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Economia

- Publicada em 21 de Dezembro de 2016 às 22:25

Leilão de transmissão inclui obras no Rio Grande do Sul

Redecker diz que não foi possível chamar segundo colocado na disputa

Redecker diz que não foi possível chamar segundo colocado na disputa


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Jefferson Klein
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai licitar no primeiro semestre do próximo ano 7.373 quilômetros de linhas de transmissão e outras estruturas como, por exemplo, subestações. No Rio Grande do Sul, estão previstas obras em municípios como Garibaldi, Lajeado, Guaíba e Nova Santa Rita. Parte dos empreendimentos é oriunda de concessão extinta da companhia MGF.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) vai licitar no primeiro semestre do próximo ano 7.373 quilômetros de linhas de transmissão e outras estruturas como, por exemplo, subestações. No Rio Grande do Sul, estão previstas obras em municípios como Garibaldi, Lajeado, Guaíba e Nova Santa Rita. Parte dos empreendimentos é oriunda de concessão extinta da companhia MGF.
O conjunto dos projetos que a empresa seria a responsável e que estará presente no leilão de 2017 compreende uma linha de transmissão de 230 kV de tensão, com 47 quilômetros de extensão, entre Garibaldi e Lajeado, outra linha de 230 kV, com 16,4 quilômetros, dentro de Lajeado, duas subestações de energia, uma no Vale do Taquari e outra na Serra. A MGF conquistou o direito de fazer essas estruturas e receber as receitas devidas por isso ao vencer certame realizado em julho de 2013. Entretanto, o grupo não seguiu adiante com as iniciativas.
O secretário estadual de Minas e Energia, Lucas Redecker, argumenta que o ideal seria que as obras tivessem continuado, sem a necessidade de um novo leilão. Porém, o dirigente recorda que não houve lances de outras empresas para construir os empreendimentos na primeira vez, então era impossível chamar o segundo colocado na disputa. Para atenuar os impactos da demora na implantação das linhas e subestações, o Grupo CEEE, em cooperação com o Operador Nacional do Sistema (ONS) Elétrico, instalou transformadores para reduzir o perigo de desabastecimento na região, principalmente durante o verão.
Redecker enfatiza que um fornecimento de energia com qualidade é fundamental para aquela área, que concentra indústrias, produção de suínos, aves, leite etc. O secretário acrescenta que é preciso blindar o próximo leilão para que somente grupos com capacidade de cumprir suas obrigações participem do certame. No entendimento do dirigente, como a MGF sofreu um processo de caducidade de concessão, a companhia não poderá ingressar na disputa em 2017. "O que é um alívio", julga.
Além dos complexos na Serra e no Vale do Taquari, o leilão do próximo ano, que ainda não tem data definida para ocorrer, contemplará uma linha de 230 kV, com 36 quilômetros de extensão, unindo Guaíba e Nova Santa Rita. Sobre essa estrutura, Redecker argumenta que está inserida em um grande centro de carga, que é a Região Metropolitana de Porto Alegre, e comporá uma importante rede de recebimento de energia de outras partes do Estado. O secretário enfatiza que essas obras, aliadas a outras que a Eletrosul está fazendo no Interior, avaliadas em R$ 3,2 bilhões e cuja estimativa atual é que sejam terminadas em meados de 2019, darão outro patamar para a segurança energética do Rio Grande do Sul.
No total, serão licitados pela Aneel 34 lotes de empreendimentos localizados em 16 estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe. A expectativa é de serem gerados investimentos da ordem de R$ 12,7 bilhões e 27.415 empregos diretos. As instalações de transmissão deverão entrar em operação comercial no prazo de 36 a 60 meses a partir da assinatura dos respectivos contratos de concessão.
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