Servidores farão paralisação em dias de votação

Em assembleias realizadas durante nesta semana, diferentes categorias do funcionalismo público estadual decidiram paralisar suas atividades nos dias da votação do pacote de austeridade do governo de José Ivo Sartori (PMDB).

Uma delas é a Fundação Piratini. Jornalistas, radialistas e técnicos das emissoras TVE e FM Cultura pretendem estar presentes nas galerias do plenário e em frente ao Parlamento durante toda a semana.

A produtora executiva e delegada sindical dos radialistas, Gabriela Barenho, explica que os funcionários não apresentarão os telejornais e pretendem realizar "entradas ao vivo da Assembleia Legislativa, ao longo da programação, para garantir que a população tenha acesso a informações da votação por meio da emissora pública".

O restante da programação seria feito com reprises ou em rede com as emissoras parceiras (TV Brasil e TV Cultura). "A intenção não é derrubar o sinal", completa. O grupo tentará se reunir com a presidência da Fundação Piratini nesta sexta-feira para debater a proposta.

Além deles, os servidores representados pelo Sindicato dos Técnicos-Científicos do Rio Grande do Sul (Sintergs) decidiram por paralisar parcialmente as atividades a partir desta sexta-feira, "para que o governo possa nos ouvir e perceber nossa importância", explica o presidente do Sintergs, Nelcir André Varnier.

A categoria é contrária a propostas como o parcelamento do 13º salário e critica o parcelamento dos salários e a dificuldade em negociar reajuste salarial com o governo. Eles também representam os servidores da Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (Fepps), ameaçada de extinção.

O Semapi-Sindicato, que compreende a maior parte das 11 fundações que figuram na lista de extinção, informa que os servidores decidiram por paralisar as atividades nos dias de votação.