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Internacional

- Publicada em 18 de Dezembro de 2016 às 17:23

Ônibus para retirar rebeldes são atacados

Vários ônibus começaram a entrar ontem no último reduto rebelde da cidade síria de Aleppo para retomar a retirada de civis e combatentes insurgentes, interrompida na sexta-feira. "Os ônibus começaram a entrar nos bairros de Zabdiye, Salaheddin, Al Mashad e Al Ansari, ao Leste de Aleppo, sob a supervisão do Crescente Vermelho e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para retirar os terroristas que restam e suas famílias", informou a agência oficial síria Sana. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, alguns desses ônibus foram atacados e queimados.
Vários ônibus começaram a entrar ontem no último reduto rebelde da cidade síria de Aleppo para retomar a retirada de civis e combatentes insurgentes, interrompida na sexta-feira. "Os ônibus começaram a entrar nos bairros de Zabdiye, Salaheddin, Al Mashad e Al Ansari, ao Leste de Aleppo, sob a supervisão do Crescente Vermelho e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha para retirar os terroristas que restam e suas famílias", informou a agência oficial síria Sana. De acordo com o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, alguns desses ônibus foram atacados e queimados.
A mídia estatal síria afirma que "terroristas armados" atacaram cinco veículos. O regime de Bashar al-Assad utiliza a palavra "terrorista" para fazer referência aos rebeldes.
Milhares de civis com fome e em meio ao frio aguardaram durante a noite por uma saída que havia sido adiada por novas divergências entre o regime sírio e os rebeldes. No último reduto insurgente, cercado pelo Exército, a espera era insuportável para dezenas de feridos que sobreviviam em condições extremamente precárias.
Em um hospital da região, o clima era de apreensão. Os pacientes estavam encostados no chão, não havia água ou comida, e o edifício contava com um aquecimento mínimo, apesar da temperatura de seis graus abaixo de zero registrada durante a noite. O fisioterapeuta Mahmud Zaazaa disse que restavam apenas "três médicos, um farmacêutico e três enfermeiros".
O principal obstáculo para a saída dos civis de Aleppo era uma divergência sobre o número exato de pessoas que deveriam deixar Fua e Kafraya, duas localidades xiitas controladas pelo regime e cercadas pelos rebeldes na província vizinha de Idlib, no Noroeste da Síria. Segundo o acordo alcançado entre Turquia, que apoia os rebeldes, e Rússia e Irã, aliados do regime de Assad, essa retirada deveria coincidir com a de Aleppo. Mas os rebeldes aceitaram permitir a saída de 1,5 mil pessoas de Fua e Kafraya, enquanto Teerã pede a saída de 4 mil.
O Conselho de Segurança da ONU votou ontem a proposta francesa de enviar observadores à cidade síria de Aleppo para supervisionar a retirada de civis e informar sobre sua proteção. O órgão se reuniu para examinar o rascunho de resolução apresentado pela França, apesar da oposição da Rússia, aliada do governo sírio e que tem poder de veto no organismo.
O texto divulgado pela França afirma que o Conselho se declara "alarmado" pela crise humanitária nesta cidade e pelo fato de que "dezenas de milhares de habitantes sitiados em Aleppo" precisam de ajuda de emergência e ser retirados da localidade. O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) defendeu a decisão de não intervir na guerra.
"Na Síria está acontecendo uma catástrofe humana horrível. Às vezes, é oportuno um deslocamento militar, como no Afeganistão", disse Jens Stoltenberg ao jornal alemão Bild am Sonntag. "Mas às vezes os custos de uma operação militar são maiores que os benefícios. No caso da Síria, os membros da Otan chegaram à conclusão de que um deslocamento militar teria apenas agravado uma situação terrível, talvez estendendo o conflito a toda a região", completou.
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