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Agronegócios

- Publicada em 08 de Dezembro de 2016 às 17:48

Estado deve ter recuo de 4,6% na safra de grãos

Maior previsão de crescimento é do arroz, com elevação de 12,2%

Maior previsão de crescimento é do arroz, com elevação de 12,2%


VALMIR MENEZES/DIVULGAÇÃO/JC
A produção total das culturas de verão na safra 2016/2017 deve ter diminuição de 4,6% em relação ao ano passado, com 28,22 milhões de toneladas. Os principais influenciadores são o milho e a soja, que terão decréscimos de 14,9% e 8,5%, respectivamente, em sua produção. A estimativa é apontada no terceiro levantamento do ano da Companhia Nacional de Grãos (Conab), que divulgou as estimativas de área, produtividade e produção nesta quinta-feira. 
A produção total das culturas de verão na safra 2016/2017 deve ter diminuição de 4,6% em relação ao ano passado, com 28,22 milhões de toneladas. Os principais influenciadores são o milho e a soja, que terão decréscimos de 14,9% e 8,5%, respectivamente, em sua produção. A estimativa é apontada no terceiro levantamento do ano da Companhia Nacional de Grãos (Conab), que divulgou as estimativas de área, produtividade e produção nesta quinta-feira. 
No caso do milho, que teve a maior queda, a área de plantio diminuiu em 2,2% e a produtividade também terá queda. Enquanto em 2015/2016 foram colhidos 7,16 mil quilos por hectare, nesta safra o número projetado é de 6,2 mil quilos, decréscimo de 13%. "Esta expetativa se formulou levando em consideração as projeções climáticas. Os pontos de chuva neste ano não estão regulares", explica o superintendente regional da Conab, Carlos Roberto Bestétti, que avalia a produtividade do ano anterior como "excelente".
A soja, principal cultura do Estado, também deve ser afetada pelo clima. Enquanto na safra passada foram registrados 2,9 mil quilos por hectare, a estimativa agora é de 2,7 mil - uma redução de 9,1%. Bestétti comenta que este ano o grão foi semeado em período recorde de duas semanas, mas existem implicações climáticas. "No período crítico do grão, em fevereiro, os prognósticos indicam chuvas bem abaixo da média. Isso prejudica."
A cultura que tem maior estimativa de crescimento percentual é o arroz, com alta de 12,2% na produção, totalizando 8,25 milhões de toneladas, crescimento puxado pela maior produtividade. Enquanto no ano passado o total colhido por hectare foi de 6,8 mil quilos, para esta safra a expectativa é de 7,5 mil quilos, aumento de quase 10%. A área de plantio também expandiu em relação a 2015, em 2,3%.
Quando levadas em consideração as culturas de inverno a estimativa de redução na produção cai para 4,1%, chegando o total a 31,64 milhões de toneladas, graças ao aumento na produtividade do trigo. No ano passado, o grão teve rendimento muito abaixo da média, com 1,7 mil quilos por hectare. Para esta safra, a expectativa é de aumento de 87,2%, fechando a produtividade em 3,18 quilos por hectare. Com isso, a produção também deve crescer 68,8%, mesmo com a diminuição da área de plantio em quase 10%.
Em relação à safra de grãos nacional, a Conab informou que o ciclo 2016/2017 deve atingir 213,1 milhões de toneladas, crescimento de 14,2% ante à safra 2015/2016. A área total plantada no País também será ampliada e pode alcançar 59,2 milhões de hectares, um crescimento de 1,4%. De acordo com a Conab, a safra nacional 2016/2017, em fase de plantio, pode injetar na economia brasileira o equivalente a
R$ 194 bilhões.

Produção 2016/2017 pode injetar R$ 194 bi na economia

A safra de grãos 2016/2017, em fase de plantio, pode injetar na economia o equivalente a
R$ 194 bilhões. A estimativa foi divulgada pelo superintendente de Informações do Agronegócio da Conab, Aroldo Antônio de Oliveira Neto, durante apresentação do 3º Levantamento da Safra, em Brasília.
Segundo ele, o número levou em conta as principais culturas do País: arroz, feijão, milho e soja. "Pegamos os preços atuais, fizemos uma projeção e chegamos a R$ 194 bilhões a serem injetados na economia", comentou Oliveira Neto. "Parte destes recursos ficam no mercado local, o que movimenta a economia, faz com que haja empregos. E isso ocorre em toda a cadeia, não só na do agronegócio", disse.
Na safra anterior, conforme cálculos da Conab, foram injetados R$ 158 bilhões, também considerando as principais culturas. Na prática, isso significa que haverá um acréscimo de
R$ 36 bilhões na economia na safra atual. "O crescimento da produção está aumentando também os valores da cadeia do agronegócio", destacou o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Néri Geller.
A Conab informou no levantamento que a safra de grãos 2016/2017 deve atingir 213,1 milhões de toneladas. A estimativa representa um crescimento de 14,2%, ou 26,5 milhões de toneladas, em relação à safra anterior 2015/2016. A área total plantada também será ampliada e pode alcançar 59,2 milhões de hectares, um crescimento de 1,4%, ou 827 mil hectares.
O superintendente de Informações do Agronegócio da Conab afirmou também que o clima ajuda na recuperação da produtividade na safra 2016/2017, ao contrário do que ocorreu no período anterior. Ao mesmo tempo, Oliveira Neto afirmou que o principal fator para a elevação da produtividade é o aumento da área plantada.
"A soja é o carro-chefe do aumento da área nesta safra. Dois por cento de aumento na área de soja, como é previsto, equivalente a uma quantidade muito grande de produção desta leguminosa", disse. Oliveira Neto destacou, ainda, a produtividade do trigo, que cresce há dois anos, e citou que o aumento de área também ocorre nas culturas de feijão e milho.