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Economia

- Publicada em 09 de Janeiro de 2017 às 22:03

Sindicato contesta possibilidade de Rumo ALL fechar porto seco

Lauri Kotz está mobilizado para tentar impedir o desmonte do espaço

Lauri Kotz está mobilizado para tentar impedir o desmonte do espaço


SDAERGS/DIVULGAÇÃO/JC
Thiago Copetti
O fim do porto seco ferroviário de Uruguaiana e Santana do Livramento, previsto para 31 de janeiro, conforme anunciado pela Rumo ALL, poderá deixar o sistema local de transporte por trem em um limbo. Apesar de a empresa ter informado a União, por meio da Superintendência Regional da Receita Federal, que está abrindo mão da permissão para administrar o local, a União não tem, ainda, nenhuma posição oficial sobre o assunto.
O fim do porto seco ferroviário de Uruguaiana e Santana do Livramento, previsto para 31 de janeiro, conforme anunciado pela Rumo ALL, poderá deixar o sistema local de transporte por trem em um limbo. Apesar de a empresa ter informado a União, por meio da Superintendência Regional da Receita Federal, que está abrindo mão da permissão para administrar o local, a União não tem, ainda, nenhuma posição oficial sobre o assunto.
Procurados para falar sobre o tema, o Ministério dos Transportes não se posicionou sobre o assunto a afirma que o caso deve ser analisado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A agência, porém, afirma que ainda precisa de mais informações sobre a questão. Se nada for feito, em poucos dias, o Estado deixará de contar com estadia, pesagem de veículos, unidades de carga, movimentação e armazenagem de mercadorias que entram e saem do Brasil pelo modal ferroviário. Procurada, a Secretaria Estadual dos Transportes também não se pronunciou, ontem, sobre o assunto. A Receita Federal informa que o caso ainda está sendo estudado.
Lauri Kotz, presidente do Sindicato dos Despachantes e Aduaneiros do Estado, é uma das lideranças mais mobilizadas para tentar impedir o desmonte do espaço. Kotz entende que a empresa não pode seguir com a concessão da Malha Sul até 2027, como consta em contrato e, no meio do caminho, abandonar os portos secos do modal ferroviário.
"Isso não existe. Não são coisas distintas. A concessão da malha inclui esse ponto final, alfandegário. Estou buscando marcar uma reunião com a Superintendência da Receita Federal no Rio Grande do Sul para impedir isso. E ficamos sabendo do problema apenas em dezembro, pela parceira que administra a alfândega do lado argentino. Não se pode simplesmente em um, dois meses parar com tudo. No mínimo, a empresa deve esperar que se consiga outro administrador", diz Kotz
O presidente do sindicato estima que, em dezembro, foram demitidos mais de duas centenas de trabalhadores pela Rumo ALL em Uruguaiana. No último mês do ano, apenas cerca de 500 contêineres teriam sido movimentados em Uruguaiana.
A Rumo ALL afirma que decidiu abandonar a gestão da região aduaneira - e apenas do local, não da malha ferroviária - devido a inviabilidade econômico-financeira da operação. A companhia diz ainda que se dedicará apenas ao foco principal da companhia, o transporte ferroviário. A gestão dos dois portos secos ferroviários na Fronteiras-Oeste foi adquirida junto com a compra da ALL, em 2015. A ALL era administrado dos dois espaços desde 2006.
A Rumo ALL diz ter ainda 18 funcionários, que também devem ser desligados com o final da operação, e que ofereceu um pacote de benefícios com cursos de capacitação e consultoria para recolocação profissional. A companhia, porém, diz que o pedido ainda está sob análise e que não recebeu, até o momento, nenhuma decisão definitiva da Receita Federal.
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