Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte queda na sessão desta segunda-feira (9), refletindo as crescentes dúvidas dos investidores sobre a aderência a um corte na produção da commodity por parte de membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e de países fora do cartel que concordaram em reduzir a oferta no ano passado.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato do WTI para fevereiro fechou em queda de 3,76%, a US$ 51,96 o barril. Na Intercontinental Exchange (ICE), o Brent para março recuou 3,78%, a US$ 54,94 por barril.
O petróleo recuou e chegou ao nível mais baixo desde meados de dezembro após o décimo aumento semanal consecutivo do número de poços e plataformas em atividade nos Estados Unidos, divulgado na sexta-feira pela Baker Hughes, sugerindo maiores ganhos na produção de petróleo bruto em território americano.
"As preocupações com a recuperação da produção de petróleo nos EUA provavelmente irão limitar a capacidade da commodity de subir rápido demais, mesmo que o equilíbrio entre a demanda global e a oferta estejam próximos", disse Robbie Fraser, analista de commodities da Schneider Electric. "Como tal, os EUA, juntamente com os membros isentos da Opep (Líbia e Nigéria), serão os países mais importantes a serem observados nos próximos seis meses em termos de potencialidade de produção", afirmou.
Hoje, os preços do petróleo aprofundaram as perdas após relatos de que a produção de petróleo na Nigéria aumentou 1,9 milhão de barris em dezembro - o que gerou temores com o excesso da oferta e minou a confiança dos investidores em relação ao acordo da Opep, assinado em 30 de novembro.
Apesar disso, outros países informaram que pretendem manter o compromisso de reduzir a oferta da commodity. A Rússia teria cortado sua produção no início de janeiro em cerca de 100 mil barris por dia em relação ao mês anterior, segundo relatos do mercado.