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Política

- Publicada em 24 de Novembro de 2016 às 22:00

Para Planalto, ação de presidente foi técnica

O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, em nota, que tratou por duas vezes com o ex-ministro Marcelo Calero sobre a divergência com o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e negou que o tenha pressionado a modificar a decisão do Iphan.
O presidente Michel Temer (PMDB) afirmou, em nota, que tratou por duas vezes com o ex-ministro Marcelo Calero sobre a divergência com o ministro Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo) e negou que o tenha pressionado a modificar a decisão do Iphan.
O peemedebista disse também que sugeriu ao ministro uma avaliação jurídica da Advocacia Geral da União (AGU) sobre o tema, uma vez que, segundo ele, o órgão federal tem "competência legal para solucionar eventuais dúvidas entre órgãos da administração pública".
"O presidente conversou duas vezes com o então titular do Ministério da Cultura para solucionar impasse na sua equipe e evitar conflitos entre seus ministros de Estado. Sempre endossou caminhos técnicos para solução de licenças em obras ou ações de governo", afirmou a nota.
Temer disse que estranha a acusação feita por Calero e ressaltou que "jamais induziu" algum ministro a "tomar decisão que ferisse normas internas" ou suas convicções pessoais. E que atuou da mesma maneira sobre Calero, que "sempre teve comportamento irreparável enquanto esteve no cargo".
"[Temer] estranha sua afirmação, agora, de que o presidente o teria enquadrado ou pedido solução que não fosse técnica", disse.
O peemedebista ressaltou estar surpreso com boatos de que o Calero teria solicitado audiência, na quinta (17), "somente com o intuito de gravar clandestinamente conversa com o presidente da República para divulgação".
Para auxiliares e assessores presidenciais, em conversas reservadas, um problema que antes era localizado, focado em apenas um ministro, tornou-se "generalizado", ameaça afetar diretamente a imagem pública do presidente e dá pretexto para os partidos de oposição pedirem o impeachment.
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou o ex-ministro da Cultura de ter "enlouquecido" e disse que "não é perfil" do presidente Michel Temer fazer pressão sobre aliados.
"Esse Calero enlouqueceu. Michel não faz isso. Não acredito, não é perfil do Michel", afirmou à Folha.
Deputados e senadores da oposição começaram a defender um pedido de impeachment de Temer.
O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) disse que Temer usou a Presidência para defender interesses privados. "Absurdo. No nosso entendimento, Temer vai ter que responder processo por crime de responsabilidade para ser julgado pelo Congresso", disse.
Logo após a revelação, o petista se reuniu com a assessoria jurídica do PT e disse que a intenção é protocolar um pedido de impeachment nos próximos dias. "Ele pareceu agir em sociedade com Geddel."
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