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Consumo

- Publicada em 09 de Dezembro de 2016 às 17:13

Comércio gaúcho prevê faturar R$ 6,1 bilhões

Roupas representam 68,5% da intenção de compra no período

Roupas representam 68,5% da intenção de compra no período


GABRIELA DI BELLA/ARQUIVO/JC
Os gaúchos devem destinar R$ 6,1 bilhões para a compra dos presentes de Natal, o que equivale a 3,4% nominal acima do registrado no mesmo período em 2015. A previsão é da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), estimando que 93,3% dos consumidores comprarão presentes de Natal, sendo que 37% presentearão seis ou mais pessoas para um tíquete médio variando entre R$ 50,00 a R$ 80,00 por lembrança.
Os gaúchos devem destinar R$ 6,1 bilhões para a compra dos presentes de Natal, o que equivale a 3,4% nominal acima do registrado no mesmo período em 2015. A previsão é da Associação Gaúcha para Desenvolvimento do Varejo (AGV), estimando que 93,3% dos consumidores comprarão presentes de Natal, sendo que 37% presentearão seis ou mais pessoas para um tíquete médio variando entre R$ 50,00 a R$ 80,00 por lembrança.
Conforme o presidente da entidade, Vilson Noer as pessoas não deixarão de dar presentes, pois é uma data que está acima de problemas econômicos. "O que mudou do ano passado para cá é que os presentes serão de menor valor", explica.
Entre os produtos preferidos estão roupas (68,5%), brinquedos (56,2%), calçados e bolsas (24,7%), perfumes e cosméticos (21,9%) e livros (13,7%). Na lista de quem os gaúchos presentearão estão os pais (66,7%), os filhos (as) (56,9%); marido/esposa (56,9%) e sobrinhos/afilhados (50%). O tão famoso "amigo secreto ou amigo oculto" também já tem uma verba destinada para os gaúchos. Dos entrevistados, 42,3% gasta entre R$ 20,00 e R$ 30,00 com a brincadeira, 22,5% de R$ 40,00 a R$ 50,00 e 18,3%, R$ 50,00.
O levantamento feito pela AGV também aponta que 40,8% realizará suas compras na primeira quinzena de dezembro, enquanto 38% deixará para comprar na segunda quinzena. Para 43,8% dos entrevistados, o pagamento dos presentes será à vista, 32,9% parcelarão suas compras no cartão de crédito; 30,1% usará o crédito em uma parcela e, 16,4%, farão carnês em lojas. O comércio de rua será procurado por 87,1% dos gaúchos, principalmente em cidades do interior do Estado.
Como o Natal sempre está diretamente relacionado com solidariedade, quando perguntados se realizam ações para entidades e/ou pessoas e doações, 50% dos participantes da pesquisa afirmaram que sempre realizam uma ação de fim de ano e para 25% esse será o primeiro ano que farão algo nesse sentido.
Em Porto Alegre, um mesmo consumidor deve comprar, em média, cinco presentes no Natal de 2016. É o que revela a pesquisa de intenção de compra encomendada pela CDL POA e o Sindilojas Porto Alegre. E mais do que isso, 16% dos entrevistados devem comprar 10 ou mais presentes. A faixa etária predominante destes consumidores é entre 35 e 50 anos (39% da amostra) e acima de 50 anos (29%), sendo a grande maioria das classes A e B, representando 30 e 33% da amostra respectivamente. Além disso, 67% destes clientes devem gastar em torno de R$ 401,00 nas compras de Natal.
 

Inflação oficial do País fica em 0,18%, menor taxa para o mês de novembro desde 1998

A inflação oficial do País, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), desacelerou em novembro a 0,18% frente ao 0,26% de outubro. A taxa é a menor para o mês desde 1998. Nos 12 últimos meses, a inflação ficou em 6,99%, o menor resultado nesse tipo de comparação desde dezembro de 2014, quando ficou em 6,41%. No acumulado do ano, o resultado é de 5,97%.
Os preços de alimentos caíram 0,20% em novembro, aprofundando a deflação que já tinha sido registrada em outubro (0,05%). Foi o grupo que mais pressionou o índice para baixo no mês, com impacto de -0,05 ponto percentual. O grupo de artigos de residência também registrou deflação, de 0,16%, repetindo o movimento do mês anterior (-0,13%).
O leite longa vida caiu 7,03% e foi a maior contribuição para baixo, com impacto de 0,08 ponto percentual. Por outro lado, o preço do etanol subiu 4,71% e foi a maior pressão de alta para a inflação, com impacto de 0,04 ponto percentual.
"A taxa praticamente despencou para 0,18% em novembro e ficou em 6,99% em 12 meses, após ter iniciado o ano em quase 11%. Tem um efeito da recessão, as pessoas de fato não estão comprando. A gente vê em vestuário, alimentação, passagens aéreas. Dessa vez em vários itens podemos ver um efeito demanda que fez com que a taxa ficasse contida", afirmou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes.
Os preços de alimentos consumidos em casa mantiveram a deflação, com queda de 0,47% em novembro, após 0,45% em outubro. O maior recuo de preços ocorreu no feijão, de 17,52%. Ainda assim, no entanto, o grão acumula alta de 69,77% no ano e de 81,69% no resultado acumulado em 12 meses. Também registraram deflação itens como tomate (15,15%), batata-inglesa (8,28%), açaí (-3,32%) e feijão fradinho (-3,24%).
Já a alimentação fora de casa desacelerou a alta de preços de 0,75% em outubro para 0,33% em novembro, sob influência de refeição fora de casa, que foi de 0,77% para 0,19%.
O grupo saúde e cuidados pessoais subiu 0,57%, com impacto de 0,07 ponto percentual. Ou seja, respondeu por quase metade da alta de 0,18% da inflação de novembro. A maior alta foi de plano de saúde, que apenas em novembro subiu 1,07%.
O grupo de transportes subiu 0,28% em novembro, o que representa desaceleração frente à alta de 0,75% de outubro. A gasolina registrou deflação de 0,43%, mesmo com a alta de 4,71% do etanol - que responde por 27% de sua composição. O movimento reflete, segundo o IBGE, a redução de 3,2% dos preços de gasolina nas refinarias fixada pela Petrobras em 15 de outubro, além da redução de 3,1% que passou a valor em 8 de novembro.

Custo em Porto Alegre foi puxado pelos transportes

O índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou em novembro 0,37% para a capital gaúcha e 0,18% para o Brasil, segundo dados divulgados na sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este é o menor índice para os meses de novembro desde 1998, quando apresentou queda de 0,12%.
Na avaliação do economista da CDL Porto Alegre Victor Sant'Ana, uma das explicações para a diferença entre os dados local e nacional é o item "alimentação", que ficou em -0,20% em nível nacional e 0,12% em Porto Alegre. Para o economista, "este índice de inflação abaixo do esperado pelo mercado mostra uma tendência ainda mais clara de retorno do índice à meta. Espera-se que nos próximos dois meses o índice fique abaixo de 6,5%, que é o teto da meta de inflação".
Em Porto Alegre, o que mais puxou o IPCA para cima no mês foram os transportes, que tiveram alta de 0,69%. Nacionalmente, o que elevou o IPCA foram os preços de saúde e cuidados pessoais, que cresceram 0,57% no mês. Enquanto alimentação no domicílio foi a principal responsável pela queda no indicador nacional (com variação de -0,47%), o que contribuiu para a queda no âmbito gaúcho foi a alimentação fora do domicílio (-0,17%).