Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Agronegócios

- Publicada em 23 de Dezembro de 2016 às 17:54

Ano foi de ampliação de mercados agrícolas

Maggi cita como grande conquista o ingresso da carne in natura nos EUA

Maggi cita como grande conquista o ingresso da carne in natura nos EUA


WILSON DIAS/ABR/JC
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) termina 2016 com avanços expressivos para o agronegócio brasileiro. Entre os principais estão a desburocratização, a abertura e a ampliação de mercados, o fortalecimento da política de sanidade agropecuária, a modernização do seguro rural, a expansão das ações de sustentabilidade ambiental e a transparência no diálogo com o setor rural.
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) termina 2016 com avanços expressivos para o agronegócio brasileiro. Entre os principais estão a desburocratização, a abertura e a ampliação de mercados, o fortalecimento da política de sanidade agropecuária, a modernização do seguro rural, a expansão das ações de sustentabilidade ambiental e a transparência no diálogo com o setor rural.
No comércio exterior, 2016 possibilitou a conclusão do acordo para abertura do mercado dos Estados Unidos à carne bovina in natura brasileira. O ano foi marcado também pelo lançamento do Agro , plano voltado à desburocratização das normas e dos procedimentos do Ministério da Agricultura, a fim de tornar mais ágil as exportações e reforçar a eficiência no atendimento à cadeia produtiva agropecuária.
"Tivemos a felicidade de fechar o acordo para exportar carne bovina in natura para os Estados Unidos, durante reunião em Washington, no final de julho", lembra o ministro Blairo Maggi. A conclusão da negociação, que já durava 17 anos, foi oficializada em cerimônia no Palácio do Planalto, com a presença do presidente Michel Temer, do ministro das Relações Exteriores, José Serra, e da embaixadora dos EUA no Brasil, Liliana Ayalde.
Durante a solenidade, no início de agosto, houve troca das Cartas de Reconhecimento de Equivalência dos Controles de Carne Bovina, por meio das quais os dois países liberaram o comércio do produto. Com isso, tanto o Brasil pode vender carne in natura para os norte-americanos quanto eles podem exportar o produto para cá. Neste segundo semestre, frigoríficos brasileiros já fizeram embarques para aquele mercado.
De acordo com Maggi, a conclusão do acordo com os EUA - maiores produtores e consumidores mundiais de carne bovina in natura - não representa apenas o reconhecimento da qualidade e da segurança sanitária do produto brasileiro. Serve ainda, segundo o ministro, como uma espécie de passaporte para abrir outros mercados, porque os EUA são um dos mais exigentes compradores de carne bovina in natura do mundo.
Em busca de novos mercados e da ampliação daqueles que já são clientes do agronegócio brasileiro, o Mapa promoveu 22 missões de alto nível à Europa, ao Oriente Médio e ao Sudeste Asiático. A maior delas, no segundo semestre, incluiu China, Índia, Coreia do Sul, Myanmar, Malásia, Tailândia, Vietnã e Dubai. Outras importantes negociações foram feitas durante visitas à Itália, Rússia, Inglaterra, Suíça, Armênia, a Israel e ao Japão.
Além do comércio de produtos como carnes bovina, de aves e suína, lácteos, gado vivo, material genético, frutas e matéria-prima para ração, as missões tiveram como objetivo atrair investimentos e estabelecer cooperação científica. Somente com a Índia, o Mapa garantiu
US$ 400 milhões para a instalação de uma fábrica de agroquímicos no Brasil e US$ 100 mil para pesquisa com leguminosas (lentilhas e grão de bico), por meio de acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
As missões fazem parte da estratégia do Mapa de elevar de 6,9% para 10% a participação do Brasil no comércio agrícola mundial em cinco anos. Para tanto, o País quer expandir a base exportadora com a diversificação de produtos e de mercados e aumentar os embarques de mercadorias de maior valor agregado. De janeiro a novembro deste ano, as exportações agrícolas brasileiras somaram US$ 66,7 bilhões. Do total, 71,9% corresponderam a vendas dos complexos soja e sucroalcooleiro e carnes.

Fiscais agropecuários do Rio Grande do Sul devem ficar parados até dia 31 de dezembro

A falta de informações do governo gaúcho sobre o pagamento do 13º salário dos servidores e também sobre os vencimentos de dezembro provoca a manutenção da greve dos fiscais estaduais agropecuários e de outras categorias até o último dia do ano. A presidente da Associação dos Fiscais Agropecuários do Estado (Afagro), Angela Antunes, afirma que o pacote de desmonte do Estado não era o único motivo da paralisação, "por isso os servidores em greve vão permanecer de braços cruzados até o dia 31, mesmo se não houver convocação extraordinária, conforme aprovado na assembleia do sindicato e protocolado na Casa Civil".
A insegurança sobre o pagamento dos salários, direito básico de qualquer trabalhador, torna a situação ainda pior quando o repasse de recursos para a atividade também não acontece. "Temos colegas pagando combustível, consertos de carros e equipamentos do próprio bolso, sem receber o ressarcimento", afirma Angela.
A greve consiste na paralisação de atividades nas Inspetorias de Defesa Agropecuária (IDAs), que afeta especialmente a emissão de Guias de Trânsito Animal (GTA) e Permissões de Trânsito Vegetal (PTV), suspensão do trabalho em frigoríficos de inspeção estadual e atuação em apenas um turno nos Postos Fixos de Divisa.