Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

CONSUMO

- Publicada em 26 de Dezembro de 2016 às 21:38

Lojistas gaúchos apostam em promoções pós-Natal

Nersa aproveitou a manhã de ontem e foi às compras em busca de mais alguns mimos para seus familiares

Nersa aproveitou a manhã de ontem e foi às compras em busca de mais alguns mimos para seus familiares


FREDY VIEIRA/JC
Consumidores que deixaram para comprar presentes de Natal na última semana do mês irão encontrar muitas promoções e ofertas no comércio, onde lojistas já estão "queimando" estoques. Em algumas redes, como a TOK, é possível comprar três peças e levar duas, por exemplo. "É um incentivo para ocorrerem mais vendas", comenta a gerente Jennifer Zacker. De acordo com o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, esta é "uma hora boa de comprar". "As lojas pequenas, principalmente, devem lucrar com vendas de produtos de fim de ano, a exemplo de lingeries e roupas para a virada", avalia o dirigente, lembrando que, nos próximos dias, ainda devem ocorrer muitas vendas extras, para quem vai trocar os presentes.
Consumidores que deixaram para comprar presentes de Natal na última semana do mês irão encontrar muitas promoções e ofertas no comércio, onde lojistas já estão "queimando" estoques. Em algumas redes, como a TOK, é possível comprar três peças e levar duas, por exemplo. "É um incentivo para ocorrerem mais vendas", comenta a gerente Jennifer Zacker. De acordo com o presidente do Sindilojas Porto Alegre, Paulo Kruse, esta é "uma hora boa de comprar". "As lojas pequenas, principalmente, devem lucrar com vendas de produtos de fim de ano, a exemplo de lingeries e roupas para a virada", avalia o dirigente, lembrando que, nos próximos dias, ainda devem ocorrer muitas vendas extras, para quem vai trocar os presentes.
Na manhã desta segunda-feira, era possível ver muitas pessoas carregando sacolas pelas ruas do Centro. "Conseguimos vender um pouco mais, acompanhando as trocas de produtos", afirma a gerente da loja de roupas Thithãs, Bianca Freitas de Assis. Ontem pela manhã, a empresa remarcou preços da maioria dos itens. "Estamos com descontos de até 50%", comenta. Bianca admite que as vendas natalinas não ocorreram dentro da expectativa. "A gente espera que o pessoal venha comprar o que sobrou do estoque ainda nesta semana, pois a ideia é renovar as vitrines com peças novas." Entre as alternativas com maior chance de saída, ela aponta as blusas de R$ 29,90 e os vestidos (por R$ 59,90).
Na Bella Modas, as vendas casadas com a troca do presente também já estão ocorrendo desde a manhã de ontem. "Muita gente veio trocar o tamanho da roupa, aí alguns já aproveitaram para comprar mais uma coisinha ou outra", conta a vendedora Marli Aguiar, destacando que "a princípio" a promoção de Natal da loja se mantém até o final do ano. "Um alento é que como não haverá feriado, no sábado ainda devem ocorrer vendas, porque nem todos irão viajar", observa o presidente do Sindilojas. "Esperamos que esta semana possa equilibrar a venda de dezembro em relação ao mesmo período do ano passado." De acordo com o dirigente, o comércio de produtos vinculados ao Natal caiu cerca de 2% se comparado à data em 2015. Roupas, calçados e smartphones foram os itens de maior saída, mas, ainda assim, não como no ano anterior. "As vendas de ar-condicionado também diminuíram muito, neste caso em torno de 30%."
Na opinião da gerente da loja Gaston da Rua dos Andradas, Dayane de Oliveira, a última semana do ano gera mesmo oportunidades de "muitas" vendas vinculadas às trocas. "Estamos aproveitando para mostrar as novidades e os lançamentos para os clientes que estão vindo à loja, muitos ainda com objetivo de comprar presentes de Natal." Foi o caso da professora Nersa Carpes, que comprou um tênis para o filho na segunda-feira. "Tem que ir aos poucos, por causa da crise", explica a consumidora, contando que os netos foram prioridade na entrega de mimos durante a noite de Natal.
A gerente da Gaston afirma que, "neste ano, muita gente comprou antecipadamente, mas também houve quem deixasse para presentear depois do dia 25". "Mas o maior movimento é mesmo por causa das trocas", admite. Em todo comércio, as trocas de presentes que apresentaram defeito, não serviram ou até mesmo que não agradaram pela cor ou o modelo devem continuar até o final da semana, observa o diretor executivo do Procon Porto Alegre, Cauê Vieira.
"As lojas de Porto Alegre geralmente concordam com as trocas visando fidelizar os clientes, mas, mesmo assim, nesta época, as reclamações sobre dificuldades na hora de trocar um produto no comércio tendem a aumentar em comparação com outros períodos do ano", comenta o gestor do Procon Porto Alegre. Segundo Vieira, a troca das mercadorias compradas em lojas físicas e supermercados ou a restituição da quantia paga é obrigatória somente se a mercadoria apresentar algum tipo de defeito, no prazo de 30 dias para produtos não duráveis e de 90 dias para produtos duráveis. "Além disso, o consumidor deve apresentar, na hora da troca, a nota fiscal ou o comprovante de pagamento", diz Vieira.

Consumidores gastaram entre R$ 50,00 e R$ 74,00 com presentes

Para 40% dos lojistas entrevistados em pesquisa realizada por Sindilojas Porto Alegre e CDL POA sobre o desempenho do comércio da Capital neste Natal, o tíquete médio das vendas na data mais importante para o comércio ficou entre R$ 50,00 e R$ 74,00. Cerca de um terço dos entrevistados (31,4%), entretanto, registrou valores em torno de R$ 100,00 por cliente.
Como de costume, a grande maioria dos consumidores (65%) comprou os seus presentes na semana do Natal, enquanto 10% foram às lojas na primeira semana de dezembro, e igualmente 10% distribuíram as compras ao longo do mês.
Já o levantamento prévio divulgado pela Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV) mostra que as compras com tíquete médio baixo marcaram o Natal de incertezas do comércio gaúcho, com desempenho de 4 a 5% inferior ao ano de 2015. Segundo o presidente da AGV, Vilson Noer, o temor em relação às expectativas dos próximos meses afetou a disposição dos consumidores. De acordo com o dirigente, foi o Natal da dúvida diante das desconfianças e incertezas com a economia do País. "Desemprego, juros altos, inflação ascendente são preocupações muito presentes na mente das pessoas. O reflexo foi compras com valores médios baixos em relação ao ano anterior", comenta.
A pesquisa revela que o cenário foi distinto se comparadas as vendas de Porto Alegre e Região Metropolitana e o interior do Estado. Isso porque a renda da safra agrícola determinou gastos maiores em cidades que têm sua economia voltada à produção agrícola. Entretanto, na média estadual, o tíquete variou entre R$ 50,00 e R$ 60,00 por presente,
Produtos como roupas, cosméticos, livros, bijuterias e decoração concentraram o interesse dos clientes, com crescimento nas vendas à vista e cartões de crédito, em detrimento as possibilidades de parcelamento do crediário. Para Noer, isso demonstra uma maior maturidade da população, que planeja não acumular dívidas para o ano de 2017.