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consumo

- Publicada em 13 de Dezembro de 2016 às 17:21

Varejo encolhe 0,8%, pior taxa para outubro desde 2008, segundo pesquisa do IBGE

Puxada por uma queda no desempenho de hiper e supermercados, as vendas no varejo recuaram 0,8% de setembro para outubro, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada ontem pelo IBGE. Foi a quarta contração mensal seguida e o pior desempenho para o mês desde 2008 (-1%). Frente ao mesmo mês de 2015, o recuo foi muito mais intenso, de 8,2% - a 19ª taxa negativa consecutiva nessa comparação e a pior desde maio (9%). No ano, o volume de vendas encolheu 6,7%. Em 12 meses, a retração chega a 6,8%, a maior desde 2001.
Puxada por uma queda no desempenho de hiper e supermercados, as vendas no varejo recuaram 0,8% de setembro para outubro, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada ontem pelo IBGE. Foi a quarta contração mensal seguida e o pior desempenho para o mês desde 2008 (-1%). Frente ao mesmo mês de 2015, o recuo foi muito mais intenso, de 8,2% - a 19ª taxa negativa consecutiva nessa comparação e a pior desde maio (9%). No ano, o volume de vendas encolheu 6,7%. Em 12 meses, a retração chega a 6,8%, a maior desde 2001.
"O resultado de outubro amplia o ritmo de queda do setor", avalia a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes. Combustíveis também puxaram o resultado de outubro para baixo, mostrando a dificuldade de recuperação econômica mesmo diante dos sinais de descompressão da inflação. Para Isabella, esse contexto mostra o peso da inflação e da queda do poder de compra das famílias.
"O segmento de alimentos é muito emblemático porque reflete a condição de vida das famílias. Tem um peso muito grande, pois a maior parcela do consumo das famílias é destinado a esse segmento. Então, se a atividade não vai bem, é porque as famílias estão tendo de cortar até itens de primeira necessidade. O que tem relação direta com a evolução da renda real e das pressões inflacionárias", diz Isabella.
O setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo caiu -0,6% na passagem do mês e 6,5% frente a outubro de 2015, 21ª taxa negativa seguida e a mais intensa desde junho de 2003.
O varejo ampliado (atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção), encolheu 0,3% em relação a setembro e tombou 10% sobre outubro de 2015. No ano, a queda acumulada é de 9,3% e, em 12 meses, de 9,8%. Já a receita nominal de vendas do varejo recuou 0,5% frente a setembro, acumulando alta de 4,8% no ano e de 4,3% em 12 meses. Frente a outubro de 2015, o avanço na receita foi de 1,9%. No ampliado, a receita ficou no negativo em todas as comparações: caiu 0,5% ante setembro; 2,7% frente a outubro de 2015; 0,8% no acumulado do ano; e 1,4% nos últimos 12 meses.
O varejo vem mostrando dificuldades durante todo o ano em meio ao cenário de inflação e juros elevados. Segundo Carlos Thadeu de Freitas, economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), o setor deve ter seu pior ano desde o início da série histórica da pesquisa, que é de 2003. O recuo, neste ano, deve ficar entre 6% e 6,5%, frente aos -4,3% registrados em 2015.
"Ainda não chegamos ao fundo do poço e vamos começar o ano que vem muito fracos. Só é possível enxergar alguma melhora a partir do segundo trimestre do ano, quando a atividade econômica deve começar a melhorar, com a queda dos juros já fazendo efeito para o consumidor e a inflação esteja mais baixa", avalia Freitas, que espera um resultado positivo do setor em 2017.
 

Vendas de materiais de construção caem 14,5% em novembro

O faturamento deflacionado da indústria de materiais de construção no País em novembro caiu 8,6% na comparação com outubro e diminuiu 14,5% em relação ao mesmo mês de 2015. No acumulado do ano, o setor teve retração de 12,4%, de acordo com pesquisa divulgada ontem pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat).
Segundo o presidente da Abramat, Walter Cover, a recessão econômica e seus efeitos sobre emprego, renda e crédito continuam a impactar negativamente a indústria.
"Enquanto não houver uma política contundente de crédito viável, juros acessíveis, um programa de recomposição, um grande acordo de compromissos mútuos entre governo e empresas, a situação do mercado de materiais tende a permanecer negativa em 2017", avalia, em nota distribuída à imprensa.
A Abramat ressalta que, nos últimos três anos, a queda das vendas da indústria de materiais alcançou 33%, e as projeções apontam para mais quedas nos próximos meses.
Já o nível de emprego na indústria em novembro apresentou queda de 6,3% frente ao mesmo período do ano passado. No acumulado do ano a redução foi de 8,9%.