Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Política

- Publicada em 28 de Novembro de 2016 às 17:59

Bancada do PT pede renúncia de Michel Temer

Sem fechar acordo sobre um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer, a bancada do PT começou a adotar um discurso em torno da renúncia do peemedebista nesta segunda-feira. Vai apostar nessa retórica, pelo menos enquanto a situação política no Congresso se mantiver favorável ao governo. 
Sem fechar acordo sobre um pedido de impeachment contra o presidente Michel Temer, a bancada do PT começou a adotar um discurso em torno da renúncia do peemedebista nesta segunda-feira. Vai apostar nessa retórica, pelo menos enquanto a situação política no Congresso se mantiver favorável ao governo. 
"O melhor seria que esse presidente tivesse a grandeza moral e política de renunciar agora", afirmou em discurso no plenário o líder do PT na Casa, Humberto Costa (PE).
O petista justificou que, ao renunciar, Temer permitiria que "o povo brasileiro pudesse exercer o direito de soberanamente escolher um mandatário para exercer a Presidência da República".
Até 1 de janeiro de 2017, dois anos após a posse da chapa Dilma-Temer, a vacância do cargo de Presidência obriga a realização de novas eleições diretas. Com a saída de Dilma, caso Temer se encontre impedido de estar no cargo até essa data, o povo deve voltar às urnas.
Após esse período, as eleições passam a ser indiretas. Ou seja, o novo presidente da República é escolhido pelo Congresso, segundo determina a Constituição Federal.
"Os que deram o golpe agora querem dar o golpe dentro do golpe. Querem derrubá-lo no ano que vem para elegerem indiretamente neste Congresso... Este Congresso, que está querendo anistiar o caixa-2, é que vai eleger o presidente da República", afirmou Costa.
Esse discurso será repetido em discursos e entrevistas, como fizeram os opositores de Dilma desde o início do desgaste de seu governo, ainda no primeiro mandato. A avaliação da bancada petista é que, ainda que a crise política que chegou ao gabinete presidencial se agrave, só a renúncia de Temer garantiria eleições diretas.
"Michel Temer não tem condições de governar. Talvez, para se recolocar no cenário ou tirar o apequenamento que fez da Presidência da República, poderia ter a grandeza de renunciar e convocar eleições diretas neste país. Só o povo, o voto popular, tem condições de arrumar a situação na qual nos encontramos", disse, também da tribuna, Gleisi Hoffmann (PT-PR).
"Eu acho que a grande saída seria a renúncia e a convocação de eleições diretas imediatas. Renúncia. Renúncia. Aquele presidente que estava dando aquela entrevista coletiva, minha sensação ali é que não tinha mais ninguém no comando. Um presidente atônito, sem conseguir responder perguntas, sem ter um discurso para falar para o país", discursou Lindbergh Farias (PT-RJ).
Esse posicionamento pode substituir as primeiras manifestações de petistas assim que as denúncias contra o presidente vieram à tona, que logo falaram em pedir o impeachment de Temer.
A oposição entregou, ontem, à Procuradoria-Geral da República (PGR), uma representação com pedido de apuração de possíveis crimes cometidos por Temer. Segundo eles, Temer cometeu concussão, advocacia administrativa e improbidade administrativa ao tratar do empreendimento imobiliário de Geddel Vieira Lima com Marcelo Calero.
Conteúdo Publicitário
Leia também
Comentários CORRIGIR TEXTO