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Repórter Brasília

- Publicada em 06 de Dezembro de 2016 às 22:31

Afastamento de Renan

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), surpreendeu, mas nem tanto. Como havia acontecido com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Renan foi afastado porque há uma maioria no STF que entende que réus não podem ocupar a linha sucessória da presidência da República. Até aí, extraordinário, mas não fora da realidade. Como Eduardo Cunha, Renan fugiu da intimação, e o Senado recorreu da decisão liminar. Mas o que surpreendeu foi a decisão da Mesa Diretora de não cumprir a decisão do Supremo. Renan acredita que tem respaldo jurídico para não assinar a notificação. É uma estratégia para ganhar tempo. Renan continua na presidência do Senado, enquanto a crise, que virou institucional de vez, vai se aprofundando. A sessão foi cancelada, e Renan espera um tempinho para que a decisão seja deliberada pelos outros ministros.
A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de afastar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), surpreendeu, mas nem tanto. Como havia acontecido com o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Renan foi afastado porque há uma maioria no STF que entende que réus não podem ocupar a linha sucessória da presidência da República. Até aí, extraordinário, mas não fora da realidade. Como Eduardo Cunha, Renan fugiu da intimação, e o Senado recorreu da decisão liminar. Mas o que surpreendeu foi a decisão da Mesa Diretora de não cumprir a decisão do Supremo. Renan acredita que tem respaldo jurídico para não assinar a notificação. É uma estratégia para ganhar tempo. Renan continua na presidência do Senado, enquanto a crise, que virou institucional de vez, vai se aprofundando. A sessão foi cancelada, e Renan espera um tempinho para que a decisão seja deliberada pelos outros ministros.
Crise profunda
A sessão foi cancelada para esperar o desenrolar da crise. O STF só deve decidir o destino de Renan nesta quarta-feira. Enquanto isso, o oficial de Justiça espera. Só que o jogo de gato e rato entre Renan e o STF é prenúncio de uma crise infinitamente mais grave. O senador Paulo Paim (PT-RS) andava tenso. O motivo é uma profecia feita por ele antes do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT). "Há muito tempo, venho alertando que o País passa por uma profunda crise política, econômica e social, e que a saída seriam as Diretas Já. A impressão que tenho agora é que o País se tornou um vulcão a explodir. O momento é gravíssimo. Não sei como esta crise poderá acabar", disse.
Agir com bom senso
A senadora gaúcha Ana Amélia (PP) disse que a situação de Renan é "insustentável" e afirmou esperar que o STF resolva rapidamente a crise. O senador Lasier Martins (PDT) citou o constrangimento de ter um réu na presidência do Senado. "A medida alivia os senadores de constrangimentos", disse sobre a decisão do STF.
Poder do Senado
O deputado federal gaúcho Darcísio Perondi (PMDB) criticou a atitude do ministro do STF Marco Aurélio Mello, que determinou o afastamento de Renan. "Não vou discutir o mérito das questões do senador Renan Calheiros, mas foi uma nova intervenção no Parlamento. O poder influenciou e foi uma decisão monocrática. Em segundo lugar, o ministro não teve a visão do contexto nacional. Nós estamos fazendo um grande esforço para ajustar a economia, e ele afasta o presidente do Senado, o que pode colocar em perigo a votação da PEC do Teto de Gastos. Eu tenho confiança no poder do Senado", disse.
 
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