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Economia

- Publicada em 26 de Dezembro de 2016 às 22:16

Vendas na semana de Natal caíram 4%

Agência Estado
As previsões negativas dos varejistas de que o Natal de 2016 seria o segundo pior em mais de dez anos, só perdendo na queda para o de 2015, começam a se confirmar. Dois indicadores nacionais de volume de vendas mostram que o tombo foi bem menor.
As previsões negativas dos varejistas de que o Natal de 2016 seria o segundo pior em mais de dez anos, só perdendo na queda para o de 2015, começam a se confirmar. Dois indicadores nacionais de volume de vendas mostram que o tombo foi bem menor.
Na semana do Natal, as vendas recuaram 4% em relação a igual período de 2015, segundo a Serasa Experian, empresa especializada em informações financeiras. Em 2015, a queda havia sido de 6,4% na comparação com o ano anterior. Apesar de ser dois anos seguidos de retração, isto é, queda sobre queda, o desempenho do Natal deste ano foi o segundo pior desde que consultoria começou a monitorar as vendas em 2003.
Os dados do SPC Brasil, que acompanha as vendas a prazo, também mostram uma retração menor. Neste ano, o recuo na semana do Natal foi de 1,46% em relação ao mesmo período de 2015, quando o volume de negócios a prazo tinha caído 15,84%
“Tem uma boa e uma má notícia nesse resultado”, diz a economista a economista do SPC Brasil, Marcela Kawauti. A má notícia é que foi mais um ano de retração e a boa notícia é que essa retração foi menos acentuada. No entanto, ela não acha que seja possível afirmar que o varejo tenha chegado ao fundo do poço. Isso porque há muitos indicadores da economia real que interferem diretamente no consumo, como emprego, renda, juros, ainda com desempenho muito negativo.
O dado curioso é que o setor de shoppings, normalmente o mais otimista do varejo, neste ano registrou os números mais negativos. De acordo com a Associação de Lojistas de Shopping (Alshop), as vendas caíram no Natal 3%.
No ano anterior o recuo havia sido de 2,8%. “Foi o pior resultado para o Natal dos últimos três anos”, diz presidente da Alshop, Nabil Sahyoun.
Se for considerada a inflação do período, a queda em 2016 gira em torno de 8,5%, calcula o diretor da Alshop, Luís Ildefonso. As vendas nos shoppings ficaram concentradas em produtos de baixo valor unitário, como itens de perfumaria, vestuário e acessórios.
Já as vendas de eletrodomésticos, móveis e itens de tecnologia tiveram retração, de 4,5%, 9% e 6,5%, respectivamente, de acordo com a Alshop. Parte da queda de itens de maior valor é explicada pela Black Friday, a megaliquidação que houve de novembro, que provocou uma antecipação de compras.
A perda intensa de vendas dos shoppings também pode ser explicada pela migração de consumidores para as ruas de comércio popular, como Brás e a rua 25 de Março, em busca de preços mais em conta.
Além disso, o comércio eletrônico, onde a comparação de preço é mais fácil, absorveu boa parte dos clientes das lojas de shoppings. O Mercado Livre, que reúne várias lojas do comércio online, por exemplo, registrou crescimento de 53% nas vendas da página de produtos de Natal em relação ao mesmo período do ano passado.
O fato de a queda nas vendas deste Natal ter sido menos intensa do que a de 2015 e não ter surpreendido os lojistas que tinham se preparado para uma venda menor tira o brilho das liquidações. Isso pode significar menos sobras de produtos, descontos menores e um fraco impulso para retomada da indústria em janeiro.
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