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- Publicada em 28 de Dezembro de 2016 às 21:30

Natal: encontro e desejo de paz

A festa solene do Natal do Senhor cria um ar que nos envolve na busca da paz. O nascimento de Jesus, o Cristo, em Belém, nos remete a dois aspectos ou valores que todo ser humano almeja, consciente ou inconscientemente: o encontro e a paz! 
A festa solene do Natal do Senhor cria um ar que nos envolve na busca da paz. O nascimento de Jesus, o Cristo, em Belém, nos remete a dois aspectos ou valores que todo ser humano almeja, consciente ou inconscientemente: o encontro e a paz! 
A narrativa bíblica de Belém fala do encontro. Deus se encontra com a humanidade. Os pastores, os anjos, os animais, a natureza, os reis magos se encontram com José e Maria diante do Deus feito menino. A criação se encontra com seu criador-salvador. Ao aproximar-se o Natal, acende-se o desejo de encontrar ou reencontrar os entes amados. As comunidades se encontram para a celebração. As famílias preparam a ceia para se encontrar. Ao menos por um momento, procura-se esquecer as separações, desavenças e mágoas que ferem para uma trégua. Celebrar o Natal. Entra-se como num véu de paz ou de desejo dela. Nem que seja por uma noite, por um dia, os corações dizem: "É natal! Estamos juntos. Por hoje, por esta noite, vivamos alegria e paz. Comemoremos! Feliz Natal!".
O encontro dos pastores e dos reis leva à contemplação. Contemplar a criança. Quem não fica extasiado diante de um bebê? A humanidade terá perdido o senso de contemplação? Talvez! Porque ela só pode entrar pelo gesto de silêncio humilde que vê, reverencia e escuta. Os pastores foram capazes de escutar. Os reis magos escutaram e seguiram. Então puderam encontrar o que buscavam. Ou seja, o encontro já era desejo. No encontro com o Deus-Menino encontram a paz. Encontrar-se em família. Desejar-se a paz.
A avidez do consumo, a ida frenética às compras, a corrida cansativa do dia a dia nos distraem ou tentam sublimar o desejo incontido do qual todo o ser humano é tecido: a paz! Dentro de cada homem, de cada mulher há essa aspiração. Nem mesmo as violências que marcam nossas cidades e nossos bairros nos tiram o direito de desejá-la. A paz nos vem pela candura e inocência de uma criança. A voz de Deus nos vem pelas coisas mais simples. Nós é que complicamos os caminhos da paz.
Os fundamentalismos e extremismos não fazem parte da lógica do Natal. Esta é festa da alegria e da luz para todos os povos. Toda a humanidade é de Deus e o Menino-Deus é de toda a humanidade, pois, ao se fazer criança, quis desramar todas separações e exclusões. Ele assumiu os seres humanos por inteiro. A paz nasceu em Belém. Estava fora dos planos humanos, mas dentro do olhar de Deus. O pequeno se faz grande, e o periférico se torna centro porque Deus escolhe o ser humano, não sua posição ou seu status de lugar. E nós sabemos: todo ser humano, com seus dons e defeitos, contém em si o desejo do bem e da paz.
Vivemos um momento de trevas, e nosso Brasil passa por dias conturbados. Além de todas as divergências e antagonismos, há dentro do povo brasileiro o desejo sincero de dias melhores, dias com mais paz. E ela será fruto da justiça. Na festa do Natal só cabe alegria. Sim! Ao menos por um dia, por um tempo podemos nos alegrar e celebrar algo que dentro de nós palpita como desejo eterno. Todo esforço, toda organização social deve apontar para lá. Em meio às trevas que nos rondam, o Natal é sonhar a paz. E Deus quis, em Jesus, o Deus-Menino, sonhar conosco. Quem, em atitude de contemplação, buscar o encontro como a criança do Natal, vai encontrar a paz.
 
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