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Economia

- Publicada em 19 de Dezembro de 2016 às 22:39

Petrobras espera nova gestão para Estaleiro Rio Grande

Demissão de 3,2 mil trabalhadores anunciada semana passada ameaça o polo naval em Rio Grande

Demissão de 3,2 mil trabalhadores anunciada semana passada ameaça o polo naval em Rio Grande


ANTONIO PAZ/JC
Jefferson Klein
Para a Petrobras, a possibilidade mais forte para recuperar o Estaleiro Rio Grande passa por uma nova companhia assumir a estrutura, afirma o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer. Ontem, o dirigente e outros políticos do Estado participaram, no Rio de Janeiro, de reunião com o presidente da estatal, Pedro Parente. Na ocasião, foi debatida a demissão de 3,2 mil trabalhadores anunciada na semana passada pela Ecovix (atual responsável pelo estaleiro) e os impactos dessa decisão no polo naval gaúcho.
Para a Petrobras, a possibilidade mais forte para recuperar o Estaleiro Rio Grande passa por uma nova companhia assumir a estrutura, afirma o prefeito de Rio Grande, Alexandre Lindenmeyer. Ontem, o dirigente e outros políticos do Estado participaram, no Rio de Janeiro, de reunião com o presidente da estatal, Pedro Parente. Na ocasião, foi debatida a demissão de 3,2 mil trabalhadores anunciada na semana passada pela Ecovix (atual responsável pelo estaleiro) e os impactos dessa decisão no polo naval gaúcho.
A Petrobras é uma personagem essencial nessa questão, pois é a demandante das encomendas para a indústria naval no País e, além disso, rescindiu contrato com a Ecovix a respeito da concretização de três cascos de plataformas de petróleo, que seriam feitos em Rio Grande. O prefeito comenta que a estatal considerou que a solução menos ruim era o pagamento e a indenização dos trabalhadores. Lindenmeyer destaca que a expectativa da companhia é que os equipamentos do estaleiro e o seu dique seco atraiam investidores do setor para assumir o complexo, que pode ser viável e competitivo. De acordo com o prefeito, empresas chinesas e a Mitsubishi já fizeram sondagens quanto à estrutura.
Lindenmeyer também vê como uma boa notícia o fato da Justiça ter aceito pedido de recuperação judicial da Ecovix. A juíza Fabiana Gaier Baldino, da 2ª Vara Federal de Rio Grande, deferiu ontem o pedido da empresa, que engloba a Ecovix Construções Oceânicas e as subsidiárias RG Estaleiros, RG Estaleiro ERG1, RG Estaleiro ERG2, RG Estaleiro ERG3 e Engevix Sistemas de Defesa. A decisão mantém os serviços essenciais para funcionamento da companhia. Com dívidas no valor de R$ 8 bilhões, a recuperação judicial foi considerada a forma mais viável para a retomada da operação da empresa no futuro.
Apesar de não perder as esperanças, Lindenmeyer admite que o cenário é complicado e os próximos meses serão de muita dificuldade para Rio Grande. O prefeito frisa que, em curto prazo, não há perspectiva de novas encomendas de plataformas de petróleo a serem desenvolvidas no município. O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Rio Grande e São José do Norte, Benito Gonçalves, acompanhou Lindenmeyer ao Rio de Janeiro, mas não pôde estar presente na reunião com Parente. O sindicato queixa-se que o secretário estadual do Desenvolvimento, Fábio Branco, retirou o nome do representante da entidade da lista para participar do encontro. Já o secretário, por sua vez, afirma que o sindicalista não pediu para ser incluído na comitiva. Fábio Branco não foi ao Rio de Janeiro devido à votação do pacote de medidas do governo do Estado na Assembleia Legislativa.
O representante do Executivo gaúcho foi o diretor-superintendente do porto do Rio Grande, Janir Branco. Para Gonçalves, os trabalhadores e a comunidade rio-grandina precisam articular uma mobilização em defesa do polo naval. "Temos que ir para rua, ou vamos perder (encomendas do setor) para outros países", alerta. Hoje, duas unidades do Sine Móvel estarão em Rio Grande para receber trabalhadores demitidos da Ecovix e agilizar o encaminhamento do benefício seguro-desemprego. O atendimento será na agência Fgtas/Sine na rua Marechal Floriano, nº 248. As unidades do Sine Móvel estarão localizadas na mesma rua para apoio logístico caso haja número maior de atendimentos que a capacidade da agência.
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