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Indústria automotiva

- Publicada em 13 de Dezembro de 2016 às 17:40

Venda de veículos importados cresce 0,4% em novembro

De janeiro até o mês passado, recuo acumulado alcança 40,9%

De janeiro até o mês passado, recuo acumulado alcança 40,9%


MARCELO G. RIBEIRO/JC
O mercado de veículos importados cresceu 0,4% em novembro ante outubro, com a venda de 2.650 unidades, segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa).
O mercado de veículos importados cresceu 0,4% em novembro ante outubro, com a venda de 2.650 unidades, segundo a Associação Brasileira das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa).
Apesar do avanço, novembro foi o segundo pior mês do ano, melhor apenas que o resultado de outubro. Na comparação com igual mês do ano passado, houve queda de 33,4%.
Com os resultados até agora, o mercado de carros importados acumula, de janeiro a novembro, retração de 40,9% em relação ao volume atingido em igual intervalo do ano passado, com 32.516 emplacamentos. A expectativa da Abeifa é que o ano termine com a venda de 35,5 mil veículos, recuo de 40,8% ante o resultado final de 2015. Para a associação, os últimos meses têm sido mais fracos porque parte das marcas já atingiu a sua cota anual de importação com desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e que, com a baixa demanda do mercado, importar além da cota significa ter prejuízo.
"Em novembro, poderíamos ter obtido um resultado melhor. As marcas de volumes mais significativos não puderam nacionalizar seus produtos porque já estouraram suas respectivas cotas anuais. E hoje, vender fora da cota proporcional ou do limite de 4,8 mil unidades por ano é inviável", disse o presidente da Abeifa, José Luiz Gandini.
Se o governo federal não tomar nenhuma medida para socorrer as empresas importadoras de veículos, cerca de 100 concessionárias deverão ser fechadas no ano que vem, resultando na demissão de 4 mil funcionários, estimou Gandini. "E parece que 2017 vai ser ainda pior", disse.
As importadoras contam atualmente com uma rede de 450 lojas, um pouco acima da metade do auge alcançado em 2011, quando havia 850 revendas espalhadas pelo Brasil. Naquele ano, o número de funcionários nas lojas era de 35 mil e hoje é de 13,5 mil.
As vendas tiveram um tombo ainda maior, saindo de 199 mil unidades há cinco anos para 35,5 mil em 2016, na previsão da Abeifa. Para 2017, a expectativa é de nova queda, para 25 mil unidades, 12,5% do total vendido em 2011.
O pedido da Abeifa é que aconteça uma redistribuição das cotas anuais de importação com desconto no IPI. Pelas regras atuais, as marcas que importam veículos no Brasil pagam 35% de alíquota de importação e mais um acréscimo de 30 pontos porcentuais na alíquota do IPI, que varia de acordo com o modelo. No entanto, cada marca tem uma cota anual que pode importar de veículos sem o acréscimo de 30 pontos no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Kia fecha 75 lojas nos últimos cinco anos

Maior importadora de veículos no Brasil, a montadora sul-coreana Kia Motors fechou 75 concessionárias nos últimos cinco anos, informou nesta terça-feira o presidente da empresa no País, José Luiz Gandini. A rede de revendas, que era de 180 unidades em 2011, caiu para 105. Só em 2016, foram 20 a menos.
A Kia, que não tem fábrica no Brasil, deve terminar o ano com a venda de 10,5 mil veículos importados, na previsão de Gandini. Para o ano que vem, a expectativa é de uma redução de 35% no volume, para 6,8 mil unidades, que representa a soma das 4,8 mil unidades a que a empresa tem direito de importar com desconto no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) mais 2 mil caminhões que são fabricados no Uruguai e, por isso, não são taxados. "Em 2017, teremos saudade de 2016", afirmou Gandini.

Produção de motos cai 1,7% e acumula queda de 29,5%

Na contramão, vendas efetuadas nas concessionárias subiram 10,5%

Na contramão, vendas efetuadas nas concessionárias subiram 10,5%


HONDA/DIVULGAÇÃO/JC
A produção de motos no Brasil caiu 1,7% em novembro ante outubro, para 70.320 unidades, conforme informou ontem a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo). Na comparação com novembro do ano passado, a queda é de 6,2%.
Com os resultados, o segmento acumula, de janeiro a novembro, a produção de 854.839 motocicletas, retração de 29,5% em relação a volume alcançado em igual intervalo de 2015. A expectativa da Abraciclo é que o ano termine com a fabricação de 890 mil unidades, o que representa recuo de 29% ante o número de 1,26 milhão de motocicletas produzidas no ano passado.
"A produção de motocicletas em 2016 voltou a níveis do ano de 2002, demandando ajustes na estrutura de toda a cadeia produtiva, fornecedores, fabricantes e concessionárias", disse o presidente da associação, Marcos Fermanian. Para o próximo ano, a previsão da Abraciclo é de que a produção suba 2,2% em relação a este ano, para 910 mil unidades.
Apesar da queda na produção no mês de novembro ante outubro, as vendas nas concessionárias subiram 10,5% nesta comparação, com 69.122 emplacamentos registrados, segundo a associação. A melhora, no entanto, não foi suficiente para reverter a baixa de 26,7% que se acumula nas vendas de janeiro a novembro, para 1,116 milhão de unidades.