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Mercado de Capitais

- Publicada em 14 de Dezembro de 2016 às 20:22

Fed projeta três aumentos de juros por ano até 2019

O Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) decidiu elevar a taxa básica de juros um ano depois do último aperto monetário, que aconteceu em 16 de dezembro de 2015, e sinalizou que deve haver aumentos mais frequentes. De acordo com os dirigentes do Banco Central, a expectativa é de que aconteçam três apertos por ano até 2019, com as projeções mostrando menos consenso entre os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) sobre ações de juros em 2018.
O Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos EUA) decidiu elevar a taxa básica de juros um ano depois do último aperto monetário, que aconteceu em 16 de dezembro de 2015, e sinalizou que deve haver aumentos mais frequentes. De acordo com os dirigentes do Banco Central, a expectativa é de que aconteçam três apertos por ano até 2019, com as projeções mostrando menos consenso entre os membros do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, na sigla em inglês) sobre ações de juros em 2018.
Ontem, o FOMC decidiu elevar os juros em 0,25 ponto percentual, pulando para a faixa de 0,50% a 0,75%. A taxa de redesconto de 1,00% para 1,25% conforme o esperado pela maioria dos agentes dos mercados. A decisão foi unânime, com 10 votos a favor.
Os juros básicos dos EUA estavam entre 0,25% e 0,50% desde dezembro de 2015. Segundo o anúncio de política monetária, a instituição vê três altas nos juros em cada ano em 2017, 2018 e 2019.
Apesar da mudança em relação à política monetária, as percepções sobre crescimento, emprego e inflação não estão muito diferentes das apontadas em setembro. No aumento de preços, os dirigentes ainda esperam voltar à meta de inflação de 2% em 2018.
O relatório trouxe mais incertezas do que nunca nas previsões para os próximos anos devido à inesperada vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos EUA, além de um Congresso mais republicano. A presidente do Fed, Janet Yellen, foi questionada durante entrevista coletiva do por quê o Fed prever três aumentos nas taxas de juros em cada ano até 2019 e não dois e, de acordo com ela, o motivo é pelo fato de algumas autoridades do Fed incorporarem mudanças sobre a perspectiva fiscal em suas projeções - provavelmente por causa das promessas do presidente eleito nos EUA, Donald Trump, ainda que ela não tenha citado seu nome.
Yellen também enfatizou os indicadores positivos recentes, afirmando que "a decisão de aumentar juros reflete confiança no progresso da economia". Por outro lado, ela destacou ser incerta a capacidade de políticas tributárias para impulsionar a produtividade, reconhecendo que "há muita fonte de incerteza para as perspectivas econômicas".
"Embora seja desejável que as políticas fiscais aumentem a capacidade produtiva da economia, um aumento no ritmo de mudança de produtividade é um dos fatores que afeta a taxa neutra da economia, um impulso para a produtividade poderia estimular o investimento. Como temos dito, estimamos que o valor da taxa neutra dos Fed funds é bastante baixo, e uma das razões para isso é o lento crescimento da produtividade", disse ela. Ainda assim, ela afirmou que o Fed não está atrás da curva, salientando que não está tentando dar conselhos para a nova administração.
O Fed elevou a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos para este ano para 1,9% em relação à projeção feita na reunião em setembro, quando a estimava foi de 1,8%. Além disso, em 2017, a economia do país deve crescer 2,1%, ante estimativa de setembro de 2,0%, enquanto a previsão de expansão para 2018 permaneceu em 2,0% e a de 2019 subiu para 1,9%, de 1,8% estimado anteriormente. Para o longo prazo, a taxa média de crescimento permaneceu em 1,8%.
Em relação ao emprego, as autoridades do Fed esperam progresso nos postos de trabalho nos próximos anos. Eles acreditam que a taxa de desemprego, que atualmente está em 4,6%, termine o ano de 2016 em 4,7%. Por outro lado, a expectativa com a taxa de desemprego para 2017 recuou de 4,7% para 4,5%, a mesma projeção para os anos de 2018 e 2019. A estimativa da taxa de desemprego no longo prazo permaneceu em 4,8%.
O Fed elevou a previsão de inflação em 2016 para 1,5% em relação a projeção de setembro ( 1,3%). Para 2017, a estimativa permaneceu em 1,9% e para 2018 e 2019, a projeção ficou mantida em 2,0%. A projeção no longo prazo também continuou em 2,0%. Para 2016, a previsão do Fed para o núcleo da inflação ficou em 1,7%. Para 2017, ele continuou em 1,8% e para 2018 ela permaneceu em 2,0%. Para 2019, a taxa continuou em 2,0%.
 

Dólar sobe 1,09% e bolsa cai 1,80% em reação à decisão do BC dos EUA

O dólar fechou próximo das máximas frente ao real ontem, em linha com movimento global de reprecificação de ativos. Em dia de instabilidade, o combustível desse avanço foi a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, na sigla em inglês - o Banco Central dos Estados Unidos). A instituição anunciou aumento de juros em 0,25 ponto percentual para o intervalo de 0,50% a 0,75%.
Além da mudança em si, que já era prevista, foram divulgadas projeções para elevação nas taxas, de três vezes ao ano até 2019. Agora, está montada a nova referência - e mais acentuada que o previsto - do ciclo de aperto monetário para os próximos anos, quando o país estará sob administração do presidente eleito Donald Trump.
O dólar à vista fechou aos
R$ 3,3623, em alta de 1,09%, com volume de negócios de US$ 1,155 bilhão. No fechamento, o dólar para o mês de janeiro teve ganho de 0,89%, aos R$ 3,3840, com giro de US$ 15,715 bilhões.
A Bovespa acompanhou a reação negativa dos demais ativos domésticos e das bolsas norte-americanas ao comunicado do Fed, acelerando as perdas. O Ibovespa fechou na mínima de 58.212 pontos (-1,80%). O volume foi de R$ 13,260 bilhões. Em dezembro, a bolsa tem perdas de 5,97% e em 2016, avanço de 34,29%.
A queda nos preços do petróleo e do minério de ferro manteve em baixa os papéis da Petrobras, da Vale e das siderúrgicas, respectivamente. Petrobras PN caiu 4,60% e Vale PNA recuou 2,19%. Gerdau PN teve baixa de 6,76%. O setor financeiro operou em alta durante boa parte da sessão, mas sucumbiu depois do Fed. Banco do Brasil ON recuou 2,43% e BM&FBovespa, -3,31%. Itaú Unibanco PN fechou com queda de 0,21%.
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