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Política

- Publicada em 12 de Dezembro de 2016 às 20:50

Janot denuncia Renan Calheiros por corrupção

Renan já responde a outros 10 inquéritos no Supremo Tribunal Federal

Renan já responde a outros 10 inquéritos no Supremo Tribunal Federal


EVARISTO SA/AFP/JC
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ontem o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por corrupção e lavagem de dinheiro. O senador é acusado de usar intermediários para pedir e receber dinheiro da empreiteira Serveng, que tem contratos com a Petrobras.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, denunciou ontem o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), por corrupção e lavagem de dinheiro. O senador é acusado de usar intermediários para pedir e receber dinheiro da empreiteira Serveng, que tem contratos com a Petrobras.
Essa é a primeira denúncia de Renan na Operação Lava-Jato. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que Calheiros e o deputado Aníbal Gomes (PMDB-CE), também denunciado no mesmo caso, sejam afastados de seus cargos.
A denúncia deve aumentar a pressão sobre o presidente do Senado. Há duas semanas, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu abrir processo no qual ele é acusado de usar dinheiro de uma empreiteira para pagar pensão alimentícia a um filho em relação extraconjugal. Na semana passada, o ministro Marco Aurélio Mello chegou a determinar o afastamento de Renan da presidência da Casa, no entanto, a decisão foi rejeitada pela corte.
O procurador também denunciou o deputado Anibal Gomes (PMDB-CE). Renan e o deputado teriam recebido propina no valor de R$ 800 mil mediante doações oficiais da empreiteira Serveng. Segundo o MP, investigadores encontraram dois depósitos de Paulo Twiaschor, diretor comercial da empreiteira, ao diretório nacional do PMDB; de R$ 500 mil em agosto de 2010 e de R$ 300 mil no mês seguinte. Em troca, os parlamentares ofereceram apoio político para manutenção de Paulo Roberto Costa no cargo de diretor de abastecimento da Petrobras.
Janot pede a condenação de Renan Calheiros e Aníbal Gomes pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, além da perda das funções públicas. Paulo Twiaschor é acusado de corrupção ativa e lavagem de dinheiro.
Em nota, o presidente do Senado disse que "jamais autorizou qualquer pessoa a falar em seu nome" e garantiu estar "tranquilo". A nota, assinada pela assessoria da Presidência do Senado, reitera que as contas eleitorais de Renan foram aprovadas. Renan estava em Maceió, mas voltou a Brasília ainda ontem, segundo assessores.
Renan responde a outros 10 inquéritos no STF, sendo sete da Lava-Jato. O senador já é réu no Supremo no processo que apura se a empreiteira Mendes Junior pagou pensão alimentícia à jornalista Mônica Veloso, com quem Renan tem uma filha. O caso eclodiu em 2007 e, na época, fez Renan renunciar à presidência do Senado.
Na denúncia de ontem, Janot também assinalou que o presidente Michel Temer (PMDB) e o senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) "são notórios aliados" de Renan. Ao afirmar que Renan pegou propina de R$ 800 mil em 2010 da empresa Serveng para intermediar contrato da empresa com a Petrobras, Janot observa que, na época, o presidente do diretório nacional do PMDB era Michel Temer, ao passo que o tesoureiro era Eunício Oliveira, "ambos notórios aliados de Renan Calheiros". Segundo Janot, do diretório nacional do partido "o dinheiro saiu".
 
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