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Economia

- Publicada em 19 de Dezembro de 2016 às 20:20

Cortar juros não é caminho para crescer, afirma presidente do Insper

A redução da taxa de juros não será suficiente para fazer o País crescer, na avaliação do economista Marcos Lisboa, presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Para o especialista, há uma expectativa exagerada em relação ao afrouxamento da política monetária - uma tendência que ganha força entre analistas desde que a inflação começou a desacelerar, podendo encerrar 2016 abaixo do teto da meta estabelecida pelo governo.
A redução da taxa de juros não será suficiente para fazer o País crescer, na avaliação do economista Marcos Lisboa, presidente do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper). Para o especialista, há uma expectativa exagerada em relação ao afrouxamento da política monetária - uma tendência que ganha força entre analistas desde que a inflação começou a desacelerar, podendo encerrar 2016 abaixo do teto da meta estabelecida pelo governo.
"Põe-se um peso demasiado em temas macroeconômicos, como juros e câmbio, que eles não têm na realidade. A capacidade de juros e câmbio influenciarem a economia é bastante baixa. Não são instrumentos de crescimento. A taxa de juros é um instrumento para ajustar a economia no curto prazo, para evitar pressões inflacionárias que, uma vez iniciada, são difíceis de trazer de volta", afirmou o economista, durante seminário na Fundação Getulio Vargas (FGV), no Rio de Janeiro.
A taxa básica de juros está em 13,75% ao ano. Segundo Lisboa, reduzir a Selic pode fazer a atividade crescer, mas não são suficientes para levar a um crescimento sustentável.
O caminho para tirar o País da crise de forma sustentável, defende o economista, é investir na melhora do ambiente de negócios. As medidas anunciadas na semana passada pelo governo vão no caminho certo, mas não trarão benefícios no curto prazo. "Pacote para agenda micro é uma contradição em termos. É um debate de ir aperfeiçoando o ambiente regulatório. Não tem um pacote que resolva. Imaginar que vai ter um conjunto qualquer de medidas que vai ter impacto imediato vai gerar apenas frustração", afirmou.
Para Fernando Holanda Barbosa, professor da FGV, a redução da taxa de juros é uma necessidade para fazer o Brasil crescer e garantir a retomada do emprego. Ele defende um corte de 3 pontos percentuais da Selic até junho, o que significaria redução de 1 ponto percentual, em média, a cada reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) daqui para frente.
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