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Mobilidade

- Publicada em 26 de Janeiro de 2017 às 21:51

Ônibus superlotado é maior queixa dos internautas sobre transportes

Avaliação negativa do sistema entre usuários das redes sociais é de 72%

Avaliação negativa do sistema entre usuários das redes sociais é de 72%


Fernando Frazão/ABR/JC
Ônibus superlotados representam a principal queixa de quase 60% dos internautas brasileiros. Do total de mensagens sobre ônibus nas redes sociais, 72% faziam uma avaliação negativa desse meio de transporte coletivo, de acordo com um estudo feito no fim de 2016, pelo projeto Comunica que Muda, iniciativa da agência de propaganda Nova/SB.
Ônibus superlotados representam a principal queixa de quase 60% dos internautas brasileiros. Do total de mensagens sobre ônibus nas redes sociais, 72% faziam uma avaliação negativa desse meio de transporte coletivo, de acordo com um estudo feito no fim de 2016, pelo projeto Comunica que Muda, iniciativa da agência de propaganda Nova/SB.
A pesquisa analisou por dois meses o tema mobilidade urbana na internet para entender como as pessoas noticiam e opinam sobre esse assunto. Mais de 40% dos internautas demonstraram desejo de comprar um carro ou moto para fugir do transporte coletivo. A cada quatro comentários que citavam moto/carro, um deles era alguém mencionando a intenção de comprar um veículo. De acordo com a coordenadora do estudo, Stephanie Jorge, os comentários refletem a forte cultura na sociedade do uso do transporte individual.
"As palavras que mais apareciam nos comentários sobre o tema foram carro e quero. Existe a precariedade dos serviços, mas o problema não é uma questão individual. Você pode cobrar das autoridades para melhorar o transporte público, buscar alternativas, pois o uso do carro leva a congestionamentos, poluição, acidentes", disse. "Sair do pensamento individual para o coletivo é uma barreira cultural que temos que ultrapassar", acrescentou.
Elogios à prestação do transporte coletivo e outras alternativas corresponderam a apenas 29,5% dos comentários e as menções sem opinião sobre o assunto, 26,8%. Onde mais se falou sobre transporte individual foi no Rio de Janeiro, com 32,4% das menções. São Paulo ficou em segundo, com 16,8%. Na terceira posição, aparece Minas Gerais, com 7,6%. A equipe colheu e analisou palavras ou expressões referentes ao tema em posts do Facebook, do Twitter, do Instagram, de algum blog ou um comentário em sites da internet, com ajuda de um software de monitoramento digital. Foram quase 400 mil menções nas principais redes sociais do País.
Entre os temas mais falados sobre a cultura do transporte individual estão acidentes (60%), congestionamentos (14%) e indústria da multa (9%). Cerca de 60% das pessoas consideram a multa como algo positivo e 21%, negativo. Nas menções sobre os acidentes, 72,7% citaram carros e 27,3%, motos. As vias urbanas foram os locais de acidentes mais citados (61,2%), seguidas das rodovias (38,8%).
A bicicleta é a queridinha das redes com 83% de comentários positivos, mas poucos a veem como meio de transporte. Somente 16,7% dos comentários falavam do veículo como alternativa de mobilidade urbana. Lazer e saúde estão no topo das menções (58,8%). Um dos motivos para esse visão sobre a bicicleta, apontou Stephanie, pode ser o fato de o Brasil ter menos de 2 mil quilômetros de ciclovia.
"Esse número representa 1% de toda a malha viária de nossas capitais, o que prejudica o uso da bicicleta como meio de transporte. Em Amsterdã, na Holanda, 30% da forma de locomoção é feita por bicicleta. Mas lá são 500 quilômetros de ciclovia", afirmou . Em toda a Holanda, são cerca de 32 mil quilômetros de ciclovias .
O tema ciclovia aparece em 12,7% das menções. As ciclovias tiveram 46,3% de menções positivas, contra 40,3% de negativas e 13,4% de neutras. Cerca de 56% dos usuários elogiaram o uso da carona, contra 3,4% que mencionaram o tema de forma negativa. Cerca de 41% falaram de carona de forma neutra, sem exaltar nem criticar.

PDV da Volkswagen de Taubaté encerra com a demissão de 615 trabalhadores

Um acordo feito entre a Volkswagen e seus trabalhadores resultou na demissão voluntária de 615 deles na fábrica de Taubaté, no interior de São Paulo, conforme informou na semana passada, o sindicato dos metalúrgicos da cidade. Como incentivo para deixar a empresa, os funcionários receberam entre 25 e 35 salários, dependendo do tempo de casa.
O programa de demissão voluntária, (PDV) que começou no fim de dezembro e terminou em janeiro, foi uma das condições impostas pelo sindicato, no início de dezembro, para que os trabalhadores aceitassem ficar sem reajuste salarial em 2016 e sem aumentos acima da inflação entre 2017 e 2022. Em contrapartida, a montadora se comprometeu a não demitir ninguém nesse período.
Na época, o sindicato considerou o acordo positivo, "já que o País passa por uma turbulência econômica e política". A 615 demissões voluntárias anunciadas na semana passada representam uma diminuição de 15% na força de trabalho da fábrica de Taubaté, que contava, até então, com cerca de 4 mil funcionários.
A Volkswagen, que tem quatro fábricas espalhadas pelo Brasil e cerca de 18 mil trabalhadores no total, havia informado em novembro que pretendia demitir mais 3 mil funcionários em suas operações no País ao longo de um período de cinco anos, começando em 2016. Mas os desligamentos, ressaltou a empresa à época, já estão previstos nas negociações de acordos coletivos com os sindicatos de cada região.
No Brasil, onde a venda de veículos enfrenta uma queda acumulada de quase 50% desde 2013, a Volkswagen foi a que mais perdeu participação de mercado nos segmentos de automóveis e comerciais leves. No fim de 2012, a marca ocupava a segunda posição na preferência dos brasileiros, com 21,1% de participação. Em 2016, a fatia da montadora caiu para 11,5%, ficando na terceira colocação.
O setor automobilístico como um todo terminou o ano passado com queda de 20,2% nas vendas, para 2,05 milhões de unidades, entre automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Para este ano, a expectativa é de crescimento de 4%, para 2,13 milhões de unidades.

Depois de três anos, Estado volta a registrar queda no roubo de veículos

Em 29 ações da Operação Desmanche, 46 ferros velhos foram fechados

Em 29 ações da Operação Desmanche, 46 ferros velhos foram fechados


RODRIGO ZIEBELL/SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA RS/DIVULGAÇÃO/JC
Os esforços para combater o roubo e o furto de veículos no Rio Grande do Sul começam a apresentar resultados. Os dados estatísticos da criminalidade de 2016, publicados no site da Secretaria da Segurança Pública na semana passada, registram queda nos dois indicadores. Este fato não ocorria de desde 2013 no crime de roubo de veículos e desde 2011 no crime de furto de veículos.
No Estado, segundo o balanço, o furto de veículos apresentou redução de 3,5%, enquanto o roubo de veículos registrou queda de 2,9%. Isso representa 1.434 veículos a menos tirados de circulação pela ação de criminosos, em comparação com 2015. Em Porto Alegre, os resultados são ainda mais expressivos: houve redução de 13,3% no furto e de 14,3% no roubo.
Para o secretário de Segurança Pública Cezar Schirmer, o atual cenário reflete a efetividade do trabalho das polícias e da força-tarefa da Operação Desmanche, coordenada pela secretaria e composta por Brigada Militar, Polícia Civil, Instituto-Geral de Perícias e Detran/RS. "Conseguimos dar início a um processo de desarticulação desta cadeia comercial ilegal, atingindo em cheio a receptação. Estancando a demanda por peças será possível reduzir drasticamente o roubo e o furto de veículos", afirma.
Em 29 edições da Operação Desmanche, foram apreendidas mais de 2,1 mil toneladas de sucata automotiva. Ao todo, 46 estabelecimentos foram fechados e 37 pessoas presas, em 15 municípios. A expectativa da secretaria é expandir ainda mais o raio de ação durante este ano. "Já temos um bom número de municípios prospectados. Esperamos, ainda no primeiro semestre, dar início a operações nestas localidades", assegura o tenente coronel Cesar Augusto da Silva, coordenador da força-tarefa.