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Congresso Nacional

- Publicada em 26 de Dezembro de 2016 às 18:12

Batalha pela sucessão no Senado foi deflagrada

Eunício Oliveira quer consolidar sua candidatura à presidência

Eunício Oliveira quer consolidar sua candidatura à presidência


AGÊNCIA SENADO/JC
Com a proximidade do fim da "era Renan Calheiros" no comando do Senado, a cúpula do PMDB deflagrou uma batalha interna pela reacomodação de espaços na bancada e no próprio Senado. As articulações têm envolvido o próprio presidente Michel Temer (PMDB). O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), reforçou a movimentação na bancada do partido para consolidar sua candidatura à sucessão de Renan e já negocia postos na Mesa do Senado com outros partidos, como o PT e o PSDB.
Com a proximidade do fim da "era Renan Calheiros" no comando do Senado, a cúpula do PMDB deflagrou uma batalha interna pela reacomodação de espaços na bancada e no próprio Senado. As articulações têm envolvido o próprio presidente Michel Temer (PMDB). O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), reforçou a movimentação na bancada do partido para consolidar sua candidatura à sucessão de Renan e já negocia postos na Mesa do Senado com outros partidos, como o PT e o PSDB.
Nos bastidores, Eunício e Renan têm divergido sobre a nova configuração da Casa: sem o poder de antes, Renan quer ser o novo líder ou presidente da Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), enquanto Eunício prefere fazer Raimundo Lira (PMDB-PB) o novo líder da bancada.
Eunício conseguiu fazer uma dobradinha com Lira e disse a aliados que seu nome é "consenso na bancada". A irritação de Eunício, segundo aliados, é que Renan ainda trabalha por uma candidatura de Romero Jucá (PMDB-RR) ao comando do Senado, num acordo que envolveria a próxima presidência da Casa, em 2018. O acerto seria para daqui a dois anos, mas Eunício nem com isso quer se comprometer.
O temor de aliados de Eunício é que Renan queira manter o controle do poder no Senado, através da liderança da bancada e com Jucá na presidência. Eunício, segundo aliados, não quer ser refém da pauta de Renan, que trava uma queda de braço com o Ministério Público e o Judiciário.
Neste ponto, Eunício e Jucá concordaram nas semanas finais de votação, sendo contrários às tentativas de Renan de votar os projetos de 10 medidas de combate à corrupção, com o texto desfigurado que veio da Câmara, e o que trata da lei que pune o abuso de autoridade.
Peemedebistas como Jucá, líder da bancada, avaliaram que Renan estava agindo por "vingança e com o fígado". Eunício disse a Temer que, se Renan tentar implementar essa agenda, haverá "problema". Na disputa de poder, Renan poderia até ficar com a CCJ, mas foi avisado que a pauta contra o Ministério Público e o Judiciário não teria o apoio de Eunício, caso este seja o novo presidente do Senado.
Eunício esteve com Temer na última semana, avaliando o quadro no Senado. Ele teve que desmentir informações de que estaria desistindo de disputar. Raimundo Lira quer ser o líder do PMDB, cargo também cobiçado pelo senador Eduardo Braga (PMDB-AM). "Do PT pode ser o cargo de primeiro-secretário. É bom lembrar que há gente na bancada que defende uma candidatura alternativa. E, com isso, pode mudar tudo", disse Humberto Costa (PT-PE), informando que o candidato, nesse caso, seria Requião. Com Renan no foco da Lava Jato, Eunício tem afirmado que não é de conflito e que terá uma postura diferente no comando do Senado.

Eleição para Câmara dos Deputados será em 2 de fevereiro

A eleição para o cargo de presidente da Câmara e dos demais integrantes da Mesa Diretora foi marcada para o dia 2 de fevereiro. O presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), informou o cronograma em ofício encaminhado aos líderes dos partidos. O mandato dos eleitos será de dois anos.
Além da presidência da casa, mais 10 cargos estarão em disputa: duas vice-presidências, quatro secretarias e quatro suplências de secretaria. A Mesa Diretora tem a atribuição de dirigir os trabalhos legislativos e os serviços administrativos da Câmara.
O prazo para o registro das candidaturas termina às 23h do dia 1 de fevereiro. Os partidos terão até as 12h desse mesmo dia para formar blocos parlamentares para concorrer à eleição. Às 15h, será realizada a reunião de líderes para definir a divisão dos cargos da Mesa Diretora. Qualquer deputado pode ser candidato à presidência da Casa. Os demais cargos da Mesa são distribuídos de acordo com a proporcionalidade partidária. Assim, os partidos ou blocos escolhem os cargos que pretendem ocupar. Podem disputar o voto apenas parlamentares do partido ou bloco a que cabe a vaga.
Na eleição da Câmara, a votação ocorre em urnas eletrônicas usadas nos pleitos nacionais. No início da sessão para a eleição da Mesa, é uma tradição que cada candidato à presidência da Casa discurse.
Para ser eleito em primeiro turno para a presidência, o candidato terá de obter metade mais um do total de votos - maioria absoluta, observado o quórum mínimo de 257 votantes.
Se isso não ocorrer, os dois mais votados concorrem em segundo turno e será eleito aquele que obtiver maioria simples. Em ambos os casos, os votos em branco serão contados para efeito de quórum. No caso de empate, prevalecerá o candidato com maior número de legislaturas.