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Internacional

- Publicada em 13 de Dezembro de 2016 às 16:39

Massacre em Aleppo deixa ao menos 82 mortos

Menino é resgatado dos escombros; 13 crianças teriam morrido

Menino é resgatado dos escombros; 13 crianças teriam morrido


AMEER ALHALBI/AFP/JC
O escritório da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos afirmou ter recebido relatos de que as forças comandadas pelo presidente da Síria, Bashar al-Assad, mataram pelo menos 82 civis nas áreas antes ocupadas por rebeldes em Aleppo. Na noite de segunda-feira, o Exército sírio, a Rússia e as milícias aliadas ao regime de Assad anunciaram ter dominado 98% do território da cidade, a segunda maior do país. Ontem, os insurgentes chegaram a um acordo com o governo para deixar a cidade.
O escritório da Organização das Nações Unidas para os Direitos Humanos afirmou ter recebido relatos de que as forças comandadas pelo presidente da Síria, Bashar al-Assad, mataram pelo menos 82 civis nas áreas antes ocupadas por rebeldes em Aleppo. Na noite de segunda-feira, o Exército sírio, a Rússia e as milícias aliadas ao regime de Assad anunciaram ter dominado 98% do território da cidade, a segunda maior do país. Ontem, os insurgentes chegaram a um acordo com o governo para deixar a cidade.
De acordo com o porta-voz do órgão, Rupert Colville, 11 mulheres e 13 crianças estariam entre os mortos, encontrados em diferentes regiões. A ONU afirmou, também, que mais de 100 menores desacompanhados estavam presos em uma construção alvejada. Controlada pelos rebeldes desde 2012, Aleppo é, desde julho, alvo de uma intensa ofensiva do regime sírio e de seus aliados.
De acordo com o Exército, foram retomados os bairros de Sheikh Saeed, na zona Sul da cidade, e Saliheen e Karam al-Daadaa, na Leste. Nas últimas 24 horas, as regiões sofreram bombardeios intensos que também atingiram civis.
O Exército sírio contou com o apoio da artilharia aérea russa e, por terra, de milícias libanesas e iraquianas financiadas pelo Irã e de refugiados palestinos. Os combatentes rebeldes ficaram restritos ao Centro da cidade, o que levou à sua rendição. Os detalhes do acordo, mediado pela Turquia e ainda não confirmado pelo Exército sírio, não ficaram claros, mas esperava-se que milhares de moradores pudessem deixar a cidade imediatamente, começando pelos feridos. Milhares de pessoas deixaram a região nos últimos dias, entre os bombardeios. O clima frio e chuvoso, porém, dificultou a fuga.
O avanço das tropas de Assad sobre Aleppo ganhou velocidade a partir do fim de novembro, quando foi iniciada uma ofensiva centralizada. Segundo o Ministério de Defesa russo, mais de 2.200 rebeldes se renderam, e 100 mil civis deixaram bastiões dos adversários do presidente em quatro semanas. Nas últimas 24 horas, Moscou afirma que houve 728 rendições e a retirada de 13 mil civis. Desde 2011, a guerra civil já deixou mais de 400 mil mortos.
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