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- Publicada em 08 de Dezembro de 2016 às 23:00

Romances brasileiros essenciais em destaque

Trinta Romances Brasileiros (BesouroBox, 576 páginas), do consagrado jornalista, economista e professor aposentado de Literatura Brasileira da Ufrgs J.H. Dacanal apresenta, a partir de uma perspectiva histórico-social e literária, títulos fundamentais da narrativa brasileira dos séculos XIX e XX.
Trinta Romances Brasileiros (BesouroBox, 576 páginas), do consagrado jornalista, economista e professor aposentado de Literatura Brasileira da Ufrgs J.H. Dacanal apresenta, a partir de uma perspectiva histórico-social e literária, títulos fundamentais da narrativa brasileira dos séculos XIX e XX.
Dacanal, formado em Letras Clássicas e em Ciências Econômicas, é jornalista e professor desde 1965. Em mais de meio século, produziu centenas de artigos e ensaios e publicou cerca de três dezenas de obras, entre as quais se destacam os clássicos Para ler o Ocidente, Jesus e as origens do Ocidente, Riobaldo e eu, Marx enganou Jesus e ... Lula enganou os dois. Dacanal também é autor do Manual de pontuação e, por seus amplos conhecimentos de literatura, história, economia e cultura do ocidente, tem sido apontado como um dos intelectuais mais destacados de sua geração.
O livro Trinta Romances Brasileiros trata das seguintes obras: A moreninha; Iracema; Senhora; Lucíola; O garimpeiro; O seminarista; Quincas Borba; Dom Casmurro; O alienista; O cortiço; O ateneu; A normalista; Bom-Crioulo; Luzia-Homem; Dona Guidinha do Poço; Triste fim de Policarpo Quaresma; Macunaíma; Amar, verbo intransitivo; Memórias sentimentais de João Miramar; São Bernardo; Vidas secas; Capitães da areia; Terras do sem fim; Fogo morto; Os ratos; Estrada nova; O Continente; Grande sertão: Veredas; O Coronel e o Lobisomem e Sargento Getúlio.
Os títulos, por si só, demonstram o amplo painel coberto pelas 30 obras essenciais de nossa literatura que o professor Dacanal analisou. Ao mesmo tempo, com toques didáticos e com profundidade, o autor apresenta o contexto histórico dos romances, o resumo das narrativas, o perfil psicológico dos personagens principais, comentários críticos e sugestões para debates e trabalhos em sala de aula.
Muito embora a obra, em princípio, se destine mais especialmente a estudantes e professores dos ensinos Médio e Superior, ela também interessa a todos os leitores que buscam a análise dos clássicos de nossa literatura e, sem dúvida, proporciona uma visão de conjunto do romance no Brasil. Desde o Romantismo, com A Moreninha, até a nova narrativa épica, com Grande Sertão: Veredas e Sargento Getúlio, passando por clássicos do romance de 30, como O Continente, o trabalho de fôlego de Dacanal nasce referencial.
Na página inicial do livro, em mensagem ao leitor, Dacanal informa que a obra deve ser vista como um guia de leitura e que foi produzida ao longo de 30 anos de magistério, a partir de injunções burocráticas e pedagógicas. Não houve adoção de critério de valor ou aplicação de normas impositivas. Dacanal espera contribuir para a análise e a compreensão dos romances, e isso certamente acontecerá.

lançamentos

  • Holocausto - Das origens do povo judeu ao genocídio nazista (AGE Editora, 96 páginas), do professor, escritor e palestrante Voltaire Schilling, fala das origens milenares judaicas, de judeus e cristãos na Idade Média, do Iluminismo e Revolução de 1789, do holocausto e das origens do moderno antissemitismo.
  • Mulheres negras e o SUS (Maria Mulher - Organização de Mulheres Negras, 100 páginas), obra coordenada por Sandra Maciel, apresenta textos da coordenadora e outras autoras sobre mulheres negras, determinantes sociais e SUS. As mulheres negras brasileiras lutam pela manutenção e ampliação dos serviços de saúde.
  • Guaíba - A cidade do sol nascente (Libretos, 200 páginas), com textos de Rafael Guimaraens, curadoria de Valmir Michelon e fotografia de Guaíba Foto Clube, comemora os 90 anos da emancipação de Guaíba, cidade que preserva a história e conserva a riqueza de seu meio ambiente.

Viagem ao Rio de Janeiro

Com velhos meninos amigos de infância, chego no Santos Dumont e, depois de alguns passos, já estamos no interior do moderno Veículo Leve Sobre Trilhos, o VLT, com destino a um hotel no Centro, na rua Senador Dantas, perto da Cinelândia e do Passeio. Edifícios modernos, jardins, praças, edifícios centenários e lembranças novas e velhas, tudo misturado, vão surgindo. Antigos aviões, antigas viagens com pai e mãe, anos 1950, 1960, anos dourados, depois chumbados...
Mala no hotel, caminhada até o restaurante Cosmopolita, na Lapa, para traçar o Filé à Oswaldo Aranha, criado pelo próprio. Centro, Porto, Lapa - o que até pouco tempo era uma área degradada agora se tornou um dos passeios mais agradáveis do Rio. Depois do almoço, exercício leve na Escadaria Selarón, passeio na Cinelândia, Biblioteca Nacional, Theatro Municipal, Real Gabinete Português de Leitura, entre outras obras de restauração, que mostram a cara nova do velho Centro.
Na área portuária o Museu do Amanhã, obra do arquiteto espanhol Santiago Calatrava, lembra um dragão branco ou um gigantesco esqueleto de peixe. Em 34 mil metros de área, o visitante irá refletir sobre o futuro a partir do que a gente andou fazendo com o meio ambiente. Quem somos, de onde viemos, onde estamos, para onde vamos, como queremos ir e outras perguntinhas estão no segundo andar, com inspirações para respostas. Mas, no Museu do Amanhã, está dito que não há respostas definitivas, que o mistério global e humano é infinito. Tipo assim física quântica... tudo a ver com tudo, relações variadas entre os seres, a terra, as galáxias e os mundos conhecidos e desconhecidos. Vá fundo ou fique na superfície, como queira, você decide, ou deixe que o acaso decida por você.
No Teatro Riachuelo, completamente remodelado na rua do Passeio, assisto ao musical Divas, com Luiza Possi e grande elenco. Canto, dança, texto, gosto de Broadway. O velho teatro foi reaberto, e hoje é o mais bem equipado do Brasil, mais uma das tantas notícias boas do Centro.
No Centro, ali perto do prédio da Petrobras - pequeno em relação ao rombo -, dá para pegar o simpático bondinho repaginado, que vai até o topo de Santa Teresa. Vista imperdível. Imperdível visita ao Museu Chácara do Céu e Centro Cultural Parque das Ruínas. Comida e bebida no Bar do Mineiro, no Aprazível, Cafecito e muitos outros. Artesanato, casario, ladeiras, ritmo lento tipo Bahia do século XIX... Santa Teresa não tem a mínima pressa.
Na Lapa de noite, os bares, os chopes, os sambas, os outros ritmos, as baladas, os petiscos, as comidas de boteco. Rio Scenarium, Carioca da Gema, Clube dos Democráticos, Circo Voador e dezenas de outros. Para os que estão com grana curta, comida de rua ali nos Arcos, onde estão dezenas de barracas, quiosques e assemelhados, na maior democracia popular gastronômica.

a propósito...

Como em todas as grandes cidades, no Centro do Rio, Lapa e adjacências, há mendigos, meliantes, drogados e outras pessoas que nos colocam em estado de alerta. Normal, infelizmente, normal. É ter cuidado, como em quase todos os lugares do planeta. Não é por isso que vamos deixar de visitar a praça XV, a praça Mauá, a Lapa e a zona portuária, que agora, ocupadas, reformadas e revitalizadas, convidam para curtir nossos museus do passado, presente e futuro. A Confeitaria Colombo, o Bar Luiz, a Casa do Choro e dezenas de outros locais lendários pedem visitas neste centro de roupa nova e banho tomado. Apareça!