Ulisses Miranda

Empresa de energia renovável abrirá em 2017 pensando em 2018, 2019, 2020...

O primeiro negócio começa em 2017

Ulisses Miranda

Empresa de energia renovável abrirá em 2017 pensando em 2018, 2019, 2020...

Sidinei Terebinto de Andrade, 32 anos, paranaense de Realeza, vai empreender pela primeira vez em 2017. O momento instável da economia brasileira - e mundial -, os impostos, os custos e toda a burocracia que abrir um negócio inclui não diminuíram a vontade de começar. "O sentimento paira entre alegria e apreensão, pois ter um negócio no Brasil não é fácil", relata. A GreenTech & Projects, empresa aberta por Sidinei e o sócio, Fabiano Dicheti, 28, quer disseminar projetos renováveis para residências, indústrias e comércio.
Sidinei Terebinto de Andrade, 32 anos, paranaense de Realeza, vai empreender pela primeira vez em 2017. O momento instável da economia brasileira - e mundial -, os impostos, os custos e toda a burocracia que abrir um negócio inclui não diminuíram a vontade de começar. "O sentimento paira entre alegria e apreensão, pois ter um negócio no Brasil não é fácil", relata. A GreenTech & Projects, empresa aberta por Sidinei e o sócio, Fabiano Dicheti, 28, quer disseminar projetos renováveis para residências, indústrias e comércio.
O gerente de projetos da empresa é Wagner Luiz Hartmann, 28, formado em Engenharia Mecânica pela Universidade Feevale. Introduzir uma cultura voltada à utilização da energia fotovoltaica - que é a energia elétrica produzida a partir de luz solar, podendo ser produzida mesmo em dias nublados ou chuvosos como suporte para geração convencional elétrica, é o desafio prático de Wagner. Segundo ele, a utilização brasileira de energia solar, ainda é baixa e muito voltada para o aquecimento de água. "Só que com a energia solar também gerar eletricidade, através do sistema fotovoltaico", esclarece Wagner.
Os três visam atender não apenas o mercado de energia renovável, mas uma preocupação global: a maior utilização de energias renováveis e a correta destinação para os mais variados resíduos (sólidos, líquidos e gasosos). "Se o Rio Grande do Sul inteiro tivesse uma plaquinha fotovoltaica, hoje ajudaríamos a desafogar as hidroelétricas que estão no seu máximo de produção e evitaríamos o acionamento das termoelétricas, que produzem eletricidade a um custo mais elevado. o Brasil todo não precisaria ter usinas nucleares, por exemplo, se explorado todo nosso potencial de geração eólica e solar", aponta Wagner.
Ele destaca a Alemanha como amostra da acertada inserção da cultura de utilização de energia solar em detrimento da elétrica. "Um bairro de Friburgo (cidade alemã) não tem mais custos com energia. Gera-se mais energia do que consome. Aquele gasto que seria usado para pagar energia elétrica, para uma concessionária, está sendo utilizado em outras necessidades do dia-a-dia", exalta, mencionando a introdução de placas solares nesta localidade.
Pensando sobretudo em 2017 - sem esquecer de 2018, 2019, enfim, do futuro -, a GreenTech também considera entre seus planos um projeto voltado à educação. "Nós temos um projeto que é Energias Renováveis nas Escolas", conta Sidinei. A principal questão levada aos alunos, mais especificamente os da rede pública, será: por que não se usa energia solar? A resposta, a bem da verdade, eles já sabem. "É porque não se conhece. Estamos indo nas escolas para levar informação", avalia Sidinei. "Reunimos 55 mil pessoas para uma partida de futebol, mas não conseguimos reunir 100 para resolver os problemas de uma escola", critica.
Tendo o amanhã como Norte da empresa, Sidinei também idealiza alternativas para auxiliar na diminuição do desemprego. "Se nós organizarmos esse pessoal que está desempregado, por exemplo, em cada rua, e eles fizerem uma coleta seletiva, nós montamos uma cooperativa nos bairros e, assim, estaremos ensinando esse pessoal a gerar renda daquilo que é descartável", planeja.
No próximo mês a empresa deve estar a pleno funcionamento. "Se a junta comercial não atrasar", avisa Sidinei. "Estamos fazendo o que gostamos e ainda por cima poderemos ajudar as pessoas", finaliza.
Para entender: o sistema fotovoltaico pode ser On Grid ou Off Grid.
On Grid: o sistema injeta a eletricidade na rede e você ganha créditos por isso. Essa instalação, para uma residência pequena, sai em torno de R$ 16 mil e você paga somente a taxa por mês para a concessionaria. A durabilidade do sistema é de em torno de 35 a 40 anos.
Off Grid: a energia vai direto para algum equipamento, sendo necessárias baterias - que devem ser trocadas a cada 4 anos. Para se instalar um Off Grid em uma casa se gastaria em torno de 100 mil reais, sem que se use energia externa.
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