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Governo federal

- Publicada em 23 de Novembro de 2016 às 18:48

Família de Geddel está ligada a empreendimento

O escritório de advocacia de um primo do ministro-chefe da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB) atua, desde 2014, pela empresa responsável pelo edifício La Vue, empreendimento imobiliário em Salvador pelo qual o político baiano fez lobby, de acordo com o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.
O escritório de advocacia de um primo do ministro-chefe da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima (PMDB) atua, desde 2014, pela empresa responsável pelo edifício La Vue, empreendimento imobiliário em Salvador pelo qual o político baiano fez lobby, de acordo com o ex-ministro da Cultura Marcelo Calero.
Geddel teria pressionado para derrubar parecer do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) que impedia o edifício de 100 metros de altura por em uma área que afetaria um conjunto de bens tombados, como a Igreja de Santo Antônio da Barra.
Em 18 de fevereiro de 2014, um sócio do escritório de Jayme de Souza Vieira Lima Filho assinou o contrato social da Porto Ladeira da Barra Empreendimento Ltda, sociedade de propósito específico criada pela construtora Cosbat Engenharia, exclusivamente, para administrar o empreendimento.
Registrado na Junta Comercial de Salvador, o documento que cria a empresa responsável pelo La Vue é assinado pelo advogado Igor Andrade Costa, único sócio de Jayme na firma de advocacia. Além de ser sócio do primo de Geddel, Igor defende o político baiano e o PMDB em dezenas de processos no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) da Bahia pelo menos desde 2012. Também são parte no documento que cria a Ladeira da Barra Empreendimento Luiz Fernando Machado Costa Filho, representante da Cosbat, e Gabriel Queiroz Abud, empresário da Viva Holding SA.
O advogado Igor aparece em outros documentos ligados ao La Vue. Em 17 de maio de 2016, a Porto Ladeira da Barra Empreendimento fez uma procuração no nome de Igor e Jayme para representá-la no processo que correu no Iphan. Também consta na procuração o nome de um estagiário do escritório: Afrísio Vieira Lima Neto, filho do deputado federal Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA). A nomeação dos parentes de Geddel para representar a empresa foi revelada ontem pelo jornal Folha de S.Paulo. O ministro havia admitido que tinha comprado um apartamento do prédio.
Igor afirmou que Geddel nunca interferiu no processo e que não sabia que o ministro tinha um apartamento no La Vue. A assessoria de imprensa de Geddel não foi localizada.

Em posse, Temer diz que Freire salvará o Brasil

Freire, do PPS, foi oficializado por Temer como ministro da Cultura

Freire, do PPS, foi oficializado por Temer como ministro da Cultura


JOSE CRUZ/AGÊNCIA BRASIL/JC
Ao dar posse para o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP) como ministro da Cultura, o presidente Michel Temer (PMDB) o elogiou muito, disse que desde antes de assumir definitivamente a presidência da República já tinha chamado o parlamentar para comandar o Ministério da Cultura (MinC) e falou que Freire salvará o Brasil.
Roberto Freire assume o posto no lugar de Marcelo Calero, que se demitiu na semana passada e em seguida acusou o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB) de tráfico de influência. Geddel não participou da cerimônia, que inicialmente estava prevista para ser um evento aberto ao público, mas, de última hora, foi restrita e a portas fechadas.
"Nós temos hoje absoluta certeza de que o governo está ganhando muito. E se o governo foi bem até agora, a partir do Roberto Freire vai ganhar céu azul, vai ganhar velocidade de cruzeiro e vai salvar o Brasil", discursou Temer, que antes pediu que o novo ministro o "ajude a governar".
"Olhe, Roberto, você não estará só na Cultura. Quero que você esteja lá para me ajudar a governar", disse. Durante toda a sua fala, Temer não citou o nome de Calero. E pelo terceiro dia seguido, Geddel se ausentou de cerimônias no Palácio do Planalto. Mesmo fechada, a posse de Roberto Freire teve ministros e parlamentares, e aconteceu no terceiro andar do Planalto, onde Temer despacha.

Governo evita convocação de Geddel em comissão da Câmara

Por 17 votos a 3, o pedido de convocação do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima (PMDB) foi rejeitado ontem na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara. O requerimento de autoria do deputado Jorge Solla (PT- BA) pedia a convocação dele com base na acusação do ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, de que Geddel o pressionou para liberar Prédio em área tombada na capital baiana no qual o ministro tem um apartamento. Deputados da base aliada compareceram em peso à comissão para defender Geddel e rejeitar a convocação.
Também ontem, José Saraiva, amigo de Geddel e integrante da Comissão de Ética da Presidência da República, declarou-se impedido de analisar o procedimento de investigação contra o ministro do PMDB. Em representação, enviada ao órgão federal, o conselheiro pediu seu afastamento do caso devido a "suspeição por fatos supervenientes" presentes em "questionamentos divulgados em veículos de comunicação".