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16 de Dezembro de 2016 às 12:23
EVENTO
Mauro Belo Schneider
GE
Mauro Belo Schneider
Professor e filósofo participou de evento da Amcham, no Centro de Eventos do Plaza São Rafael
Para Cortella, o que importa é o legado que se deixa na família e nos negócios
Mauro Belo Schneider
Professor e filósofo participou de evento da Amcham, no Centro de Eventos do Plaza São Rafael
Durante palestra no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, o professor e filósofo Mario Sergio Cortella disse que na vida o importante é a obra construída, seja na família, entre amigos ou nos negócios. O resto morre com o corpo. “Não confunda uma pessoa importante com famosa. Há pessoas importantes que não são famosas. E há as famosas que não têm importância nenhuma”, disse, aos participantes do Ciclo de Competitividade, promovido pela Amcham.
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Durante palestra no Centro de Eventos do Hotel Plaza São Rafael, em Porto Alegre, o professor e filósofo Mario Sergio Cortella disse que na vida o importante é a obra construída, seja na família, entre amigos ou nos negócios. O resto morre com o corpo. “Não confunda uma pessoa importante com famosa. Há pessoas importantes que não são famosas. E há as famosas que não têm importância nenhuma”, disse, aos participantes do Ciclo de Competitividade, promovido pela Amcham.
Cortella, que nasceu em Londrina, no Paraná, mas mora há mais de 50 anos em São Paulo, vem frequentemente ao Rio Grande do Sul. Ele trabalha com cooperativas de Nova Petrópolis e desenvolve projetos em empresas como Tramontina e Gerdau. Sua fala foi acompanhada por empresários e personalidades, como o técnico da Seleção Brasileira de Futebol, Tite, com quem teve uma conversa reservada por alguns minutos antes de subir ao palco.
O também escritor já publicou 30 títulos, e um deles leva o nome da palestra, Qual a sua obra?. O livro questiona o que o leitor quer ser: reconhecido, ético, humilde, líder, ganancioso, íntegro ou algum outro adjetivo. Cortella discorreu sobre a questão no evento e citou o medo como um fator determinante para os resultados.
“Gente que diz não ter medo não é corajosa, é inconsequente. O piloto do avião que levava a Chapecoense não teve medo”, comparou. E acrescentou, trazendo a abordagem para o universo empresarial, que medo se enfrenta com competência. “Se rezar resolvesse, o carro do papa não seria blindado”, brincou.
Cortella criticou, ainda, o perfil de pessoas mornas, que não se empolgam com as coisas e sugeriu que os dias não sejam desperdiçados. “A vida é muito curta para ser pequena. Um dia nós vamos morrer, mas todos os outros dias não”, parafraseou ele, interpretando uma conversa entre os personagens de quadrinhos Snoopy e Charlie Brown.
Arrogância, soberba, corrupção, filosofia e ética entraram nos tópicos explorados por Cortella. Para ele, um homem só deve olhar o outro de cima se for para ajudá-lo a levantar.
Para encerrar a apresentação, o professor recomendou que as relações entre pessoas “seja mais frescobol e menos tênis”. “No tênis, você não quer que o outro pegue a bola. No frescobol, você se esforça para jogar do melhor modo para o outro”, expôs. "O que se leva da vida é a vida que se leva."