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Economia

- Publicada em 18 de Dezembro de 2016 às 19:04

FEE cria indicador de tendências para o Banrisul

Marcelle Chauvet, professora de economia na Universidade da Califórnia - Riverside (EUA) e Jéfferson Colombo, economista da FEE

Marcelle Chauvet, professora de economia na Universidade da Califórnia - Riverside (EUA) e Jéfferson Colombo, economista da FEE


JC
Enquanto o governo estadual quer extinguir a Fundação de Economia e Estatística (FEE), o Banrisul contrata a instituição para criar um indicador que elevará a precisão sobre a leitura da conjuntura econômica, tanto para ajudar o banco a aproveitar oportunidades no futuro quanto para o Estado (agentes públicos e privados) prever a saída da atual recessão reduzindo o grau de achismos. O indicador fica pronto em janeiro e tem a supervisão da economista que assessorou o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, a criar metodologia para identificar o fim dos ciclos de recessão, como a mais recente.  
Enquanto o governo estadual quer extinguir a Fundação de Economia e Estatística (FEE), o Banrisul contrata a instituição para criar um indicador que elevará a precisão sobre a leitura da conjuntura econômica, tanto para ajudar o banco a aproveitar oportunidades no futuro quanto para o Estado (agentes públicos e privados) prever a saída da atual recessão reduzindo o grau de achismos. O indicador fica pronto em janeiro e tem a supervisão da economista que assessorou o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, a criar metodologia para identificar o fim dos ciclos de recessão, como a mais recente.  
O economista da fundação Jéfferson Colombo, que está na linha de frente do projeto, explica que a equipe está desenvolvendo a metodologia dos indicadores coincidentes e antecedentes da atividade econômica do Rio Grande do Sul. "O indicador coincidente mede o estado da economia em cada mês como está a atividade, e os antecedentes agregam informações disponíveis das mais diversas fontes e que têm poder preditivo", traduz o economista, citando que os testes para gerar o modelo envolvem mais de mil variáveis.
"A ideia é chegar a um indicador que sintetize e antecipe os movimentos dos indicadores coincidentes", destaca Colombo. Ele lembra que o grupo mobilizado neste trabalho é formado basicamente por analistas e técnicos que ingressaram na carreira por concurso público nos últimos anos e que serão demitidos, se for aprovado o projeto na Assembleia Legislativa. O presidente do Banrisul, Luiz Gonzaga Veras Mota, explicou que a FEE "é uma fonte que tem trabalhos magníficos na área", por isso a contratação. Segundo Mota, o banco busca consultorias privadas para outras análises e que a parceria com a fundação pública busca ampliar as fontes "para ter melhor avaliação a partir de ideias técnicas".  
O indicador será construído para 14 setores da atividades, desde agropecuária, diversos ramos da indústrias, transportes, comércio, serviços, economia agregada e nível de emprego. A economista Marcelle Chauvet faz a supervisão e reconhece o ineditismo do trabalho. "Dentro de um estado, olhar os setores, é a primeira vez que vejo, mesmo nos Estados Unidos", observou Marcelle. A economista, professora da Universidade da Califórnia Riverside, atua em metodologias na área e ganhou notoriedade ao assessorar o Federal Reserve na montagem de indicadores para elevar a precisão sobre a leitura de tendência da economia.
"Ter informação, saber o que movimenta os setores e a dependência ou independência da economia nacional é importante. O governo pode estimular um setor baseado neste conhecimento. Isso ajuda na definição de política econômica", ressaltou Marcelle. Colombo destaca que o trabalho poderá ajudar a Fazenda Estadual. Ao antecipar o comportamento dos setores, a Fazenda pode prever como estará o fluxo de caixa da arrecadação de impostos. "Faltam instrumentos hoje, e a FEE e o Banrisul estão ajudando a disponibilizar este indicador."
Sobre a proposta de extinção da FEE, Marcelle reagiu: "Espero que isso seja apenas retórico. Nunca vi fecharem instituto de pesquisa por problema financeiro, nem nos Estados Unidos! Você não pode acabar com uma fonte de capital humano tão forte como esta". 
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