O dia 29 de novembro de 2016 entrou, de forma negativa, para a história do futebol mundial. A queda do avião que levava a delegação da Chapecoense para sua primeira final internacional completou um mês nesta quinta-feira. Tanto o time catarinense como os sobreviventes lutam para seguir em frente, e ainda existem questões referentes ao acidente a serem respondidas.
Uma das poucas certezas que se têm a respeito da tragédia que deixou 71 mortos e apenas seis sobreviventes é o fato de que o voo tinha irregularidades e não deveria ter sido aprovado pelas autoridades de aviação bolivianas. A companhia aérea LaMia foi acusada de realizar trajetos com combustível abaixo do que a lei define.
A Colômbia, local do acidente, decidiu liderar as investigações, afirmando que a Bolívia não teria capacidade para avaliar o caso corretamente. As autoridades locais já confirmaram que o avião tinha excesso de peso e um plano de voo irregular.
Com vários membros da diretoria mortos, incluindo o presidente Sandro Pallaoro, o clube teve de se reconstruir praticamente do zero. Entre os sobreviventes, apenas o lateral Alan Ruschel terá condições de atuar em um futuro próximo. O zagueiro Neto só deverá ser liberado para atividades físicas em quatro meses. O goleiro Jackson Follmann, que teve uma perna amputada, pode se tornar atleta paralímpico.
Plinio David De Nes Filho, que fazia parte da diretoria, assumiu a presidência e trouxe alguns reforços para o elenco, como o goleiro Elias (ex-Juventude), o zagueiro Douglas Grolli (ex-Cruzeiro), o meia Dodô (ex-Atlético-MG) e o atacante Rossi (ex-Goiás). Eles disputarão a próxima edição da Libertadores - vaga a que tem direito o campeão da Copa Sul-Americana, título concedido oficialmente à equipe catarinense após a tragédia.