O dólar fechou em leve alta frente ao real nesta sexta-feira (2), diante de cautela antes de um fim de semana de protestos pelo País. Os riscos políticos continuaram a alimentar a apreensão nas mesas de operação, trazendo volatilidade acentuada no começo do dia.
No mercado à vista, o dólar negociado no balcão fechou em alta de 0,14%, aos R$ 3,4718, com volume de negócios de US$ 1,130 bilhão. Na semana, houve elevação de 1,89%. Hoje teve máxima em R$ 3,4912 (+0,70%) e mínima, no começo da tarde, de R$ 3,4455 (-0,62%).
Já no segmento futuro, o avanço no contrato para janeiro foi de 0,21%, aos R$ 3,5060, com giro de US$ 16,866 bilhões nesta sexta-feira. Na máxima, o ativo tocou R$ 3,5225 (+0,69%), enquanto a mínima foi de R$ 3,4750 (-0,67%)
Cabe ressaltar, entretanto, que durante grande parte do período vespertino o dólar operou em baixa com ajuda da atuação do Banco Central no câmbio e pela perspectiva de que o ciclo de aperto monetário nos Estados Unidos pode não ser tão agressivo.
Hoje, o Banco Central iniciou a rolagem dos contratos de swap cambial que venceriam em janeiro. A autoridade monetária vendeu 15 mil contratos (US$ 750 milhões), de um total de 99.995 contratos (US$ 4,999 bilhões). Para os próximos dias, a expectativa é que o BC continue a anunciar ofertas diárias iguais ou próximas dos 15 mil contratos.
Já no exterior, o relatório de empregos dos EUA trouxe resultados não tão positivos. O enfraquecimento nos salários, principalmente, foi lido como sinal de menor pressão inflacionária no futuro, atenuando expectativa de um ciclo muito acentuado de aperto monetário pelo Federal Reserve.