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Política

- Publicada em 12 de Dezembro de 2016 às 19:28

Michel Temer quer pressa na delação da Odebrecht e diz que vazamento atrapalha

Em meio a informações sobre delações de executivos da Odebrecht que envolvem nomes de diversos políticos, o presidente Michel Temer (PMDB) pediu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para acelerar os depoimentos de investigados ao Ministério Público Federal e finalizar "o quanto antes" os processos de eventuais homologações das colaborações premiadas.
Em meio a informações sobre delações de executivos da Odebrecht que envolvem nomes de diversos políticos, o presidente Michel Temer (PMDB) pediu ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para acelerar os depoimentos de investigados ao Ministério Público Federal e finalizar "o quanto antes" os processos de eventuais homologações das colaborações premiadas.
Argumentando que o País passa por "séries crises econômica e política", o presidente criticou o vazamento de delações e disse que as medidas de ajuste fiscal conduzidas pelo governo vêm "sofrendo interferência pela ilegítima divulgação" de depoimentos de delatores. Segundo ele, enquanto as delações não forem completadas e homologadas, o País vai continuar num "clima de desconfiança geradora de incerteza".
Na sexta-feira passada, veio à tona uma série de informações sobre o depoimento prestado pelo ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio Melo Filho à força-tarefa da Operação Lava Jato. De acordo com reportagens divulgadas nos últimos dias, o executivo da maior construtora do Brasil disse que entregou dinheiro vivo em 2014 ao advogado José Yunes, amigo e um dos mais próximos conselheiros de Temer.
As acusações também envolvem outros nomes importantes do governo, como o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), o ex-ministro do Planejamento e senador Romero Jucá (PMDB-RR), e o ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB). Todos negam irregularidades.
O requerimento, assinado pelo próprio Temer, foi enviado ontem a Janot e encaminhado por meio da advogada-geral da União, Grace Mendonça. Após citar iniciativas do governo para a retomada do crescimento econômico como a proposta que limita os gastos públicos e a reforma da Previdência, Temer escreve que elas são "indispensáveis" para resolver a "situação fática" pela qual passa o País, que tem trazido "prejuízos à União".
"O fracionado ou porventura lento desenrolar de referidos procedimentos pré-processuais, a supostamente envolver múltiplos agentes políticos, funciona como elemento perturbador de uma série de áreas de interesse da União (...). Ante o exposto, a União pleiteia que Vossa Excelência examine a possibilidade de imprimir celeridade na conclusão das investigações em curso. Requer também que as colaborações premiadas sejam, o quanto antes, finalizadas, remetidas ao Juízo competente para análise e eventual homologação. Com isso, a eventual responsabilidade criminal dos investigados será logo aferida", escreveu o presidente.
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