avanço no varejo em novembro foram impulsionadas pela Black Friday, como supermercados, eletrodomésticos, lojas de departamento, e equipamentos para informática e comunicação. A coordenadora da pesquisa explica que mesmo os supermercados não necessariamente venderam apenas alimentos, mas também equipamentos eletrônicos.
"O supermercado também tem outras gamas de produtos, mais variadas, que envolvem eletrônicos e eletrodomésticos, que são bastante demandados nessa Black Friday", lembrou a pesquisadora do IBGE, Isabella Nunes.
Apesar da melhora em novembro, as vendas no varejo ainda estão 11,8% abaixo do patamar mais alto, registrado em novembro de 2014. Já no varejo ampliado, que inclui os segmentos de veículos e material de construção, o volume vendido está 22,1% abaixo do patamar mais elevado, alcançado em agosto de 2012. "O varejo não se recupera em relação ao ano anterior em nenhuma atividade", ressaltou Isabella.
Outras contribuições relevantes para o avanço de 2% no varejo no mês foram dos outros artigos de uso pessoal e doméstico (alta de 7,2% em novembro ante outubro), móveis e eletrodomésticos (2,1%) e o setor de equipamentos de escritório, informática e comunicação (4,3%). Houve alta também em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,6%).
Na direção oposta, houve perdas em tecidos, vestuário e calçados (-1,5%), livros, jornais, revistas e papelaria (-0,4%) e combustíveis e lubrificantes (-0,4%).
Considerando o varejo ampliado, que inclui as atividades de veículos e material de construção, a alta de 0,6% nas vendas em novembro teve influência do setor de material de construção, que cresceu 7,2%. Já o segmento de veículos, motos e partes e peças recuou 0,3%.
 

Inadimplência do consumidor tem leve recuo em dezembro

O número de consumidores inadimplentes caiu 0,41% em dezembro na comparação com novembro, informaram ontem o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Contudo, em relação a dezembro de 2015 o indicador continuou avançando 1,44%, mas, segundo o SPC e a CNDL, é a menor variação para um ano desde o início da série histórica.
Desta maneira, o País atingiu 58,3 milhões de pessoas inadimplentes em dezembro de 2016, ou 39% da população adulta brasileira, após 700 mil pessoas terem ingressado na lista durante o ano. Em 2015, o aumento de consumidores inadimplentes foi de 2,5 milhões.
"A explicação para a desaceleração do crescimento da inadimplência desde o primeiro trimestre do ano reside no fato de que o próprio cenário de recessão da economia, que reduziu a capacidade de pagamento das famílias, também restringiu a tomada de crédito por parte dos consumidores", afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro. "Isso quer dizer que o consumidor encontra mais dificuldade para se endividar e, sem se endividar, não pode ficar inadimplente", explica.
Na divisão regional, o Sudeste concentra o maior número absoluto de CPFs inadimplentes: 24,23 milhões (37,3% da população adulta da região). O Nordeste aparece em segundo lugar no ranking de devedores, com 15,74 milhões de pessoas (39,7% da população adulta). Em seguida, vem o Sul (7,96 milhões ou 35,8% dos adultos), o Norte (5,34 milhões ou 46% da população adulta residente) e o Centro-Oeste (4,99 milhões de inadimplentes, o que representa 43,8% da sua população).
Já a faixa etária com maior incidência de inadimplência é de 30 a 39 anos. Em dezembro, quase metade da população nesta faixa etária (49,38%) tinha o nome inscrito em uma lista de devedores, somando 16,81 milhões de pessoas. O SPC e a CNDL ainda ressaltam o percentual significativo entre 25 e 29 anos (46,65%), assim como na faixa etária entre 40 e 49 anos (46,24%). O volume de dívidas em nome de pessoas físicas recuou 2,24% na comparação anual entre dezembro de 2016 e o mesmo mês de 2015. O setor de comunicação, que engloba atrasos em contas de telefonia, internet e TV por assinatura, foi o que mostrou a maior queda de dívidas em dezembro, com declínio de 17,77% no confronto interanual. Já o setor que apresentou a maior alta foi o de água e luz, cujo crescimento foi de 13,62%.
Já em termos de participação, os bancos concentram a maior parte das dívidas existentes no País: 48,26%. Em seguida, aparece o Comércio (20,04%), o setor de Comunicação (13,07%) e o de Água e Luz, que concentra 8,55% do total de pendências.

Juros do cheque especial e do empréstimo ficam estáveis no mês

Pesquisa do Procon-SP mostra que os bancos mantiveram as taxas de juros do cheque especial e do empréstimo pessoal no começo deste ano. Os dados foram colhidos no dia 4 de janeiro e comparados com o levantamento feito em 2 de dezembro.
A taxa média para o empréstimo pessoal nos bancos pesquisados ficou em 6,51% ao mês, a mesma do mês anterior. A maior taxa praticada foi pelo Santander, de 8,49% ao mês, e a menor pela Caixa Econômica Federal, de 5,7% ao mês.
A taxa média para o cheque especial foi 13,6% a.m., o mesmo percentual registrado no começo de dezembro. A maior taxa foi encontrada no Santander, de 15,49% ao mês, e a menor, no Safra, 12,6% ao mês.
O levantamento levou em conta as instituições financeiras Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica Federal, Itaú, Safra e Santander.
A orientação do Procon é que, mesmo com as taxas de juros estabilizadas, os consumidores planejem o orçamento com critério, priorize o pagamento de dívidas e recorra ao crédito somente em casos de real necessidade.